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Mostrando postagens de dezembro 2, 2012

A Inutilidade da Teologia

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    A Inutilidade da Teologia   Richard Dawkins Do site Ateus.net   Um editorial infeliz e ingênuo do jornal britânico Independent recentemente pediu uma reconciliação entre ciência e “teologia”. Dizia que “As pessoas querem saber o tanto quanto possível sobre suas origens”. Com certeza, espero que elas queiram, mas o que diabo faz alguém pensar que a teologia tem algo de útil para dizer sobre esse assunto? A ciência é responsável pelas seguintes informações sobre nossas origens. Nós sabemos aproximadamente quando o Universo surgiu e porque ele é, em sua maioria, de hidrogênio. Nós sabemos por que as estrelas se formam e o que acontece no interior delas para converter hidrogênio em outros elementos, dando origem à química em um mundo físico. Nós sabemos os princípios fundamentais de como um mundo químico pode se transformar em biologia através do aparecimento de moléculas autorreprodutoras. Nós sabemos como o princípio da autorreprodução deu origem, através da

A genialidade de Niemeyer e sua luta por um mundo novo

A genialidade de Niemeyer e sua luta por um mundo novo Na noite de quarta-feira, 5 de dezembro, como diria o escritor Guimarães Rosa, uma notícia de grande morte se espalhou pelo Brasil e pelo mundo. As mãos do arquiteto Oscar Niemeyer, sempre irrequietas, em estado de criação sobre a prancheta, quedaram e foram pousadas sobre seu coração que parou de bater aos 104 anos.  Por Renato Rabelo* Niemeyer partiu, mas já em vida – num exemplo de rara convergência nacional – havia sido conduzido pelos seus compatriotas à galeria das personalidades mais destacadas da Nação. Chegou ao panteão pela grandeza e beleza de sua arquitetura, mundialmente avaliada como um dos ícones da modernidade, e pela coerência de vida inteira com ideais revolucionários do comunismo que o levaram a selar um compromisso inquebrantável com o Brasil e seu povo. Sua longa vida de 104 anos se assemelhou a essas frondosas árvores frutíferas de seu país tropical que, mesmo com idade avançada, não param de florir, nem

Oscar Niemeyer, o arquiteto de um tempo futuro

Oscar Niemeyer, o arquiteto de um tempo futuro O arquiteto comunista brasileiro Oscar Niemeyer morreu às 21h55, em uma quarta-feira dia 5 de dezembro de 2012. Dizem que não queria ver o “acaba mundo” por isso nos deixou antes, no último intervalo saiu à francesa, as vésperas de fazer 105 anos muito bem vividos. Manoel José de Souza Neto* Seu espírito superior nos deixa, está agora nas estruturas mais altas. Obviamente como socialista acharia este papo de espírito uma grande besteira. Mas um arquiteto não se pode se furtar da dimensão da obra, só pode ter entendido a plenitude da criação tal qual, músicos, astrofísicos e filósofos, nas incertezas, ele viu as únicasverdadeiras questões que poderiam ser levadas em conta. Por isso, Niemeyer não calculava, pois a criação permite tudo. Não foi na arquitetura que achou as soluções para seus projetos. Amava as mulheres, estas sim sua influência maior para curvas arquitetônicas que mudaram o sentido das obras e do uso dos materiais, revol

Oscar Niemeyer morre aos 104 anos

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Oscar Niemeyer morre aos 104 anos O arquiteto Oscar Niemeyer morreu na noite desta quarta-feira (5) no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde o dia 2 de novembro. O arquiteto completaria 105 anos em 15 de dezembro. Niemeyer deixa a mulher, Vera Lúcia, 67, com quem se casou em 2006. Deixa ainda quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria – sua única filha, morta em junho passado, aos 82 anos – , fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004. Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde. Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obra

Rock revolução: Choke lança novo cd

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Choke lança novo cd Clique aqui para ouvir Latino Revolution, o novo disco do Choke Neste post, você ouve o novo disco do Choke e conhece um pouco da história da banda. A banda Choke está na estrada há tempos! Desde a primeira demo tape "Dicktatorshit Holocaust from Third World" até hoje, já são mais de 10 anos. Com som pesado que mescla hardcore e metal e letras voltadas à temática política-social-cultural da região latino americana, não é a toa que a banda curitibana é uma das bandas brasileiras mais conhecidas em nosso continente. Em 2001 o Choke lança "Manifest", um split cd com a banda STN (Jethro Songs). Em 2003, lançam pela gravadora MNF Music o disco " Slum Radio ", produzido e gravado por João Gordo (Ratos de porão) em São Paulo, no estúdio Mr. Som de Marcelo Pompeu (Korzus). Disco produzido por JoãoGordo Esse trabalho, que contou com as participações de Doze (Pavilhão 9) e da bateria dos Fanáticos (torcida do Atlético-PR), abriu

PT e mídia: relato de um impasse

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PT e mídia: relato de um impasse Por Maurício Caleiro, no blog  Cinema & Outras Artes : Preservar, a virtualmente qualquer custo, os altos índices de aprovação da presidente Dilma Rousseff tem sido uma meta prioritária do governo petista, a qual, ao lado da ampliação da hegemonia via expansão das alianças partidárias, facilita sobremaneira a governabilidade. Tal processo, porém, ao impelir o governo a evitar ao máximo situações de desgaste, levando-o eventualmente à inação, à omissão e a recuos estratégicos, acaba adiando, dificultando ou impossibilitando o enfrentamento de demandas urgentes porém polêmicas – como reforma agrária, os direitos civis relativos à homoafetividade e notadamente, a promoção da democratização da comunicação. Tal estratégia, além de exasperar parcelas do eleitorado, tem como efeito colateral, como veremos, a geração de um alto custo para o partido, para a esquerda e para o país. A criação de uma blindagem em torno da presidência, de forma a

Lula, Dilma e o PT: fatiados

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Lula, Dilma e o PT: fatiados http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador : Ainda em 2011, recém-iniciado o governo Dilma, ficaram claras as estratégias do governo vitorioso e da oposição derrotada pela terceira vez. Do lado petista, Dilma caminhou (ainda mais) para o centro, numa tentativa de conquistar setores urbanos (da nova e da velha classes médias) que se haviam afastado do PT durante os dois mandatos de Lula. Dilma aceitou a pauta da “faxina moral”, investiu na imagem da “gerente”, e evitou qualquer conflito com a mídia conservadora que é a verdadeira comandante da oposição no Brasil. A presidente emitiu sinais de que concentraria toda sua energia na mudança de paradigma econômico: reduzir os juros, e abrir espaço para uma nova fase de desenvolvimento sem a hegemonia ostensiva do setor financeiro (o que inclui também as tentativas de reduzir os custos de produção, como no caso da energia). O arranjo adotado durante os doi

O saco de gatos partidário

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O saco de gatos partidário Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo : Um colega me procura para se dizer impressionado com o crescente saco de gatos da política brasileira que, registre-se, não é de hoje. Fala da possível indicação de Guilherme Afif Domingos para um ministério do governo Dilma, selando a adesão do PSD de Gilberto Kassab à coalizão liderada pelo PT. O colega é eleitor petista. Provavelmente frustrado com o fato de que está cada vez mais difícil traduzir seu voto ideológico em políticas que o representem, observa: “A oposição está morta. Tá na hora de fundar um novo partido ou de derrotar a atual coalizão federal para mudar um pouco as coisas”. Confesso que nunca vi um eleitor torcendo contra o partido no qual costuma votar, mas entendo a frustração. Ele vota num dos gatos, mas acaba representado por outro. Em outras palavras, o poder do PT se diluiu dentro da coalizão comandada pelo partido, de tal forma que a administração de um condomínio tão vasto de inte

Os tucanos e o cheiro de naftalina

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Os tucanos e o cheiro de naftalina http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ Por Saul Leblon, no sítio  Carta Maior : O lançamento burocrático do nome de Aécio à sucessão de Dilma Roussef, feito por apressados tucanos nesta segunda-feira, exala o odor da naftalina entranhada nas peças do vestuário preteridas no guarda-roupa. Quando finalmente ascendem à luz, já perderam a sintonia com o manequim e a estação. Ungido no vácuo, Aécio ainda gaguejou assombrado: 'antes de candidatura, a legenda precisa de agenda' Não sem razão. O credo do PSDB transformou-se num pé de chumbo histórico. Hoje ele pisoteia o que restou do Estado do Bem Estar Social europeu superpondo o arrocho ortodoxo ao colapso neoliberal. Apaga incêndio com gasolina As labaredas atingiram a classe média europeia da qual o tucanato um dia considerou-se uma espécie de prefiguração tropical culta, rica, bela e cheirosa. 19 milhões de desempregados, quase 120 milhões na ante-sala da pobreza, revest

Aécio confirma divisão dos tucanos

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Aécio confirma divisão dos tucanos Por José Dirceu, em seu blog : A reação de Aécio Neves após ser “lançado” por Fernando Henrique Cardoso e Sérgio Guerra à Presidência em 2014 confirma o óbvio: os tucanos continuam divididos. FHC e Guerra querem que ele assuma já a candidatura. Mas Aécio, mineiro e conhecendo bem o tucanato, se fez de rogado. Para ele, o lançamento da candidatura tem que se ser de “forma natural” e não existe ninguém que se autoproclame líder. FHC bem que tentou reavivar os tempos do Império ao dizer que ele próprio estava proclamando Aécio líder. Claro que não colou. Aécio adiou a definição e diz que vai priorizar a agenda nacional, a gestão, a federação etc. E por aí foi saindo de fininho, deixando os czares do tucanato falando sozinhos. Começou mal a caminhada dos tucanos rumo a 2014. Melhor fez o Serra, que foi passear com os netos na Disney. FHC Essas últimas manifestações de FHC mostram que, na prática, ele assumiu a presidência do PSDB ou o papel

A liberdade na internet está em jogo

A liberdade na internet está em jogo Por Luciano Martins Costa, no  Observatório da Imprensa : A conferência da União Internacional das Telecomunicações (UIT), que se realiza em Dubai, nos Emirados Árabes, está mexendo até mesmo com a mídia internacional. A preocupação geral é com a possibilidade de o órgão da ONU se considerar no papel de regular o funcionamento da internet. O assunto veio à tona no momento em que alguns países, como o Brasil, discutem a criação de um “marco regulatório” para a internet. Na verdade, a rede mundial de computadores entra nas discussões da UIT como parte do processo de reorganização das frequências de rádio e bandas para telefonia, necessidade criada pelas novas tecnologias de comunicação. Mas o que está em jogo é a verdadeira liberdade de informação. Retenção das atenções Os representantes de 193 membros do organismo das Nações Unidas dizem que o objetivo do encontro é utilizar o potencial tecnológico para levar a internet e as telecomunica

STF e o risco de banalizar o mal

STF e o risco de banalizar o mal Por Paulo Moreira Leite, na coluna  Vamos combinar : Estou espantado diante da naturalidade com que se debate a possibilidade do Supremo cassar os mandatos de 3 deputados cassados pelo mensalão. Parece a coisa mais natural do mundo. Parece uma questão de opinião. José Genoíno, um suplente de mais de 90 000 votos, também pode perder seus direitos. Como os demais, seu mandato vai até 2014. Não é natural. Nem é uma questão de opinião. Está lá, no artigo 55 da Constituição que, após ampla defesa, por maioria absoluta, cabe ao Congresso decidir o que acontece com o mandato dos parlamentares. A Câmara resolve, no caso dos deputados. O Senado, quando se trata de senadores. É tão claro como o artigo que define o voto direto para presidente ou o caráter federativo da República. É ainda mais curioso que se queira também queimar uma outra etapa, cassando os deputados antes mesmo que os recursos tenham sido julgados. Aliás: as sentenças sequer foram e

A corrupção acobertada no governo FHC

A corrupção acobertada no governo FHC Por Eduardo Guimarães, no  Blog da Cidadania : Ontem (3), o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou publicamente que “A corrupção não está mais debaixo do tapete” e que, “hoje, há mais autonomia dos órgãos de fiscalização e controle como o Ministério Público, a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Federal”. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de pronto, rebateu a afirmação de Carvalho. À noite, no Jornal Nacional, a reportagem mostrou parte das declarações do ministro e do ex-presidente sobre o assunto. FHC, visivelmente alterado, qualificou como “leviandade” a declaração do adversário político. Vejamos, pois, quanto de motivos teve o ex-presidente para se irritar assim com a declaração do ministro de Dilma. FHC, quando governou, foi beneficiário da cumplicidade da mídia, que ajudou a acobertar descaradamente a corrupção ao sonegar ao público notícias sobre escândalos que di