sexta-feira, 22 de junho de 2012

Em golpe da direita, Senado destitui Lugo no Paraguai

 

Em golpe da direita, Senado destitui Lugo no Paraguai


Com 39 votos contra quatro e duas ausências no Senado, o já ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, sofreu um processo relâmpago de impeachment e está afastado das atribuições da presidência do país. A Unasul e outros organismos internacionais manifestaram que não apoiam a destituição e que não vão reconhecer outro presidente. O país poderá sofrer sanções por violar a ordem democrática.


Com a decisão do Senado, o vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico, assume o poder. O Partido não governava o país há 74 anos. A expectativa é de que Franco faça o juramento ainda nesta sexta-feira (22). O pedido de impeachment foi aprovado, na manhã desta quinta-feira (21) pelo Congresso.

Alguns incidentes violentos começam a ser verificados nas ruas nos arredores do Congresso, onde cerca de 50 mil pessoas estiveram desde esta quinta-feira (21) reunidas para manifestar apoio a Lugo. Até o momento, há o registro de duas pessoas feridas.

Em declarações às emissoras de TV que estão acompanhando o caso, os manifestantes expressam desde a tarde desta sexta (22) total descontentamento com a decisão. Palavras de ordem como “Ditadura nunca mais” eram ouvidas. Outros, pedem sensibilidade à polícia: “vocês têm filhos, peço paz”.

Contexto

Desde a tarde desta sexta (22), as informações de jornais paraguaios davam conta de que o documento que destituiria Lugo já estava pronto. Essa denúncia foi apresentada pela defesa de Lugo, que foi realizada na tarde do mesmo dia.

A acusação foi articulada de forma que não houve tempo hábil para a defesa articular os argumentos, uma vez que o prazo para isso foi de menos de 24 horas. Os advogados de Lugo tiveram apenas duas horas para fomentar a argumentação.

Foram cinco as acusações contra Lugo: ato político no comando de engenharia das Forças Armadas; caso Ñacunday (conflito envolvendo sem-terras da região); crescente insegurança pública; Protocolo de Ushuaia II (considerado pelo Congresso como uma afronta à soberania do país) e, por fim, o recente caso da matança de Curuguaty. Os argumentos apresentados pela acusação foram baseados somente em matérias publicadas pelos jornais locais.

Sobre todas essas acusações, o documento oficial de acusação dizia que “todas as causas mencionadas acima são de pública notoriedade, motivo pelo qual não necessitam ser provadas, conforme nosso ordenamento jurídico vigente”.

O tom da argumentação dos deputados era violento e ficou evidente o ódio de classes presente nos discursos. As declarações beiraram o irresponsável ao aliar o ex-presidente Fernando Lugo ao massacre ocorrido na última sexta-feira em Curuguaty. Na ocasião, 11 campesinos e 7 policiais morreram em um conflito no campo em uma tentativa de reintegração. Na ocasião, 100 famílias tentaram ocupar terras do latifundiário Blás Riquelme, ex-senador do Partido Colorado.

O caso de Curuguaty ainda não foi totalmente esclarecido, “mas dirigentes dos movimentos sociais denunciam o envolvimento de franco-atiradores, que teriam disparado contra camponeses e policiais. Seria mais uma aplicação do chamado ‘crime de bandeira trocada’, a mesma estratégia tantas vezes utilizada na região para justificar intervenções e golpes”, denuncia o professor da Unila, Luciano Wexel Severo, em artigo publicado pelo Vermelho.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=186644&id_secao=7

Netinho: não houve conversa sobre o PT

Netinho: não houve conversa sobre o PT

Pré-candidato à prefeitura de SP disse que quer manter a candidatura e evitou críticas ao falar sobre aliança do PT com Maluf
Netinho fez uma feijoada com Daniel Bork no programa Dia Dia nesta quinta-feira / Luana Lucio/Portal da Band Netinho fez uma feijoada com Daniel Bork no programa Dia Dia nesta quinta-feira Luana Lucio/Portal da Band
O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Netinho de Paula (PC do B), diz que não tem intenção de abrir mão de sua candidatura e entrar como vice na chapa do petista Fernando Haddad. Em entrevista ao Portal da Band nesta quinta-feira, Netinho disse que não há nenhuma novidade em relação ao tema e que não foi procurado pela legenda para falar sobre isso.

“O PC do B definiu, em nível nacional, algumas candidaturas que iria manter, entre as quais está a minha. Eu não tenho nenhuma novidade em relação ao partido apoiar o PT. Portanto, estamos mantendo nossa candidatura”, reforçou.

Netinho evitou criticar a aliança formada entre o PT e o deputado Paulo Maluf (PP) e disse que o partido de Haddad é quem seria o mais habilitado para falar sobre a parceria. “O [ex-presidente Luiz Inácio] Lula [da Silva], que é o principal articulador dessa aliança, certamente tem noções, números e dados para fazer essa articulação”, afirmou.
“O PP já faz parte da base aliada do governo federal. Portanto, acontecer [uma aliança] aqui em São Paulo não é uma coisa de outro mundo como estão dizendo”, completou.

O pré-cadidato afirmou ainda que o momento é de construir sua chapa. “Nós, do PC do B, temos as nossas propostas, os nossos sonhos e estamos discutindo quem pode ser o meu vice. Essa é a nossa preocupação”.

Netinho participou do programa Dia Dia, da Band, nesta manhã. E disse que preparar uma feijoada ao lado de Daniel Bork foi “uma oportunidade maravilhosa”.

Erundina

Nesta semana, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) desistiu de concorrer como vice de Haddad após o anúncio da aliança entre PT e Maluf. A deputada afirmou que a foto em que aparecem Lula, Haddad e Maluf “provocou repulsas” e que ela foi “bombardeada nas redes sociais”. Após a recusa, o PSB abriu mão de indicar outro nome.

 http://www.band.com.br/noticias/eleicoes2012/sao-paulo/noticia/?id=100000511874

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não ao golpe! PCdoB manifesta solidariedade ao povo paraguaio

 

PCdoB manifesta solidariedade ao povo paraguaio


Diante dos últimos acontecimentos vivenciados pelo presidente Fernando Lugo, do Paraguai, que enfrenta uma tentativa de golpe parlamentar, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou, na noite desta quinta-feira (21) uma nota de solidariedade ao povo paraguaio. Confira a íntegra do documento:


O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) condena energicamente a votação, nesta quinta-feira (21), pelo Congresso Nacional da Republica do Paraguai, de um pedido de destituição do presidente eleito pelo voto popular, Fernando Lugo.

O juízo político, como é denominada a medida em votação no Congresso paraguaio, foi proposto pelos dois tradicionais Partidos de direita deste país, o Colorado e o Liberal Radical Autentico – este, Partido do vice-presidente da República –, com base num rito sumário, sem direito ao contraditório, a partir da comoção gerada pelo massacre, ocorrido na sexta-feira (15), de duas dezenas de camponeses e policiais, durante uma desocupação de uma fazenda em Curuguaty, 250 km a nordeste de Assunção. A fazenda em questão é propriedade grilada por um ex-senador do Partido Colorado.

Há fortes indícios, amplamente noticiados, de que as mortes foram provocadas a partir da infiltração de provocadores entre os camponeses, visando desestabilizar o cenário político paraguaio, num momento em que já se discute a sucessão do presidente Lugo, cujas eleições ocorrerão em abril de 2013. O alvo é claro: impedir a continuidade de um governo progressista a frente do Palacio de los Lopez.

Nesse sentido, apelamos que a União Sul-americana de Nações (Unasul) se reúna emergencialmente*, e com base em sua cláusula democrática, impeça a consumação da destituição do presidente legitimo do Paraguai.

Depois do triste episódio ocorrido em Honduras, não podemos permitir novamente que, pelo golpe de Estado, as forças de direita vinculadas ao imperialismo ceifem mais um governo avançado em nosso continente.

São Paulo, 21 de junho de 2012.


Renato Rabelo
Presidente Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

Ricardo Alemão Abreu
Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

*A nota do Partido foi redigida antes da reunião da Unasul, que decidiu enviar uma comissão formada por ministros de relações exteriores para garantir a continuidade do governo constitucional de Fernando Lugo.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=186525&id_secao=7

Direita tenta dar golpe no Paraguai

Direita tenta dar golpe no Paraguai


Por Altamiro Borges

A Câmara dos Deputados do Paraguai, controlada pela oposição de direita, aprovou na manhã desta quinta-feira (21) a abertura de processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo. O motivo alegado é o confronto ocorrido em Curuguaty, a 350 km de Assunção, que resultou na morte de onze camponeses e seis policiais. A proposta golpista agora será votada no Senado.


O clima no país vizinho, vítima de longos anos da ditadura militar de Alfredo Stroessner, é de forte tensão. Organizações camponesas e de esquerda agendaram para hoje protestos em Assunção contra o golpe. O comércio e as escolas na capital, segundo as agências de notícias, estão fechados e a polícia já ocupou o centro da capital. A direita também acionou os partidários do impeachment. Há risco de choques violentos.

Dilma e Unasul apreensivas

Diante do grave perigo de retrocesso na região, a União das Nações Sul-americanas (Unasul) convocou uma reunião emergencial no Rio de Janeiro, onde se encontram vários presidentes em função da Rio+20. A presidente Dilma Rousseff também já manifestou a sua “apreensão” com a situação do Paraguai. Em Brasília há consenso de que se trata de uma tentativa de golpe de estado.

A própria direita paraguaia não esconde o seu intento golpista. O conflito agrário é apenas um pretexto. Há muito que os partidos conservadores, controlados por saudosas da ditadura e poderosos ruralistas, sabotam o governo. Numa tentativa de conciliação, Fernando Lugo até cedeu em várias propostas de mudanças, o que só atiçou a direita e gerou frustração no campo popular.

Apesar das dificuldades, o presidente garante que não cederá. Em nota oficial, Lugo afirmou que não apresentará a sua renúncia e que aguarda a manifestação da sociedade, que o elegeu democraticamente. Ele garantiu que vai “honrar a vontade das urnas” para evitar que “mais uma vez na história da República um fato político tire privilégio e soberania da suprema decisão do povo”.

Ruralistas violentos e golpistas

A elite paraguaia é uma das mais reacionárias da América Latina. Durante décadas, ela comandou o país, que tem 6,3 milhões de habitantes e um PIB cem vezes menor que o brasileiro. No cruel reinado de Alfredo Stroessner (1954-1989), ela acumulou ainda mais riquezas. Terras públicas foram doadas aos latifundiários, incluindo o ex-senador Blás Riquelme, do Partido Colorado, grileiro da área onde ocorrem os conflitos sangrentos da semana passada.

Atualmente, 2% dos proprietários controlam 78% das terras agricultáveis no país. Com a exploração do gado e da soja, inclusive por empresários brasileiros, o Paraguai teve um forte crescimento econômico. Em 2010, ele registrou uma alta de 15,4%. Mas a concentração nas mãos dos ruralistas só agravou os problemas sociais no Paraguai, com milhares de famílias de sem terra.

Paraíso do estado mínimo neoliberal

Como explica o jornalista César Felício, do jornal Valor, “o Paraguai é o paraíso do Estado mínimo” neoliberal. As elites não pagam impostos – a carga tributária atual é de 13% sobre o PIB, a mais baixa da América do Sul, e o imposto de renda da pessoa jurídica só foi criado em 2004. O Estado só é máximo para os ricaços, com todos seus privilégios. Os pobres vegetam na miséria.

Segundo estudo da Cepal divulgado no ano passado, 69% dos lares paraguaios não contam atualmente com nenhum mecanismo de proteção social, nem mesmo da previdência. É o mais alto percentual entre os 13 países pesquisados, que não inclui o Brasil. Um terço da população está abaixo da linha de pobreza.

Tentativa de castrar a mudança

Fernando Lugo, um ex-bispo católico seguidor da Teologia da Libertação, foi eleito presidente em 2008 como expressão do desejo de mudança deste sofrido povo – no rastro da guinada à esquerda na América Latina. Ele não possuía forte estrutura partidária e nem contava com um sólido movimento social, vitima dos cruéis anos da ditadura. Minoritário no Congresso Nacional, Lugo não conseguiu aprovar sequer um projeto social similar ao Bolsa Família, o “Tekoporá”, que beneficiaria apenas 83 mil famílias carentes.

O seu governo também patinou na promessa de promover uma limitada reforma agrária no país, que previa inclusive o pagamento de indenizações aos grileiros. “Os conflitos rurais, que caíram entre 2008 e 2010, voltaram a crescer no ano passado. Sem ter o que oferecer aos movimentos organizados, Lugo não os atende e não os reprime”, relata César Felício. O sangrento confronto em Curuguaty foi fruto desta situação tão complexa e contraditória e agora serve de pretexto para uma nova tentativa de golpe das elites. 
 

O Paraguai e a legalização de um golpe


O Paraguai e a legalização de um golpe

Para líderes políticos que apoiam o presidente paraguaio Fernando Lugo, país vive golpe de Estado. Segundo eles, não há violência explícita. Busca-se dar aparência constitucional a uma tomada do poder pela força. Com rito acelerado, se não houver novidades, a decisão final será tomada pelo Congresso até sábado. A expectativa desses ativistas ouvidos pela Carta Maior é que haja protestos populares e isolamento internacional.

O Paraguai vive um golpe de Estado com coreografia legal, de acordo com o líder camponês Ramón Molina. A Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impedimento do presidente da República, Fernando Lugo, em rito sumário no final da manhã desta quinta-feira (21). No início da tarde o roteiro adentrava o Senado. Os prazos são curtíssimos. A acusação está sendo feita nesta noite e a defesa deve acontecer na sexta (22). A decisão final – se nenhum fato novo ocorrer – pode ser aprovada no sábado (23).

A depender dos votos parlamentares, Lugo é carta fora do baralho. A votação na Câmara foi de 73 votos contra o governo e um a favor. A maioria dos 45 senadores – mesmo os do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), da coligação governista – quer abreviar o mandato do chefe do Executivo.

O conflito entre os representantes parlamentares da elite local e o mandatário arrasta-se há pelo menos três anos. Na raiz de tudo está a resistência de Lugo em reprimir abertamente movimentos de camponeses sem terra que se enfrentam com grandes proprietários, entre eles vários brasileiros.

Até o início da noite de quinta não havia tanques nas ruas ou violência aberta. Há – segundo ativistas locais que conversaram com Carta Maior – uma crescente resistência popular. É a grande esperança dos partidários de Lugo para manter a normalidade democrática.

A seguir apresentamos os depoimentos de Najib Amado, secretário-geral do Partido Comunista Paraguaio, Ramón Molina, líder camponês e dirigente do Partido Popular da Convergência Socialista e Martin Almada, ativista de direitos humanos.

Najib Amado
(Secretário-geral do Partido Comunista Paraguaio)
“O processo de impeachment foi aprovado de forma acelerada. Isso deixa claro que se trata de um golpe de Estado. Há muita gente chegando do interior para resistir. O governo tem apoio nos setores populares. O golpe não representa nem mesmo a base social dos partidos de direita. Já estão em Assunção representantes do Foro de São Paulo (articulação de partidos de esquerda da América Latina) e logo mais chegam os ministros das Relações Exteriores da Unasul (Brasil, Equador, Bolívia, Colômbia e Uruguai). Os meios de comunicação fazem coro com os golpistas. Ao longo das últimas semanas difundiram notícias alarmistas e deram voz apenas aos parlamentares que tentam derrubar o presidente. Até agora, pelo menos oficialmente, as forças armadas não se pronunciaram. A polícia montou um aparato de segurança em torno do Congresso, mas não há violência nas ruas”.

Ramón Molina
(Secretário do Partido Popular Convergência Socialista e dirigente camponês)
“Estamos diante de um golpe de Estado patrocinado pelos grandes proprietários de terra do país. Mas começa a haver protestos em todo o país. No final da tarde já havia cerca de duas mil pessoas em frente ao Congresso, que está fortemente policiado. É uma mobilização pacífica. O presidente está no palácio, com seus auxiliares, avaliando a situação. Uma garantia ele já deu: não renunciará. Faltam dez meses para o final do mandato. Nossa maior esperança é conseguirmos aumentar a mobilização popular, isolar os golpistas internacionalmente e mostrarmos que se pretende interromper um processo iniciado com a eleição de Fernando Lugo, em 2008”.

Martin Almada
(Ativista de direitos humanos)
“O Paraguai vive um golpe de Estado de direita. O processo foi aprovado na Câmara dos Deputados e chegou ao Senado de forma acelerada. O senador colorado Juán Carlos Galaverna, de oposição, pressiona para apressar os fatos. A intenção é clara: evitar que camponeses ou defensores do governo resistam ao golpe. As traições à Aliança Patriótica (frente que elegeu Lugo em 2008) são escandalosas. Carlos Filizzolla, ex-ministro do Interior (que caiu após os conflitos de terra da semana passada), acaba de se reintegrar ao Senado e fez uma firme defesa do governo. O tempo regulamentar até a decisão é, agora, de dois dias. Trata-se de uma grande jogada do vice-presidente Frederico Franco (do PLRA) para ficar com o poder”.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20434&boletim_id=1246&componente_id=20243


Os idealistas trabalham de graça


 
 
Os idealistas trabalham de graça
 
Penso assim: cada idealista com o seu ideal. O meu, nesta eleição municipal, é o mais singelo do mundo: derrotar José Serra. Se for sem Maluf, melhor, se tiver de ser com ele, tudo bem; se for com Erundina, ótimo, se ela quiser pular do barco e levar junto o seu idealismo, problema dela, que vá ser feliz em outra freguesia.
- por Carlos Motta, em seu blog

Quando eu tinha meus 20 anos e era chefe de reportagem do "Jornal de Jundiaí", certa vez fiquei pelo menos umas três horas trancado na sala do dono da empresa, tentando arrancar dele um aumento para alguns companheiros de redação, ainda mais novos que eu.

Naquele tempo ainda acreditava que o jornalismo era mais que um simples trabalho, era um ofício com poder transformador - como muitos, sinceramente achava que as palavras tinham força.
Não me lembro bem do fim da nossa conversa, acho que não consegui nada para os meus colegas, mas me recordo exatamente de uma frase dita pelo tal patrão, com certeza o pior de todos que já conheci. A frase, porém, tal o seu grau de cinismo, era muito boa:

- Adoro os idealistas, pois eles trabalham por pouco, não preciso pagar quase nada para eles.

E assim passei grande parte de minha vida vendo os idealistas morrerem paupérrimos por seus ideais e os maus patrões ficarem cada vez mais ricos.

Ou então assistindo os idealistas entrarem em batalhas de mãos limpas, desarmados, cheios de boas intenções, os corações puros e as mentes em êxtase - e serem trucidados com a facilidade com que a gente esmaga os insetos.

Lula foi um idealista. Como idealista perdeu a eleição em 1982 para o governo do Estado, concorreu à presidência e foi derrotado em 1989, perdeu novamente em 1994 e mais uma vez em 1998.

Lula perdeu todas as eleições majoritárias que disputou enquanto foi um idealista e subia nos palanques tendo como companhia apenas a sua fúria de idealista.

E enquanto vociferava slogans revolucionários de idealista o país afundava.

Um belo dia, Lula resolveu que se quisesse ser um vencedor não bastava ser um idealista.

Entendeu que sozinho o PT não iria nunca ser vitorioso, que precisava fazer alianças com gente de fora para ter alguma chance eleitoral.

Compreendeu que só os idiotas ou suicidas entram numa guerra desarmados.

A partir daí, a história do Brasil mudou, queiram ou não seus inimigos de variados matizes ideológicos.

A sua foto com Maluf, celebrando o apoio do PP à candidatura de Fernando Haddad, sei bem, chocou os idealistas. Não vou perder tempo tentando convencê-los de nada: cada um pensa o que quiser, julga os outros como bem entender, vota em quem achar que merece o seu voto, ou simplesmente o anula.

Como já estou numa idade que me impede de buscar o ouro no fim do arco-íris ou de me aprofundar em discussões sobre o sexo dos anjos, achei que a foto de Lula com Maluf é apenas parte de um jogo muito difícil de ser jogado e entendido por quem não é do ramo, mas que se resume no seguinte: é melhor ganhar um aliado que um inimigo, é melhor somar que dividir, é melhor ter mais tempo de propaganda que o adversário, é melhor se mostrar flexível que intransigente, é melhor ser inteligente que estúpido.

Penso assim: cada idealista com o seu ideal.

O meu, nesta eleição municipal, é o mais singelo do mundo: derrotar José Serra. Se for sem Maluf, melhor, se tiver de ser com ele, tudo bem; se for com Erundina, ótimo, se ela quiser pular do barco e levar junto o seu idealismo, problema dela, que vá ser feliz em outra freguesia.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Altamiro Borges: Maluf e o cinismo de Serra e Aécio

 

 

Altamiro Borges: Maluf e o cinismo de Serra e Aécio


José Serra e Aécio Neves, que vivem se bicando no ninho tucano, resolveram se unir para bombardear o PT no quesito política de alianças. No bojo da crise gerada pelo apoio de Paulo Maluf a Fernando Haddad, que resultou na desistência de Luiza Erundina de ser vice na chapa petista, os dois criticaram as alianças “qualquer preço”. Ambos, porém, não tem moral para tratar do assunto.

Por Altamiro Borges


A choradeira dos "traídos"

O candidato do PSDB à prefeitura paulistana se fingiu de puro. “Não vale tudo para aumentar isso [o tempo no horário eleitoral de rádio e televisão]”, cutucou Serra. Ele só não disse que tentou até o último minuto o apoio do PP à sua candidatura e que, irritadiço, culpou o governador Geraldo Alckmin, “mui amigo”, pela fuga do potencial aliado.

Já o combalido presidenciável tucano afirmou que a aliança com Maluf “desconstrói o discurso da faxina do governo Dilma”. Para o senador mineiro, o episódio mostra que o discurso do PT “não é coerente com a prática”. Puro cinismo! Aécio Neves é famoso por seu pragmatismo sem princípios. É só lembrar o favor prestado ao ex-demo Demóstenes Torres num cargo em Minas Gerais.

A vingança dos tucanos e da mídia

Na prática, o PSDB se sente traído por Maluf. O PP já havia abocanhado um cargo graúdo no governo de São Paulo, no comando da bilionária Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Na semana passada, a legenda também conseguiu finalmente nomear Osvaldo Garcia para a Secretaria de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, já comandado pelo PP.

Conhecido por seu pragmatismo e fisiologismo, Paulo Maluf decidiu, então, apoiar Fernando Haddad. Agora, os tucanos “traídos” partem para a vingança. Segundo a Folha, o governador Geraldo Alckmin já decidiu demitir Antonio Carlos Amaral da CDHU. O relato do jornal tucano sobre a demissão revela bem a "pureza" do PSDB e o cinismo de Serra e Aécio:

“A troca passou a ser pregada por aliados do governador no Palácio dos Bandeirantes há dois dias, depois que Maluf oficializou o apoio do PP a Fernando Haddad (PT), adversário de José Serra (PSDB) na eleição municipal. A estatal paulista está sob controle de um afilhado político de Maluf desde o ano passado. Com isso, Alckmin atraiu o pepista para a órbita dos tucanos”.

Mas o plano eleitoral dos tucanos não deu certo e Maluf, agora visto como “não confiável”, bandeou-se para o lado petista. Serra, Aécio e a mídia demotucana estão irritados contra o pragmático líder do PP. O mundo realmente dá muitas voltas!

Fonte: Blog do Miro

Requião quer Civita (dono da Veja) na CPI: é um “agente do Diabo”


Requião quer Civita (dono da Veja)   na CPI: é um “agente do Diabo”

Requião diz que não se pode confundir o direito de investigar do jornalista com a participação em organização criminosa.

O Conversa Afiada reproduz discurso do senador Roberto Requião, do PMDB-PR, em que exige a convocação do dono da Delta pela CPI da Veja (também conhecida como CPI do Cachoeira).

Exige também a convocação do Robert(o) Civita, dono da Veja, que ele chama de “agente do Diabo”.

Requião relembrou como a Veja e a IstoÉ tentaram difamá-lo quando era relator da CPI dos Precatórios.

Jamais teve direito à resposta.

Requião diz que não se pode confundir o direito de investigar do jornalista com a participação em organização criminosa.

Requião quer que a CPI ouça Civita e Policarpo Junior, conluiados com organização dedicada à  predação dos recursos públicos.

Não deixe de ver também o pronunciamento em que Collor diz que a Veja é “um coito de bandidos”.

 

Censura: Pinto Jr, o Juiz-Censor

Censura: Pinto Jr, o Juiz-Censor
do Paraná


Saiba mais :Juiz do Paraná censura jornalista Paulo Henrique Amorim por críticas ao dep. valentão Franceschinni PSDB-Pr


O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.


O ansioso blogueiro nao viu e não gostou


A Censura acabou com o regime militar, não é isso ?

Não, amigo navegante.

O Censor agora é o Juiz.

É o que alimenta, por exemplo, a alma do Daniel Dantas e o bolso de seus 1001 advogados.

Este ansioso blogueiro convive com este problema há algum tempo, como se percebe na aba “Não me calarão”.

Mas, poucas vezes se viu diante de tão inusitada decisão quanto a que acompanhou as duas ações que, com muito orgulho, acaba de receber.

São de autoria de um notável deputado tucano, o policial Francischini, de edificante carreira no Espirito Santo e no Paraná.

Um exemplo de policial a ser seguido !

Acompanha a ação inusitada decisão do Juiz-Censor José Roberto Pinto Junior, da 8a Vara Cível de Curitiba.

Ele exige que um dos posts publicados sobre o exemplar policial seja retirado do ar, sob pena de multa diária.

O que, por si só já é um ato de Censura, uma vez que a ação ainda não foi julgada, mas o Juiz já resolveu interditar , antes de saber quem tem razão, o livre curso da liberdade de expressão.

Com alguma relutância, o ansioso blogueiro seguiu instrução de seu sensato advogado, Dr Cesar Marcos Klouri e fez o que o Juiz-Censor mandou fazer.

A decisão merece uma tese de Doutorado.

A certa altura, diz assim: o réu fica IMPEDIDO de publicar matérias SIMILARES !

Matérias similares !

Quer dizer que, além de calar a boca de um jornalista num texto especifico sobre a ampla e polêmica atuação do deputad , o ansioso blogueiro FICA IMPEDIDO DE TRATAR DE MATÉRIA SIMILAR.

“Similar”.

Os Censores do Regime Militar eram mais precisos.

Ou mais liberais.

O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.

O Conversa Afiada toma a liberdade (se é que ainda dispõe de alguma …) de encaminhar esse provavelmente impróprio post aos doutos Juízes Ayres Britto – gabcarlosbritto@stf.jus.br – e Eliana Calmon – gab.eliana.calmon@stj.jus.br

O Ministro Ayres Britto, como se sabe, determinou ao Conselho Nacional de Justiça que explicasse aos Juízes brasileiros que a “liberdade de expressão é irmã siamesa da Democracia”; que “a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade”; e que Juiz não é Censor.

Sendo assim, o ansioso blogueiro e o blog Conversa Afiada deram cumprimento à ordem do Dr Pinto Junior e esperam que ele receba as recomendações do Ministro Britto e Dra Calmon com boa vontade – e humildade.
Em tempo: o escritório que defende o notável policial tucano é o “Kfouri&Gorski”. Por coincidência, “Kfouri” é o sobrenome que leva Miguel Kfouri Neto, maxima autoridade do Tribunal de Justiça do Paraná.

Paulo Henrique Amorim, cidadão brasileiro, protegido pela Carta de 1988, e que vai continuar a analisar a carreira do deputado e policial Francischini, porque ele não está acima de Lei.

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/06/19/pinto-jr-o-juiz-censor-do-parana/

Fidel Castro: Os horrores que o Império nos oferece

 

 

Fidel Castro: Os horrores que o Império nos oferece


Um despacho da principal agência de notícias norte-americana, AP, datado de hoje em Monterrey, México, o explica com irrefutável clareza. Não é o primeiro, nem será sem dúvida o último, sobre uma realidade que joga por terra a montanha de mentiras com que os Estados Unidos pretendem justificar o destino inumano que reserva aos povos de Nossa América.
Por Fidel Castro


Que narra o despacho?

“Monterrey, México (AP) Quarenta e nove cadáveres decapitados e mutilados foram encontrados em um charco de sangue abandonados em uma estrada que liga o norte da metrópole mexicana de Monterrey com a fronteira dos Estados Unidos, no que parece ser o golpe mais recente de uma escalada da guerra de intimidação entre bandos de narcotraficantes.

“Os cadáveres de 43 homens e 6 mulheres foram encontrados às 4 horas da manhã do domingo, nas proximidades do povoado de San Juan, em uma estrada que não cobra pedágio e que conduz à cidade fronteriça de Reynosa. No arco de pedra que recebe os visitantes ao povoado alguém escreveu com aerosol a legenda ‘100% Zeta’.”

“O porta-voz de segurança do governo do estado nortista de Nuevo León, Jorge Domene, disse em coletiva de imprensa que junto aos corpos em decomposição foi encontrada uma ‘narcomanta’, na qual o grupo dos Zetas se atribuiu a matança.

“Os corpos poderiam estar até 48 horas sem vida, pelo que as autoridades creem que não foram assassinados no lugar. ‘Nenhum tem cabeça e foram mutilados de suas extremidades inferiores e superiores, o que complica a identificação’, disse o funcionário.”

“O procurador do estado, Adrián de la Garza, disse que não existe denúncia de desaparecidos nos últimos días, pelo que poderia tratar-se de gente de outros estados mexicanos ou inclusive imigrantes centro-americanos que buscavam dirigir-se aos Estados Unidos.”

“Os Cartéis mexicanos da droga têm realizado uma guerra cada vez mais sangrenta para controlar as rotas de contrabando, assim como o mercado local de drogas e a extorsão, cujas vítimas incluem os imigrantes que buscam chegar aos Estados Unidos.

“No período que já transcorreu de maio, 18 corpos foram encontrados em uma zona turística próxima de Guadalajara; 23 cadáveres apareceram decapitados ou pendurados em uma ponte na cidade fronteiriça de Novo Laredo, onde a violência entre os Cartéis tem crescido. Este ano apareceram corpos nos estados de Veracruz, Guerrero, Morelos, Jalisco, Tamaulipas y Nuevo León.”

“Afirmou que não existem pistas de que a nova onda de violência tenha relação com as eleições presidenciais que se realizarão em julho. ‘É a dinâmica da guerra entre Cartéis’, disse.”

Por sua parte, o portal de Internet BBC Mundo, informa que:
“As cenas de corpos decapitados e mutilados em Novo Leon, onde 49 corpos foram jogados na estrada este domingo, abalaram a muitos pela extrema barbárie exibida pelos assassinos. Inclusive no México, que depois de cinco anos de intensa guerra entre cartéis parecia ter visto tudo.”

Não poucos países de Nossa América são afetados por estos problemas.
Em nossa Pátria, os problemas que aqui são relatados não existem; será por isso que o império trata de rendê-la pela fome e a hostilidade? Meio século não foi suficiente, e duvido muito que o império disponha de outro meio século antes que, mais cedo do que se pensa, se afunde em sua lama fango.

Fidel Castro Ruz14 de maio de 2012
16h36

Fonte: CubadebateTradução: José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho

Maluf e o pragmatismo eleitoral

Maluf e o pragmatismo eleitoral

Por Altamiro Borges ]Do Blog do Miro

Até domingo, Paulo Maluf era uma figura esquecida pela mídia. Ninguém falava sobre a presença do seu partido, o PP, no governo tucano de São Paulo nem de suas tratativas para apoiar José Serra. De repente, ele virou manchete dos jornalões e destaque nas telinhas. Os "calunistas" da mídia ficaram excitados! Bastou sair na foto junto com Lula e Fernando Haddad, dando apoio ao petista na disputa para a prefeitura paulistana.


A guinada de Maluf revela o grau de pragmatismo que contamina a política brasileira. Ele mesmo justificou sua abrupta mudança teorizando que “não existe mais esquerda e direita”. Puro oportunismo! Na prática, o líder do PP procura viabilizar eleitoralmente sua legenda e cavar mais espaços no concorrido quadro partidário brasileiro – ampliando suas vagas nos palácios do Planalto e dos Bandeirantes!

Guinada de forte impacto

Este pragmatismo tem forte impacto eleitoral. Não é para menos que a decisão de Maluf abalou os vários comandos de campanha – e não apenas o de Fernando Haddad. Conforme registrou o sítio Terra Magazine, o apoio do PP ao petista caiu como bomba no já conflagrado ninho tucano. Vale conferir a reportagem da jornalista Marina Dias:

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O presidente estadual do PP em São Paulo, deputado federal Paulo Maluf, anunciou no início da tarde desta segunda-feira (18) o apoio oficial de seu partido à candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura da capital paulista. Enquanto petistas comemoram a aliança, que trará 1 minuto e 35 segundos a mais ao programa eleitoral gratuito do PT, o tucano José Serra culpa Geraldo Alckmin por ter, nas palavras de interlocutores, “deixado Maluf escapar”.

Segundo aliados, que pedem reserva quanto a seus nomes, Serra está “muito irritado” com o governador, que havia garantido o apoio do PP à candidatura tucana. “Serra acha que Alckmin acertou com Maluf para 2014 e não se esforçou muito, digamos assim, para este ano”, explica um cardeal do PSDB. “Ele (Serra) acredita que Alckmin deixou Maluf escapar, não segurou o PSB, e ainda teve a história do PR… o PR foi Kassab que trouxe”, completa.

O grupo paulista do PP estava muito próximo de fechar com Serra, já que integra a base de Alckmin. Essas negociações, porém, começaram a azedar nas últimas semanas, depois que o governador se recusou a ceder a Secretaria de Habitação do Estado ao PP. Por outro lado, Maluf conseguiu emplacar um de seus aliados na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, cargo negociado com a presidente Dilma pelo ministro da pasta, Aguinaldo Ribeiro (PP).

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O escarcéu da mídia demotucana

O grosso da mídia, por razões óbvias, evita tratar dos traumas no ninho tucano. Prefere fazer escarcéu com os constrangimentos gerados nas hostes petistas. A senadora Marta Suplicy, que não estava lá muita engajada na campanha de Haddad, já disse que não aceita o apoio de Paulo Maluf. A deputada Luiza Erundina, a “vice dos sonhos” do petista, também ameaça deixar a chapa. Já os setores do PT sempre refratários à política de alianças também se dizem chocados com a foto de Lula, Haddad e Maluf.

Do ponto de vista político, a coligação com o PP malufista é um desastre. Ela representa mais uma perda de identidade ideológica e desmotiva a militância petista. Confirma o reinado do pragmatismo exacerbado. Já do ponto de vista eleitoral, ainda é cedo para avaliar o seu impacto. Fernando Haddad ganhou mais um minuto e 35 segundos na rádio e televisão numa campanha que é cada vez mais midiática. O petista também procura superar o patamar do partido nas últimas eleições, atraindo setores de centro e direita.

Pela reação de José Serra e da sua mídia, a jogada foi de alto risco político, mas incomodou. A equação eleitoral não é tão simples assim. Só o tempo dirá se o pragmatismo exacerbado será bem sucedido.
 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Após Erundina, Lula vai atrás de Netinho em SP

Após Erundina, Lula vai atrás de Netinho em SP

Ex-presidente quer aliança com o PCdoB para fortalecer candidatura de Fernando Haddad
Netinho quer disputar as Eleições pelo PCdoB / Divulgação Netinho quer disputar as Eleições pelo PCdoB Divulgação
Após fechar aliança com Paulo Maluf (PP) para dar a Fernando Haddad (PT) mais 1min35s de tempo de TV na campanha eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora volta a investir no vereador Netinho de Paula, do PCdoB.

Netinho apareceu com 7% das intenções de voto na última pesquisa do Datafolha, praticamente junto com Haddad, que tem 8%.

Para o PT, a parceria com o PCdoB traria boa parte dos votos de Netinho para Haddad.

Além do acordo com o PP, o PT tem aliança com o PSB para as Eleições. A deputada federal Luiza Erundina, escolhida para ser vice na chapa de Haddad, mostrou desconforto com a aliança com Maluf, mas afirmou nesta terça-feira que vai continuar na campanha.

http://www.band.com.br/noticias/eleicoes2012/sao-paulo/noticia/?id=100000511363

Juiz do Paraná censura jornalista Paulo Henrique Amorim por críticas ao dep. valentão Franceschinni PSDB-Pr


Paulo Henrique Amorim.

Do Blog do Esmael

Juiz do Paraná censura jornalista Paulo Henrique Amorim por críticas ao dep. valentão Franceschinni PSDB-Pr

O jornalista Paulo Henrique Amorim (PHA), do blog Conversa Afiada, foi censurado pela Justiça do Paraná a pedido do deputado federal Fernando Francischini (PSDB).
O juiz que retirou uma postagem do blogueiro é José Roberto Pinto Junior, da 8a Vara Cível de Curitiba.
PHA diz que são duas ações movidas contra ele pelo parlamentar tucano.
A minha irrestrita solidariedade a Paulo Henrique Amorim e a todas as vítimas de censura no país.
A seguir, leia a íntegra do post de PHA sobre a censura:

Pinto Jr, o Juiz-Censor do Paraná
A Censura acabou com o regime militar, não é isso ?
Não, amigo navegante.
O Censor agora é o Juiz.
É o que alimenta, por exemplo, a alma do Daniel Dantas e o bolso de seus 1001 advogados.
Este ansioso blogueiro convive com este problema há algum tempo, como se percebe na aba “Não me calarão”.
Mas, poucas vezes se viu diante de tão inusitada decisão quanto a que acompanhou as duas ações que, com muito orgulho, acaba de receber.
São de autoria de um notável deputado tucano, o policial Francischini, de edificante carreira no Espirito Santo e no Paraná.
Um exemplo de policial a ser seguido !
Acompanha a ação inusitada decisão do Juiz-Censor José Roberto Pinto Junior, da 8a Vara Cível de Curitiba.
Ele exige que um dos posts publicados sobre o exemplar policial seja retirado do ar, sob pena de multa diária.
O que, por si só já é um ato de Censura, uma vez que a ação ainda não foi julgada, mas o Juiz já resolveu interditar , antes de saber quem tem razão, o livre curso da liberdade de expressão.
Com alguma relutância, o ansioso blogueiro seguiu instrução de seu sensato advogado, Dr Cesar Marcos Klouri e fez o que o Juiz-Censor mandou fazer.

Leia também:
Requião quer Civita (dono da Veja) na CPI: é um “agente do Diabo”

Censura: Pinto Jr, o Juiz-Censor


A decisão merece uma tese de Doutorado.
A certa altura, diz assim: o réu fica IMPEDIDO de publicar matérias SIMILARES !
Matérias similares !
Quer dizer que, além de calar a boca de um jornalista num texto especifico sobre a ampla e polêmica atuação do deputad , o ansioso blogueiro FICA IMPEDIDO DE TRATAR DE MATÉRIA SIMILAR.
“Similar”.
Os Censores do Regime Militar eram mais precisos.
Ou mais liberais.
O ansioso blogueiro pode supor, por exemplo, que não tem o direito de fazer uma critica ao filme “Tropa de Elite”.
O Conversa Afiada toma a liberdade (se é que ainda dispõe de alguma …) de encaminhar esse provavelmente impróprio post aos doutos Juízes Ayres Britto – gabcarlosbritto@stf.jus.br – e Eliana Calmon – gab.eliana.calmon@stj.jus.br
O Ministro Ayres Britto, como se sabe, determinou ao Conselho Nacional de Justiça que explicasse aos Juízes brasileiros que a “liberdade de expressão é irmã siamesa da Democracia”; que “a liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade”; e que Juiz não é Censor.
Sendo assim, o ansioso blogueiro e o blog Conversa Afiada deram cumprimento à ordem do Dr Pinto Junior e esperam que ele receba as recomendações do Ministro Britto e Dra Calmon com boa vontade – e humildade.
Em tempo: o escritório que defende o notável policial tucano é o “Kfouri&Gorski”. Por coincidência, “Kfouri” é o sobrenome que leva Miguel Kfouri Neto, maxima autoridade do Tribunal de Justiça do Paraná.
Paulo Henrique Amorim, cidadão brasileiro, protegido pela Carta de 1988, e que vai continuar a analisar a carreira do deputado e policial Francischini, porque ele não está acima de Lei.

Maluf sorridente, ao lado de Lula, anuncia apoio da direita à candidatura de Haddad


Maluf sorridente, ao lado de Lula, anuncia apoio da direita à candidatura de Haddad


Lula cumprimenta Maluf por apoiar o candidato a prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad
Presidente do PP em São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf anunciou, oficialmente nesta segunda-feira, o apoio da legenda de direita à candidatura de Fernando Haddad (PT) para prefeito de São Paulo. O anúncio foi feito na mansão do ex-prefeito paulistano, na Zona Sul da capital, ao lado do ex-presidente Lula. A aliança permitirá a Haddad mais 1m 35s de tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV.
– O PP decidiu apoiar o próximo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, porque acreditamos que os problemas de São Paulo não serão resolvidos apenas pela administração municipal, e, sim, em conjunto com o governo federal – disse Maluf, sorrindo, aos jornalistas.
Haddad, por sua vez, disse que a cidade de São Paulo deve ficar acima de possíveis divergências ideológicas entre as duas siglas ao justificar a aliança com o arquirrival da esquerda no país, suspeito de colaborar com a ditadura para o desaparecimento de presos políticos e acusado de desvio de recursos públicos em paraísos fiscais na Inglaterra e no Caribe.
– Não há contradição. Desde janeiro dissemos que vamos buscar apoio dos partidos que estão na base do governo Dilma. O PP integra essa base desde 2004. Logo, nada mais natural que tenhamos buscado o apoio deles também em são Paulo – esquivou-se Haddad.
Antes de anunciar o apoio ao PT, Mafuf negociava com o PSDB do ex-governador e hoje candidato a prefeito da capital paulistana, José Serra.
– Hoje não existe direita e esquerda, onde está a esquerda hoje? Na Rússia, na China que não respeita os direitos humanos? Em Cuba que deportou seus boxeadores? – respondeu o ex-prefeito ao ser questionado sobre as diferenças ideológicas entre ele e o PT. Nessa declaração, Maluf cometeu outra de suas gafes, porque não foi Cuba que deportou os boxeadores, mas o próprio governo do então presidente Lula, em 2007. Em seu discurso, Maluf fez questão de elogiar as antigas adversárias políticas: a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) e a senadora Marta Suplicy (PT-SP).
– Tenho muito respeito pela ex-prefeita Erundina. Cada um no seu tempo, fez coisas boas. Eu sucedi Luiza Erundina. Ela foi uma boa prefeita, correta, decente, tanto que vocês viram que na sucessão não houve nenhum tipo de perseguição. Também a prefeita Marta foi muito boa, fez os CEUs. Mas não temos que olhar pelo retrovisor e sim pelo para-brisa. Quem olha para frente não olha para trás – afirmou o ex-prefeito.
Mas este, nem sempre, foi o discurso de Maluf. Em 2000, com Marta à frente das pesquisas, a campanha do ex-prefeito espalhou outdoors pela cidade com frases que atacavam a petista. As peças diziam “Mamãe, vote em quem nunca usou drogas” e “Mamãe, vote em quem é contra o aborto”, em referências a bandeiras de Marta. Em entrevistas, Maluf também subiu o tom contra a adversária, a quem instou a revelar o que chamou de “vida devassa”. Outro episódio que ficou famoso nessa campanha foi Marta, irritada com ataques do rival no programada da Rede Bandeirantes, cravar a célebre frase:
– Cala a boca, Maluf!
Sobre Haddad, Maluf disse que é o candidato “que tem as melhores condições para resolver os problemas da cidade porque ele tem parceria com o governo federal”. O PP, partido do ex-prefeito, compõe a base aliada no âmbito federal desde o primeiro mandato de Lula. Mas Maluf negou que o apoio a Haddad tenha relação com a secretaria do Ministério das Cidades, que teria sido entregue a um aliado seu.
“Que fique claro”
Em sua página na internet, nesta segunda-feira, o militante petista e ex-ministro-chefe da Casa Civil no governo Lula José Dirceu saiu em defesa da aliança entre o PT e o PP. Segundo Dirceu, “o PP já faz parte da base de partidos do governo federal. Como fez da base aliada do governo do ex-presidente Lula, sem que mudássemos nosso programa de governo ou o rumo do Brasil. Se vamos recusar o apoio do PP por causa do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que esse motivo fique claro. O motivo não pode ser a negação de nossa politica de alianças e de governo de coalizão. Aí seria negar nossas vitórias conquistadas graças a alianças em 2002, 2006 e 2010, bem como nossos três governos de coalizão, os dois do presidente Lula e o terceiro agora, da presidenta Dilma Rousseff”.
“Já a discussão sobre os rumos da campanha – sobre o novo – vai mal. Deflagrá-la em torno disso e em público, significa dar armas ao adversário. Melhor é fazê-lo na coordenação e na direção politica da aliança e da campanha. Estes são o foro, as instâncias apropriadas, ideais para discutir e ver como resolver uma questão dessas. Até porque tudo indica que decidiram a marca da campanha sem discussão no PT ou com os aliados. Por isso, agora começam as críticas, que procedem, mas que podem ser equacionadas mesmo com o atual slogan ou marca – o novo. Sem contar que tem de se manter atentos ao fato de que políticas para a terceira ou melhor idade e o novo não necessariamente estão ligados ao conceito de jovem”, conclui Dirceu.

http://correiodobrasil.com.br/maluf-sorridente-ao-lado-de-lula-anuncia-apoio-da-direita-a-candidatura-de-haddad/471808/#.T-ADlfDxuDc.facebook

Prefeito de Curitiba, Luciano Ducci - Quanto mais se explica, mais se enrola

Luciano Ducci -
   Ducci...o milionário tucanóide....

Prefeito de Curitiba, Luciano Ducci -  Quanto mais se explica, mais se enrola

Celso Nascimento  Gazeta do Povo

Já alcançou alta temperatura a campanha eleitoral à prefeitura de Curitiba. A reportagem da revista Veja do último fim de semana, que lançou suspeitas a respeito do crescimento patrimonial do prefeito Luciano Ducci, pode ter sido apenas o primeiro lance da briga de foice que vai acontecer daqui em diante e que tenderá a se tornar mais feia a partir da temporada dos programas eleitorais gratuitos na televisão.
A revista não cita as fontes de que teria se valido para obter as informações. E nem também está obrigada a revelá-las, protegida que está por cláusula da Constituição Federal. Em contrapartida, assume responsabilidade total pelo que escreveu, sujeitando-se, se não conseguir comprovações, à retratação e a processos judiciais pelo dano moral que tenha causado ao prefeito e a sua família.

Entretanto, é indiscutível que a Veja conseguiu tirar o caráter modorrento com que se desenvolvia essa pré-campanha e obrigou um dos candidatos – exatamente o prefeito Luciano Ducci – a ter de explicar à opinião pública a origem e a legitimidade da até então insuspeitada riqueza de que é possuidor, que inclui cinco fazendas espalhadas por três estados e vários imóveis, dentre os quais o apartamento em que mora, de 1.011 metros quadrados, no bairro mais nobre de Curitiba.
Por mais legítima que seja a origem de tal patrimônio e por mais plausível que seja a explicação que deu – segundo ele fruto de heranças de sua mulher, Marry, filha de rica e tradicional família de agropecuaristas do Noroeste do Paraná –, não deixa de ser um incômodo político para o prefeito-candidato. Primeiro, porque a revelação lhe pôs na defensiva. Segundo, porque precisa vencer todos os resquícios do clima de suspeição que passou a pesar sobre sua até então incólume conduta ética. E, terceiro, porque não é “popular” ser tido como milionário na hora de pedir voto aos pobres.
Improbidade?
Nesse sentido, a reportagem já produziu algum estrago na campanha de Ducci. Mas não é a exibição de sua riqueza patrimonial o fator principal que poderá afetar mais pesadamente seu desempenho eleitoral. Embora de menor repercussão, há um outro fato capaz de trazer-lhe aborrecimentos mais graves.
Trata-se do caso do capataz de suas fazendas que, durante quatro anos, esteve nomeado (primeiro, pelo então prefeito Beto Richa, em 2009, e, depois, por Ducci, de 2010 a 2012) em cargo de chefia na prefeitura de Curitiba, lotado no gabinete do vice. Na nota oficial que divulgou na noite de sábado, Ducci foi evasivo a esse respeito.
A bancada de oposição na Câmara Municipal parece ter percebido o detalhe. E quer que Ducci comprove a frequência do servidor na repartição; que apresente relatórios das atividades que ele desenvolvia; e revele os nomes dos componentes da equipe que supostamente ele chefiava.
Traduzindo, isto significa o seguinte: é preciso que o prefeito prove cabalmente que dinheiro do contribuinte curitibano não serviu, durante três anos, para pagar alguém que, de fato, no mesmo período, cuidava das suas fazendas em rincões longínquos do Mato Grosso. Se não conseguir fazer prova disso, a Lei da Improbidade Administrativa poderá cair-lhe sobre a cabeça, obrigando-o a arrastar a acusação pelo resto da campanha.
Investigue-se
Diante da repercussão da matéria da Veja, o prefeito tomou iniciativas rápidas de reação. A revista nem tinha chegado ainda às bancas em Curitiba e ele, já na noite de sábado, tratava de responder às acusações. No domingo, dava entrevista a esta Gazeta. E, ontem, recorria às emissoras de rádio para demonstrar a mesma indignação ao mesmo tempo em que visitava o Ministério Público para entregar suas declarações de bens.
O natural é que o ônus da prova caiba ao acusador – no caso a Veja. Entretanto, quando se trata de pessoa pública e que deve permanentemente contas à população, é necessário que ela tome a dianteira. Foi o que acertadamente Ducci procurou fazer desde o momento em que soube das denúncias.
Ao Ministério Público, diante das mesmas denúncias e da documentação que o próprio prefeito lhe entregou, cabe agora abrir a necessária investigação. Logo, se antes o MP não tinha conhecimento do assunto – ao contrário do que afirmou a revista –, agora os promotores já contam com elementos suficientes para iniciar o devido inquérito.
Além do caso do capataz, outro ponto em que o MP deverá colocar sua lupa diz respeito à afirmação de Veja de que Ducci e sua mulher transferiam bens imóveis para o nome dos filhos (mesmo quando ainda eram menores) e, em seguida, obtinham o usufruto vitalício dos mesmo imóveis. Seria uma tentativa de esconder o patrimônio ou apenas uma preocupação paternal de prover futuro seguro para os filhos? – dúvida que a coluna ouviu de um jurista experimentado em assuntos da espécie

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Paulo Aguilera no Bóia Quente em 6/19/2012 03:45:00 AM

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Marx enamorado

 

 

 

 

 

 

 

 

Marx enamorado 


Carlos Pompe *

Karl Marx, o pensador alemão que, juntamente com Friedrich Engels, lançou as bases da teoria científica do socialismo, casou-se, aos 25 anos, com Jenny, uma conhecida desde os tempos de adolescente, com quem viveu até a morte da esposa, em 1881. Além de sua produção teórica, ele registrou também na escrita os seus sentimentos pela mulher com quem escolheu viver. 


Em 1836, com 18 anos, Karl encheu três cadernos com poemas, que enviou, no Natal, para Jenny – o Livro dos cantos e o Livro do amor, este último dedicado à “minha querida, eternamente amada Jenny von Westphalen” – cujo nome inteiro era Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen. Os cadernos foram considerados por Franz Mehring, amigo e um dos primeiros biógrafos de Marx, "totalmente amorfos em todo o sentido do termo. A técnica do verso é totalmente primitiva ... São nada além que sons românticos da harpa: o canto dos elfos, o canto dos gnomos, o canto das sereias, as canções às estrelas, o canto do tocador de sinos, o último canto do poeta, a donzela pálida, o ciclo das baladas de Albuino e Rosamunda". O britânico Isaiah Berlin, numa biografia de Marx escrita no início do século passado, considerou “maus versos” os dos cadernos. Já o venezuelano Ludovico Silva, autor de O estilo literário de Marx, considera esses poemas juvenis “comovedoramente ruins”.

O próprio autor considerou o conteúdo dos cadernos, posteriormente, “de acordo com minha atitude e todo o meu desenvolvimento anterior, puramente idealista. Meu céu e minha arte se tornaram um Além tão distante como meu amor” (à época, Karl estudava em Bonn e Jenny vivia em Trier). “Todo o real começava a se dissolver e a perder seus contornos. Eu atacava o presente, o sentimento era expresso sem moderação ou forma, nada era natural, tudo era feito de lutar; eu acreditava numa oposição completa entre o que é e o que deveria ser, e reflexões retóricas ocupavam o lugar dos pensamentos poéticos, embora talvez houvesse também um certo ardor de emoção e desejo de exuberância. Estas são as características de todos os poemas dos três primeiros volumes que Jenny recebeu de mim”.
Num desses poemas, registra que, impulsionado pelo seu sentimento por Jenny

“com desdém jogarei minha luva
bem na cara do mundo, e verei o colapso deste gigante pigmeu
cuja queda não sufocará meu ardor.
Então errarei divino e vitorioso
pelas ruínas do mundo
e, dando uma força ativa às minhas palavras,
me sentirei igual ao criador.”

Depois de casados, Marx enviou várias cartas a Jenny, quando estavam separados por ocasião de alguma viagem de um dos dois, reafirmando seus sentimentos pela esposa. Numa carta de 21 de junho de 1856, chama-a de “Amadinha do meu coração” e escreve: “Beijo-te dos pés à cabeça, caio de joelhos diante de ti” e ainda arremata dizendo que a ama “mais do que o mouro de Veneza” (Otelo, de Shakespeare) “jamais amou”.

Como alertou Marx nO 18 Brumário de Luís Bonaparte, é necessário diferenciar “o que um homem pensa e diz de si mesmo do que ele realmente é e faz”. Não por acaso, a um questionário das filhas, ele respondeu que seu lema favorito era De omnibus dubitandum (Dúvida de tudo). Derramamentos sentimentais de poemas e cartas à parte, em 1851 Karl engravidou a criada da família, Helene Demuth. Engels, em socorro ao amigo, assumiu a paternidade da criança, Frederic Demuth.

O filósofo e economista também faz referências ao amor em textos teóricos, às vezes de forma jocosa. Em A ideologia alemã, por exemplo, critica o filósofo Max Stirner, afirmando que a relação entre a filosofia que este produz e o estudo do mundo real é a mesma que existe entre a masturbação e o amor sexual. Em A sagrada família, escreve sobre Bruno Bauer e seus consortes: "Como podia a absoluta subjetividade, o actus purus, a critica 'pura' não ver no amor sua bête noire, o Satanás personificado; no amor, que é, verdadeiramente, o primeiro que ensina ao homem a crer no mundo objetivo fora dele, que não só objetiva ao homem, mas que também humaniza ao objeto? [...] O amor não pode construir-se a priori, porque o seu é um desenvolvimento real, que ocorre no mundo dos sentidos e entre indivíduos reais".
No escrito Sobre o suicídio, Marx aborda o ciúme da pessoa amada: “O ciumento necessita de um escravo; o ciumento pode amar, mas o amor é para ele apenas um sentimento extravagante; o ciumento é antes de tudo um proprietário privado”.

Quatro meses após a morte de Jenny, Marx escreveu a Engels: “Você sabe que há poucas pessoas mais avessas ao patético-demonstrativo do que eu; contudo, seria uma mentira não confessar que grande parte do meu pensamento está absorvida pela recordação de minha mulher, boa parte da melhor parte da minha vida”.

Karl morreu 16 meses após a esposa. Há biógrafos que dizem que a tristeza causada pela perda da companheira de quase 40 anos de vida conjugal e também da filha mais velha (igualmente chamada Jenny), o levou a ficar desgostoso com a vida, debilitando sua saúde e abreviando sua existência.

Helene cuidou de Karl até seus últimos dias, inventando novos pratos para abrir-lhe o apetite. Ele, porém, preferia alimentar-se com leite, rum e conhaque. Após a morte de Marx, em 14 de março de 1883, ela se mudou para a casa de Engels. Morreu em 1890, e no seu funeral Engels declarou que Marx se aconselhava com ela, “não apenas em questões partidárias difíceis e complexas, mas mesmo em relação aos seus escritos econômicos. Quanto a mim, o trabalho que tenho sido capaz de fazer desde a morte de Marx tem sido em grande parte devido à luz do sol e do apoio de sua presença na minha casa”. Helena foi enterrada no cemitério Highgate, Londres, no mesmo túmulo que Marx e sua esposa.

Jornal Nacional dá 28 segundos sobre inocência do comunista Orlando Silva

Jornal Nacional dá 28 segundos sobre inocência do comunista Orlando Silva


Quase oito meses depois do golpe midiático contra o ex-ministro do Esporte Orlando Silva e o seu partido, o PCdoB, finalmente a mídia teve que divulgar a verdade: Orlando é inocente. Porém, a notícia tão ou mais relevante do que a mentira criada pela revista Veja ficou longe de receber capas de revistas e inúmeras matérias nos principais telejornais e programas de rádio. No Jornal Nacional, por exemplo, recebeu apenas 28 segundos.



Para quem não se lembra, só a primeira matéria do mesmo Jornal Nacional para o golpe da Veja, que levou à renúncia do ex-ministro, tinha quatro minutos e 23 segundos (clique aqui para vê-la). O mais interessente é notar que, até agora, o telejornal dos Marinho quase nada disse sobre as ligações perigosas entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a revista que sempre recebeu tanto prestígio por parte do jornalismo da Globo.

O Jornal Nacional, o mais importante da grade de programação da Rede Globo, é apenas um dos muitos exemplos. A desproporção no tratamento entre a mentira e a verdade neste, e em muitos outros casos, é mais uma prova da necessidade de um marco regulatório para mídia brasileira. Vamos continuar lutando nas redes e nas ruas para garantir que esta mudança se efetive no Brasil. Afinal, até quando a verdade será censurada por apenas sete famílias donas dos meios de comunicação?

Por Carla Santos,
da redação

Leia mais:
-Zé Dirceu: Veja e companhia: “versão moderna da Inquisição”-Justiça a Orlando Silva seria reconduzí-lo ao cargo-Conselho de Ética desmascara calúnias contra Orlando-Absolvição do ex-ministro Orlando Silva é destaque no Twitter
-Vídeo mostra a vitória de Orlando Silva sobre o PIG


Do Portal Vermelho

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=29&id_noticia=186153

TERRORISTAS DA CIA E DO MOSSAD PROMETEM "APRONTAR" NA RIO +20


TERRORISTAS DA CIA E DO MOSSAD PROMETEM "APRONTAR" NA RIO +20 ‏
Por ZÓBIA SKARTINNI e KATHARINA GARCIA.

 Reunião realizada um mês atrás em São Paulo, entre membros da comunidade judaica do Brasil, Argentina e EUA, além de agentes do MOSSAD (Serviço Secreto de Israel) e da CIA (organismo de Inteligência estadunidense) decidiram organizar protestos contra a presença do Presidente Ahmednejad, do Irã, durante a realização do evento, além de apoiar outros grupos que queiram organizar protestos contra a presença de lideres cubanos, venezuelanos, bolivianos, equatorianos, nicaraguenses e outros de esquerda aliados da causa palestina.

Este mesmo grupo, segundo foi descoberto, estaria encarregado, além de organizar protestos contra o líder iraniano, incentivar, através das redes sociais e com o apoio da mídia televisiva, jornais e revistas de grande circulação nacional, manifestações de protestos contra a presença também de líderes como Raul Castro, Rafael Correa, Cristina Fernandez Kristner, Evo Morales, Daniel Ortega e principalmente Hugo Chávez, se este decidir comparecer a Rio+20.

O principal grupo brasileiro que deve aparecer como coordenador dessas atividades de protestos contra Ahmednejad é o Centro Wiesenthal, organização judaica ortodoxa de direita e ainda os braços religioso e cultural de Israel no Brasil, no caso, a Confederação Israelita do Brasil (CONIB) e a Federação Israelita do Estado de São Paulo, além de grupos de extrema direita com fortes ligações com os serviços secreto de Israel e dos Estados Unidos.

Segundo informações obtidas por organizações populares, através de militantes que sem saber as razões das reuniões realizadas foram convidados, compareceram e tomaram conhecimento de alguns detalhes, depois passando ás suas direções, e alguns órgãos de segurança responsáveis pela Rio+20, já chegou ao conhecimento das autoridades que a CIA e o MOSSAD estariam por trás dessas ações, e que as mesmas estariam sendo financiadas pela Agência Central de Inteligência (EUA) e provavelmente a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília e pelo MOSSAD, órgão da inteligência israelense, que é quem coordenará as ações através de seus agentes infiltrados e que ocupam cargos de direção nas entidades e ONGs que são criadas para este fim desenvolverem tais ações.

Uma das organizações recém-criada e que age através de agentes da CIA e do MOSSAD especificamente para estes casos e se infiltrarem nos movimentos sociais brasileiros simpáticos a causa palestina principalmente, é uma tal Frente pela Liberdade do Irã, composta apenas por sete pessoas, dentre eles dois agentes do MOSSAD, dois a serviço da CIA e três das entidades judaicas, sendo uma do Brasil, um dos EUA e outra representando as entidades do restante da América Latina.

Na reunião que decidiu pela “criação” da FLI, Frente de Libertação do Irã, ficou decidido que uma manifestação deve acontecer, domingo próximo, 17 de junho, as 11h, na Praça dos Arcos (final da Av. Angélica), Ato Público contra a presença de Mahmoud Ahmadinejad na Rio + 20.

Com um orçamento de quase hum milhão de reais, supostamente liberados pela CIA para esse tipo de manifestação, os grupos de extrema direita tentam envolver organizações e grupos populares assim como membros dos movimentos negro, dos homossexuais, professores universitários, advogados, mulheres, além das comunidades Bahai e evangélica, militantes de direitos humanos e ambientalistas dentre outras, buscando dá certa legitimidade popular, sem que tais grupos sociais venham a saber, que estão agindo a serviço da CIA e do MOSSAD.

Da mesma forma setores da direita, presentes a Rio +20 e ligados a grupos empresariais de direita, numa aliança “estratégica” com o movimento sionista brasileiro promoverá outra passeata na Praia de Ipanema, no posto 8 ( em frente à Rua Rainha Elizabeth), em direção ao Jardim de Alá, também dia 17, domingo.

Vários grupos de extrema-direita no mundo, financiados pelos Estados Unidos através do Departamento de Estado, do Pentágono e da CIA, ou as vezes diretamente pela Casa Branca, como o Grupo de Miami, que financiam o terrorismo contra Cuba, e outros com estreitas ligações com a oposição venezuelana do candidato oposicionista a Hugo Chávez, também estão se articulando na Rio+20 para agirem contra os setores progressista que devem ser hegemônicos na Cúpula dos Povos e dominarem os debates políticos.

Os recursos liberados pelos Estados Unidos para financiar tais operações será para cobrir despesas com transporte, hospedagem, alimentação e até diárias para pessoas contratadas exclusivamente para os referidos atos. Suspeita-se que até uma empresa de modelo e manequins, com homens e mulheres “ de bôa aparência e bonitos” foi contratada para fazer número e segurar faixas e cartazes nas manifestações.

Fonte: MIDIA SEM FRONTEIRAS – INTERPRESS – AGNOTMUNDO IMPDIPLOMACIA – ZS\KG – RJ\\SP-13062012.