quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Imprensa Golpista: Os segredinhos de Eliane Cantanhêde


Os segredinhos de Eliane Cantanhêde

Do Blog do Miro


Por Max Altman

A colunista Eliane Cantanhêde revela segredinhos da presidenta Dilma Rousseff em sua coluna “Sem paixão” de domingo, 8 de julho. Ninguém sabia, até esta altura, que ela era a confidente de Dilma. Revelar segredos tão importantes, que só se desvelam entre quatro paredes, sem filmagens secretas nem grampos dissimulados, só para os muito íntimos. Não consta que Eliane seja carne e unha da presidenta.


Mas não é nenhum segredo fechado o que desvenda Cantanhêde quando diz que “Dilma trabalha seriamente com a possibilidade de derrota de ... Hugo Chávez na Venezuela, neste ano”. E argumenta: “Com Chávez, há duas questões para além da economia. Ao cercar o câncer de mistério, sua imagem tão forte passa a refletir fragilidade”. Ora, nem tão cercada de mistério está a enfermidade de Chávez, que ele mesmo tornou pública com bastante detalhe, nem sua imagem está enfraquecida.

Fisicamente, o sociólogo argentino Atílio Borón, presente no Foro de São Paulo há pouco levado a cabo em Caracas, num amplo relato afirmou que Chávez demonstrou em seu discurso e manifestações pessooii
ais que carrega suficiente energia para enfrentar os ossos do ofício de presidente e a carga da disputa eleitoral, apesar de o âncora da televisão norte-americana, Dan Rather ter lhe dado há pouco, com base em fontes altamente fidedignas, não mais que dois meses terminais. Já se passaram quatro.

Politicamente, nada mostra que a doença o tenha enfraquecido. Georges Pompidou e François Mitterrand passaram os mandatos escondendo seus cânceres, apenas filtrados por segredinhos da imprensa, e não consta que tenham perdido relevância.

A malícia do segredinho revelado de Cantanhêde se completa na frase “E, pela primeira vez desde 1999, a oposição cerrou fileiras com uma candidatura, a de Henrique Capriles. Chávez passou a conviver com uma novidade: um opositor para valer.”

O grande objetivo da oligarquia, das forças reacionárias, da direita de nosso continente, apoiadas nos grandes meios de comunicação, para os próximos 90 dias, é a derrota de Chávez. Ao crescimento das forças democráticas, populares, progressistas e de esquerda na América Latina e Caribe, a direita e o imperialismo respondem de diversas formas, dentre outras com a agressão sistemática pelo governo de Estados Unidos, a manipulação e criminalização das demandas sociais, para gerar enfrentamentos violentos e uma contra-ofensiva golpista. 

O objetivo do império, a longo prazo, é controlar os recursos naturais. Não há outro continente que não a América do Sul a ostentar tantos e tão diversos recursos naturais - petróleo, água, biodiversidade ... - fundamentais para o desenvolvimento energético, industrial e agroalimentar. A contra-ofensiva estratégica de Washington é liquidar com Chávez porque ele é a grande liderança hoje das forças democráticas, progressistas, populares e de esquerda na defesa da soberania, independência e integração das nações latino-americanas e do Caribe.

Ante a iminente possibilidade de derrota eleitoral, a oposição venezuelana, respaldada pelos grandes meios de comunicação locais e internacionais, passou a desatar uma intensa campanha, apelando a todo tipo de recursos, que incluem atos de violência e de desestabilização mas também circunlóquios sibilinos não para defender um resultado altamente improvável – a vitória de Capriles – e sim para contar na hora da verdade com o argumento da denúncia de fraude.

O governo brasileiro, levando em conta os interesses legítimos do Brasil, sua política em favor da integração das nações latino-americanas, na defesa das recentes conquistas das massas de trabalhadores de nossa região, da nossa soberania e independência, está sim interessado – e muito – no resultado eleitoral de 7 de outubro na Venezuela. Para Dilma não “tanto faz como tanto fez”.

Felizmente, a consciência política da grande maioria do povo venezuelano permite prever uma nova, crucial e histórica vitória para as forças progressistas.


A grande imprensa é o porta-voz do pensamento das classes conservadoras




A grande imprensa é o porta-voz do pensamento das classes conservadoras



A imprensa de forma geral e a televisão, especialmente, induzem à violência e levam a população a acreditar em uma falsa realidade, como acontece com o caso do "mensalão". A corajosa opinião é do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello em entrevista à ConJur.
...

Leia a entrevista:

ConJur — Como o senhor vê o processo do mensalão?
Celso Antônio Bandeira de Mello − Para ser bem sincero, eu nem sei se o mensalão existe. Porque houve evidentemente um conluio da imprensa para tentar derrubar o presidente Lula na época. Portanto, é possível que o mensalão seja em parte uma criação da imprensa. Eu não estou dizendo que é, mas não posso excluir que não seja.

ConJur − Como o senhor espera que o Supremo vá se portar?
Bandeira de Mello − Eu não tenho muita esperança de que seja uma decisão estritamente técnica. Mas posso me enganar, às vezes a gente acha que o Supremo vai decidir politicamente e ele vai e decide tecnicamente.

ConJur − O ministro Eros Grau disse uma vez que o Supremo decidia muitos casos com base no princípio da razoabilidade e não com base na Constituição. O que o senhor acha disso?
Bandeira de Mello − Pode até ser, mas eu acho que muitas vezes quem decide é a opinião pública.

ConJur – E o que o senhor acha disso?
Bandeira de Mello – Péssimo. A opinião pública é a opinião da imprensa, não existe opinião pública. Acho muito ruim decidir de acordo com a imprensa.

ConJur – E como o senhor avalia a imprensa?
Bandeira de Mello − A grande imprensa é o porta-voz do pensamento das classes conservadoras. E o domesticador do pensamento das classes dominadas. As pessoas costumam encarar os meios de comunicação como entidades e empresas cujo objetivo é informar as pessoas. Mas esquecem que são empresas, que elas estão aí para ganhar dinheiro. Graças a Deus vivemos numa época em que a internet nos proporciona a possibilidade de abeberarmos nos meios mais variados. Eu mesmo tenho uma relação com uns quarenta sites onde posso encontrar uma abordagem dos acontecimentos do mundo ou uma avaliação deles por olhos muito diversos; que vai da extrema esquerda até a extrema direita. Não preciso ficar escravizado pelo que diz a chamada grande imprensa. Você pega a Folha de S.Paulo e é inacreditável. É muito irresponsável. Eles dizem o que querem, é por isso que eu ponho muita responsabilidade no judiciário.

ConJur – O que o Judiciário deveria fazer?
Bandeira de Mello − Quando as pessoas movem ações contra eles, contra os absurdos que eles fazem, as indenizações são ridículas. Não adianta você condenar uma Folha, por exemplo, ou uma Veja a pagar R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil. Isso não é dinheiro. Tem que condenar em R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Aí, sim, eles iriam aprender. Do contrário eles fazem o que querem. Lembra que acabaram com a vida de várias pessoas com o caso Escola Base? Que nível de responsabilidade é esse que você acaba com a dignidade das pessoas, com a vida das pessoas, com a saúde das pessoas e fica por isso mesmo? Essa é nossa imprensa.
...

ConJur − E em relação ao Supremo? Como o senhor vê a atuação da mais alta corte do país?
Bandeira de Mello - Nosso atual Supremo é melhor que o anterior. Não que eu não veja grandes problemas no Supremo porque em tudo isso há um erro: o fato de os ministros serem vitalícios.

ConJur − Isso é um problema?
Bandeira de Mello − Grave. Uma vez eu ouvi de um membro do supremo a seguinte frase: “Professor, tantas vezes nos chamam de excelência que a gente acaba pensando que é excelência mesmo”. Oito anos de mandato seria mais que o suficiente. O supremo devia ter um mínimo de [ministros] provenientes da magistratura de carreira. E não tem praticamente ninguém. Agora cresceu com a escolha dessa senhora [Rosa Weber], que é de carreira. Mas na verdade, tem muita gente do Ministério Público, da Advocacia. Tem que ter, mas não pode ser maioria. Porque diga−se o que quiser dos juízes, eles são treinados desde o comecinho para pelo menos tentar ser imparcial. Você não precisa ter simpatia pelos votos daquele juiz, mas você reconhece que ele é sério, dedicado, esforçado, conhece aquilo que está falando, e você respeita. Há juízes no Supremo que são absolutamente independentes, assim como há uns que você diz: que lástima, como é que está lá?

ConJur − O senhor poderia indicar quem são?
Bandeira de Mello − Claro que não.

ConJur – O STF legisla?
Bandeira de Mello − Essa é uma maneira reacionária de encarar. Ele [STF] não tem posição de legislador nenhum. Agora se o legislador não faz a lei e o STF tem que decidir, ele vai fazer o que? Tem que decidir seguindo os princípios da Constituição e as normas constitucionais, é o dever. Se cabe alguma crítica a isso é ao Legislativo. Não sei qual é o pior dos Poderes da República, mas eu penso que é o Legislativo. O Legislativo é uma lástima pela péssima qualidade dos seus membros, sem prejudicar figuras notáveis lá dentro.

ConJur − Recentemente o seu nome foi citado em algumas reportagens colocando-o como intermediário de um encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro Ayres Britto.
Bandeira de Mello − Isso é coisa típica da imprensa. O Lula nunca foi íntimo meu, nunca foi. Em segundo lugar, se alguém pensasse que eu iria fazer a cabeça do ministro Ayres Britto é porque é tonto. O ministro Ayres Britto é um homem absolutamente independente, inteligente e muito culto. Vê lá se eu conseguiria fazer a cabeça do Carlos? E vê lá se eu ousaria tentar fazer a cabeça do Carlos? Se você respeita um amigo, você tem que saber qual é o seu limite. Você não pode falar para o cara fazer isso ou aquilo. No entanto, a Folha de S.Paulo disse que eu fui contratado para aliciar o ministro Carlos Britto no caso daquele italiano...

ConJur − Cesare Battisti?
Bandeira de Mello − Cesare Battisti. [A Folha] Teve a petulância de dizer isso de mim. Eu diria: que lixo. No meu pensamento eu diria: que merda de jornal é esse que duas mulherezinhas escrevem isso de mim? Como se eu fosse capaz de fazer isso. Ainda disse que eu fui contratado. Eu não fui contratado, eu dei gratuitamente um parecer. Gratuitamente. O advogado, que era o Barroso, me telefonou e falou: “Celso, você daria um parecer sobre um caso, você se sente à vontade, você está de acordo com a tese? Só que eu não vou ter dinheiro para te pagar por ele”. Falei que não era caso de dinheiro. Devia ser visto como consciência cívica. Esse homem na Itália corria um risco terrível, se levassem esse homem para lá. Ele foi julgado à revelia praticamente. Aquele julgamento foi uma vergonha, foi na base da delação premiada que os outros caras o acusaram. No tempo do golpe, quando os militantes eram torturados eles procuravam apontar para alguém que estava fora do país, para não correr risco. Ele [Battisti] estava fora do país e disseram que foi ele que atirou. Ele estava na França naquela época, e os caras disseram que foi ele.

ConJur − Como o senhor viu a decisão do Supremo no caso?
Bandeira de Mello − Não terminou tão bem quanto eu gostaria. Mas acabou reconhecendo que é o presidente quem deveria decidir, que era a decisão correta. E justamente o ministro Carlos Britto, que eles disseram que eu tinha sido contratado para aliciar, foi o que votou contra.

ConJur − Vocês são amigos ainda hoje?
Bandeira de Mello – Muito. Nós somos amicíssimos, não só amigos. O Carlos é meu amigo há mais de quarenta anos, e foi meu aluno também.
...

ConJur − Na época do governo FHC havia um grande número de ações por improbidade administrativa, e de certa forma, durante o governo do PT isso deu uma diminuída. O senhor acha que o Ministério Público amadureceu, houve alguma mudança?
Bandeira de Mello − No governo do Fernando Henrique houve muita corrupção, e essas ações eram uma demonstração disso. Houve corrupções confessadas, por exemplo, foi gravado o senhor Fernando Henrique dizendo que podia usar o nome dele numa licitação. O que aconteceu com ele? Nada. Ele está endeusado pela imprensa. Nada. O senhor Menem andou uma temporada na cadeia, o senhor Fujimori está [na prisão] até hoje, e com ele [FHC] nem isso aconteceu. Não estou dizendo que era para ele ir para a cadeia ou não. Mas foi um crime e não aconteceu nada. Olha os dois pesos e duas medidas. Pegaram aquele italiano [Salvatore Cacciola] e meteram na cadeia. Ele ficou algum tempo e agora está solto.

ConJur – E no governo Lula?
Bandeira de Mello − As pessoas podem dizer o que quiserem a respeito dele, mas só não se podem renegar fatos: 30 milhões de pessoas foram trazidas das classes D e E para as classes B e C. Basta isso para consagrar esse homem como o maior governante que esse país já teve na história. Mas não só isso. Foi, portanto, a primeira vez que começaram a ser reduzidas as desigualdades sociais, que a Constituição desde 1988 já mandava. E veja outro fenômeno tão típico: olha o ódio que certos segmentos da classe média têm deste governante, deste político. É profundo, visceral. É o ódio daqueles que não suportam alguém de origem mais modesta estar equiparado a ele.
...

Elton Bezerra é repórter da revista Consultor Jurídico.


Leia mais em: O Esquerdopata 

Ibope: Serra e Russomanno estão empatados na liderança com 26% em São Paulo


Ibope: Serra e Russomanno estão empatados na liderança com 26% em São Paulo

Arte UOL
Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (16) mostra o candidato do PSDB, José Serra, e o candidato do PRB, Celso Russomanno, empatados na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo. Os dois candidatos têm 26% das intenções de voto. O instituto ainda simulou uma disputa entre Serra e Russomanno no segundo turno. O candidato do PRB venceria o tucano (42% a 35%).
O candidato do PT, Fernando Haddad, saltou de 6% na última pesquisa (3 de agosto) para 9%. Um crescimento de três pontos percentuais, dentro da margem de erro.
Soninha Francine (PPS), Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT) registraram 5% das intenções de voto na nova pesquisa.
Carlos Giannazi (PSOL) e Ana Luiza (PSTU) têm 1%, José Maria Eymael (PSDC), Levy Fidélix (PRTB) e Miguel Manso (PPL) não pontuaram.
Bancos e nulos somam 12%. Segundo o Ibope, 10% dos eleitores ainda estão indecisos.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de São Paulo" e foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-00311/2012. O Ibope ouviu 805 eleitores entre os dias 13 e 15 deste mês. A margem de erro é de três pontos percentuais.

SAIBA POR QUAIS REGIÕES OS CANDIDATOS PASSARAM DURANTE A CAMPANHA

Rejeição

O Ibope também perguntou aos entrevistados em qual candidato não votariam de jeito nenhum. Segundo o Ibope, Serra foi o mais citado, com índice de rejeição de 37%.
Levy Fidelix aparece na sequência, com 16%. Fernando Haddad, Paulinho da Força, Soninha Francine e Eymael têm 14% de rejeição.
Em seguida são citados Russommano (11%), Gabriel Chalita e Miguel (9%), Ana Luiza, Carlos Gianazzi e Anaí Caproni (7%).

Pesquisas anteriores

Na pesquisa Ibope divulgada em 9 de junho, Serra estava na liderança com 31% das intenções de voto.
Em segundo lugar, estava o ex-deputado federal Celso Russomanno (PRB) com 16%. Soninha Francine (PPS) obteve 7%
No levantamento do Ibope do dia 3 de agosto, havia um empate técnico dos candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB). Serra apareceu com 26% dos votos contra 25% de Russomanno.


Soninha Francine (PPS) teve 7%, Fernando Haddad (PT), 6%, e Gabriel Chalita (PMDB) apareceu com 5% das intenções de voto. Paulinho da Força (PDT) apareceu com 5%, e Carlos Giannazi (PSOL) e Ana Luiza (PSTU), José Maria Eymael, 1%. Levy Fidélix (PRTB) e Miguel Manso (PPL) não pontuaram.
Já os números divulgados pelo Datafolha, em 21 de julho, apontavam Serra com 30% --o tucano tinha 31% no penúltimo levantamento, em 27 de junho-- e Russomanno, 26%, que subiu dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos-- antes ele tinha 24%.

O sistema capitalista cruel nosso de cada dia....




quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Imprensa mafiosa:A mídia e a criminalização da política


A mídia e a criminalização da política

http://www.cartoonmovement.com
Por Laurindo Lalo Leal Filho, naRevista do Brasil:

Política para a mídia brasileira em geral é sinônimo de escândalo. Para grande parte da população resume-se a eleições.

Pessoas menos informadas costumam referir-se ao ano eleitoral como o "ano da política", fechando dessa forma o círculo da incultura cívica do país, do qual não escapa um ensino alheio ao tema.

Nação de base escravocrata, às camadas subalternas brasileiras sempre foi negado o direito de efetiva participação no jogo político.

Como concessão permite-se o exercício do voto, dentro de regras restritivas, feitas sob modelo para perpetuação das elites tradicionais no poder.

O descompasso entre presidentes da República eleitos a partir de programas de governo reformistas, com apelo popular, e composições parlamentares no Congresso conservadoras e patrimonialistas têm sido uma constante da política brasileira desde a metade do século passado.

O suicídio de Vargas e o golpe de Estado sacramentado pelo senador Auro de Moura Andrade em 1964 ao declarar vaga a presidência da República legalmente ocupada pelo presidente João Goulart são símbolos da ambiguidade política brasileira, na qual enquadra-se até a renúncia tresloucada de Jânio Quadros. Cabem aí também as chantagens exercidas por grupos parlamentares contra os governos Lula e Dilma, obrigando-os a dolorosas composições partidárias.

Diferentemente da eleição majoritária, onde os candidatos a chefe do executivo falam às grandes massas e são obrigados a mostrar seus projetos nacionais, deputados e senadores apóiam-se no voto paroquial, no compadrio, no tráfico de influência, herdeiros que são do velho coronelismo eleitoral.

E no Congresso, sem compromisso ideológico com o eleitor, defendem os interesses dos financiadores de suas campanhas, quase sempre poderosos grupos econômicos do campo e da cidade, ao lado das igrejas e até de entidades esportivas.

São candidaturas cujo sucesso só ocorre pela falta de um crivo crítico, proporcionado por debates constantes que apenas a mídia tem condições de oferecer em larga escala. No entanto, jornais, revistas, o rádio e a televisão não estão interessados em mudanças. Por pertencerem, no geral, aos herdeiros dos escravocratas (reais ou ideológicos), a existência de um eleitorado esclarecido e consciente apresenta-se como um perigo para os seus interesses.

Por isso, usam de todos os meios para manter a maioria da população distante da política, criminalizado-a sempre que possível.

As raízes da tensão histórica existente entre o executivo e o legislativo brasileiros não fazem parte da pauta da mídia nacional.

Como também não fazem parte as várias propostas existentes no Congresso voltadas para uma necessária e urgente reforma política.

Entre elas, por exemplo, a que acaba com o peso desigual dos votos de cidadãos de diferentes Estados, as que propõem a adoção do voto distrital misto, o financiamento público de campanha ou até o fim do Senado, cujo debate e votação são sempre bloqueados pelos grupos conservadores dominantes.

O dever social da mídia seria o de ampliar esse debate, levando-o à toda sociedade e tornando seus membros participantes regulares da vida política nacional. Mas ela não presta esse serviço.

Prefere destacar apenas os desvios éticos de parlamentares e os "bate-bocas" nas CPIs. São temas que caem como uma luva nas linhas editoriais dos grandes veículos, movidas por escândalos e tragédias espetaculares, sempre tratadas como "fait-divers", sem causas ou consequências, apenas como show.

O resultado é a criação de um imaginário popular que nivela por baixo toda a atuação política institucionalizada. Seus atores são desacreditados, mesmo aqueles com compromissos sérios, voltados para interesses sociais efetivos.

A definição de uso corrente de que "são todos iguais" reflete essa imagem parcial e deformada da política, criada pela mídia.

No caso específico da televisão, por onde se informa a maioria absoluta da população, a situação é ainda mais grave.

O Brasil é a única grande democracia do mundo onde não existem debates políticos regulares nas redes nacionais abertas.

Só aparecem, por força de lei, às vésperas dos pleitos, reforçando ainda mais a ideia popular de que política resume-se a eleições.

Ao exercerem no cotidiano a criminalização da política, os meios de comunicação, em sua maioria, brincam com o fogo, traçando o caminho mais curto em direção ao golpismo.

Voto não ideológico será decisivo para reeleição de Chávez



Gráfico










Voto não ideológ
ico será decisivo para reeleição de ChávezO balanço de um mês da campanha do presidente Hugo Chávez e de um ano da corrida eleitoral feita por seu opositor, Henrique Capriles, revela que o presidente conta com 40% de voto duro, ou seja, de pessoas que em outras eleições também votaram em Chávez, ou nas opções vinculadas ao processo bolivariano. No total, Chávez tem 56% das intenções de votos, ante os 29% de Capriles.


Gis XXI
Distribuição do voto na Venezuela
As informações são da pesquisa realizada pelo Grupo de Investigação Social Século 21 (Gis XXI). O relatório, assinado pelo diretor Jesse Chacòn indica que os 16% restantes da intenção de voto a favor do mandatário são constituídos pelo chamado voto brando — em sua grande maioria novos eleitores e pessoas que em outros processos eleitorais não votaram. Já com relação a Capriles, 20% dos eleitores constituem o voto duro e 9%, o brando.

O quadro eleitoral é completado com 11% de indecisos e 4% dizem que não votarão. Embora componham um segmento importante, este grupo não será decisivo nas eleições, uma vez que mesmo com esses votos Capriles não venceria a contenda eleitoral.

Voto brando

O que deverá dar o tom da campanha de agora em diante será a busca da oposição pelos 16% de voto brando de Chávez. O chavismo tem o desafio de consolidar este segmento e atrair para si o voto dos indecisos para assegurar uma vitória contundente em 7 de outubro.

A pesquisa do grupo Gis XXI desmente o caráter decisivo comumente conferido aos eleitores indecisos. Contrariamente, o estudo ressalta como chave das eleições o comportamento dos setores brandos e a capacidade de ambas as candidaturas de seduzi-los ou ao menos impedir sua fuga.

“No caso do chavismo, trata-se fundamentalmente de renovar e ampliar o mandato coletivo, o que requer por uma parte esclarecer as apostas do futuro ou o aprofundamento das mudanças, e por outra expandir ou aprofundar uma narrativa sedutora e inclusiva de setores heterogêneos e com uma linguagem mais concreta e que atenda à segmentação do discurso”, diz o estudo.

O relatório indica ainda que “a candidatura da direita tem diante de si um imenso objetivo: ficar dentro do novo consenso político — por exemplo no que se refere aos direitos sociais, à soberania nacional, à integração latino-americana, à igualdade, à democracia protagonista, etc. — mas marcando alguma diferença substancial que permita colocar-se como ‘a alternativa’ a algo que deve ser mudado. Neste difícil equilíbrio entre não se distanciar muito de Chávez; mas defender que é necessário derrotá-lo nas urnas, a campanha opositora elegeu centrar-se nas diferenças estético-simbólicas e tratar de confundir o máximo possível a confrontação de propostas e modelos de país. Esta campanha se baseia, portanto, no uso intensivo e sofisticado do marketing político e na imagem. O que acontece é que está dirigida a uma sociedade que mudou muito nos últimos anos, que ganhou com a educação e amadurecimento político, que discute política e requer informação e batalha de ideias”, diz o texto.

Popularidade
Com relação à popularidade dos candidatos, a pesquisa indica que Chávez conta com a aprovação de 65% dos venezuelanos, ante 36% de Capriles. O presidente sul-americano tem 21% de rejeição, enquanto seu opositor amarga 38%.

A avaliação positiva do governo bolivariano de Hugo Chávez chega a 64% enquanto 20% a avalia como negativa. 14/5 a considera regular. 

Com relação ao aspecto econômico, 58% dos venezuelanos pensam que a situação econômica pessoal melhorou e 70% que vai melhorar. Da mesma maneira, 42% dos venezuelanos veem positivamente a situação política e 62% acha que ela vai melhorar no segundo ano.

Espera-se que entre 75 e 80% dos venezuelanos compareçam às urnas para eleger o próximo presidente que governará até 2018. A abstenção esperada é de 20 a 25%, o que situa a Venezuela entre os países da América Latina com a mais alta participação eleitoral.

Da Redação, 
Vanessa Silva


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=191209&id_secao=7

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Jornalismo imundo: O "mensalão" e o rubor do Jabor


O "mensalão" e o rubor do Jabor

Por Valdemar Figueredo Filho, na revista Fórum:

No dia 7 de agosto deste ano Arnaldo Jabor publicou no segundo caderno do jornal O Globo mais um dos seus artigos bombásticos, reação ao que viu e ouviu nos primeiros dias do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. O douto paladino da Justiça sentenciou logo no primeiro parágrafo que os julgadores precisavam ouvir a opinião pública. Isto é, a Suprema Corte não pode desmoralizar-se fugindo da vontade popular. A condenação dos réus anunciaria que a República está em franca evolução democrática.


Não tive como evitar a imaginação. Veio-me à mente o Jabor em cena no turno da noite recitando o seu texto para as câmeras do Jornal da Globo. Performático. Ruborizado. Indignado. Esbraveja que a tentativa do PT se perpetuar como partido único teria o seu julgamento. A Justiça tardou, mas não poderia falhar. Sarcástico. Depois de tanto contorcer a face ruborizada deixa transparecer um risinho no canto da boca: eu não disse?

A respeito da concepção do conceito de opinião pública, Jürgen Habemas teria muito a se instruir com Jabor. Caso não aprendesse nada com o artigo “Suprema Importância”, sem escapatória, aprenderia com o seu belíssimo filmeOpinião Pública. Na película de 1967, como nos seus artigos e aparições televisivas, mostra-se especialista na classe média brasileira. Jabor milita como mestre dos desinformados há muito tempo. Fez desse ofício missão e profissão. Não há quem possa chamá-lo de mal sucedido.

Na querida e frágil República Federativa do Brasil não precisamos do Supremo Tribunal Federal pesquisando e se debruçando sobre toneladas de papel. É necessário que o fórum da justiça se silencie para ouvir as tais das provas produzidas em contraditório judicial? Para Arnaldo Jabor, este negócio de julgamento a partir dos autos pode acabar em embromação. Nesta linha jornalística, a opinião pública conhece a verdade e os tribunos da grande imprensa já estabeleceram a sentença justa e merecida. A opinião pública da qual fala o articulista cabe numa sala de redação. À noite, os membros da Suprema Corte da Grande Imprensa migram para os estúdios de rádio e TV. Um pouco de pó compacto no rosto para tirar os excessos de brilho e escamotear as rugas. Prontos para colocar em cena a festiva “opinião pública”. Para Jabor e seus interlocutores das redações e estúdios, sobram argumentos que faltam às togas.

O artigo do dia 7 de agosto é emblemático. Às favas com as defesas. Sobre os magistrados do Supremo Tribunal Federal, o que importa noticiar são o anedótico e os supostos alinhamentos políticos. Jabor já fez o seu julgamento há muito tempo e não precisou de pesquisa ou orientações jurídicas. A presunção da culpa está baseada numa refinada sensibilidade artística.

Para Jabor, na sua fúria indomável, os réus do mensalão são culpados até que provem o contrário. O que vale é a voz rouca da sua estimada “opinião pública” que circula pelas ruas do Leblon e, quando muito, vai de bicicleta elétrica até Ipanema. O porta-voz da classe média espera sinceramente que a Suprema Corte se dobre aos seus Supremos Pressupostos
.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Eterno Fidel....


domingo, 12 de agosto de 2012

Dr. Rosinha: A imprensa, o mensalão e os tucanos


Dr. Rosinha: A imprensa, o mensalão e os tucanos


Não sei dia, hora ou local em que nasceu Eremildo, o idiota. Sei que é filho ou enteado do jornalista Elio Gaspari. Quase todos os domingos leio o que pensa Eremildo. No geral, ele não elabora grandes teses e seu pensamento, no mínimo, é inocente, isso quando não é idiota. Eremildo é a maneira satírica que Gaspari encontrou para criticar a corrupção, o uso indevido do dinheiro público e outros fatos da vida política do país.

Por Dr. Rosinha*


No sábado, quatro de agosto, acordei pensando em Eremildo. O que será que ele acha do julgamento do suposto “mensalão”? O que ele acha da cobertura espetacularizada, condenando antecipadamente os réus, feita por alguns jornalistas?

Registro: não são apenas alguns jornalistas, isolados, que fazem uma cobertura vergonhosa. Eles estão respaldados ao menos por parte das empresas de comunicação do país. Segundo esses jornalistas e empresas, em coro ensaiado com Roberto Gurgel, procurador-geral da República, o “mensalão” é o maior escândalo da história do Brasil.

Um aparte, doutor Gurgel, perguntar não ofende: o senhor conhece a história do Brasil? Quem afirma que o “mensalão” é o maior escândalo da história ou o faz de má-fé ou não conhece nosso passado. Aproveito a oportunidade e pergunto: o senhor se sente eticamente desimpedido, depois de ficar sentado, por cerca de dois anos, em cima das denúncias contra Carlos Cachoeira e Demóstenes Torres, para formular o libelo acusatório do “mensalão”?

Eremildo, responda-me: não é vergonhosa a cobertura que jornalistas e empresas estão fazendo? Será que o pai (ou padrasto) de Eremildo, Elio Gaspari, já comentou sobre o comportamento destes jornalistas e empresas e eu não li? Como não sei se “o idiota” ou mesmo Gaspari comentaram algo sobre isso, recorro a Janio de Freitas.

Em nome da opinião pública, alguns jornalistas e algumas empresas de comunicação pedem a condenação de todos os “mensaleiros”, como definem. Inclusive Fernando Henrique Cardoso andou se manifestando sobre o tema e pedindo a condenação. Mas, livre da pressão da mídia, o que realmente pensa o povo brasileiro?

Janio de Freitas, em “As vozes”, artigo publicado na Folha de S. Paulo do dia 02 de agosto, escreve: “Com tantas pressões dirigidas aos leitores, espectadores e ouvintes, em linha direta e como reflexo das pressões sobre o Supremo Tribunal Federal, no momento não se sabe o que a voz silenciosa da opinião pública pede aos seus magistrados mais altos. Mas tal incerteza está acompanhada de ao menos duas certezas”.

Uma das certezas, que compartilho com Janio, é que a “recomendação de Fernando Henrique evidencia que a opinião pública referida é a opinião do público peessedebista” e que a “recomendação é um apelo velado no sentido de que o Supremo Tribunal Federal não negue o seu socorro ao catatônico PSDB, nesta hora difícil dos confrontos eleitorais. Tudo por um punhado de condenações de petistas”.

Busco novamente a luz de Janio de Freitas, dessa vez em “O julgamento da imprensa”, também na Folha, no dia 31 de julho. Segundo ele o “julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes”.

As empresas de comunicação, através de seus veículos, principalmente rádio, tevê, jornais e revistas, fazem pressão sobre o Supremo Tribunal Federal, antecipando a condenação. Fazem também pressão sobre o eleitorado, pedindo quase que explicitamente que “não votem nos candidatos do PT”.

Ainda no seu “O julgamento da imprensa”, Janio afirma que a pressão exercida contra o STF é própria dos regimes autoritários, que negam aos magistrados o que a democracia lhes oferece. Daí, deduzo que quem sempre cobrou liberdade de imprensa agora é contra a liberdade de opinião e o direito de livremente decidir.

Mas não existe só um “mensalão”: há também o do PSDB mineiro, envolvendo o deputado Eduardo Azeredo, muito anterior ao do PT, e há o do DEM (tanto o nacional quanto especificamente o do Distrito Federal), envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda. Não só eu, mas também Eremildo, o idiota, está esperando pelo julgamento destes dois mensalões. Relembro: o do PSDB é anterior ao do PT.

O tratamento dado pela imprensa e no STF a ambos os casos está sendo diferenciado, não só na questão do tempo para julgar, mas também na questão de método e mérito. Na imprensa é ainda pior. No artigo “Dois pesos e dois mensalões”, publicado na Folha do dia 05 de agosto, Janio de Freitas chama a atenção para esse tratamento desigual.

Por exemplo: o advogado Márcio Thomaz Bastos propôs que o STF desdobrasse o processo do “mensalão” de tal maneira que a Suprema Corte só julgasse os três parlamentares que têm foro privilegiado, e que os demais 35 acusados fossem julgados em varas criminais comuns. Nove ministros do STF foram contrários a isso. No mensalão do PSDB, esta tese foi aceita. No do PT, não. Por que este tratamento diferenciado? Afinal, não somos todos iguais perante a lei? Esta decisão foi uma vitória dos jornalistas e da maioria das empresas de comunicação que cobrem o julgamento. E foi uma derrota dos que querem um país democrático, onde a lei tenha o mesmo valor para todos.

Além disso, Janio chama a atenção para o fato de que os “dois mensalões não receberam idênticas preocupações dos ministros do Supremo quanto ao risco de prescrições, por demora de julgamento. O mensalão do PSDB é o primeiro, montado pelas mesmas peças centrais – Marcos Valério, suas agências de publicidade SMP&B e DNA, o Banco Real. Só os beneficiários eram outros: o hoje deputado e ex-governador Eduardo Azeredo e o ex-vice-governador e hoje senador Clésio Andrade”.

O partido e os nomes dos parlamentares fazem uma diferença enorme para Globo, Veja, Estado de São Paulo, Folha, etc. Aliviam para o PSDB e para o DEM e exigem punição para o PT.

O que Eremildo, o idiota, pensa disso?

*É deputado federal pelo PT do Paraná

Fonte: Congresso em Foco



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=190629&id_secao=6

Imprensa corrupta:TV RECORD FLAGRA POLICARPO E CACHOEIRA, DE NOVO


TV RECORD FLAGRA POLICARPO
E CACHOEIRA, DE NOVO

Como se percebe, os membros da CPI, inclusive os do PMDB, correm o risco de a Veja encomendar um grampo ao primeiro criminoso que encotrar.

O Conversa Afiada reproduz a reportagem do Jornal da record sobre as relações criminosas entre a Editora Abril e a quadrilha de Carlinhos Cachoeira

Como se percebe, os membros da CPI, inclusive os do PMDB, correm o risco de a Veja encomendar um grampo ao primeiro criminoso que encotrar.

É essa liberdade de imprensa que Michel Temer e a Globo lutam para proteger.

Chávez diz que não insulta rival ao chamá-lo de fascista


Chávez diz que não insulta rival ao chamá-lo de fascista

Chávez diz que seu adversário faz parte da extrema direita fascista na Venezuela. Foto: EFE
Chávez diz que seu adversário faz parte da "extrema direita fascista" na Venezuela
Foto: EFE
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste sábado que não insulta seu principal rival nas eleições do próximo dia 7 de outubro, o candidato opositor Henrique Capriles, quando o chama de burguês, fascista e representante de banqueiros corruptos.
"Ele se incomoda quando eu digo isto (...); Ele me pediu para que respeitasse sua família e eu nunca a desrespeitei. Todo meu respeito para ela. O que é certo é que sua família é burguesa, mas com isso não o estou desrespeitando", afirmou Chávez aos jornalistas em um ato eleitoral em Táchira, estado fronteiriço com a Colômbia.
"Temos que estar alertas diante de uma extrema direita fascista e todo seu miolo golpista que tem conexões com a extrema direita internacional que já deu um golpe de Estado aqui e que depois trouxe paramilitares da Colômbia para tentar me matar", acrescentou.
Perante a insistência de Chávez em chamá-lo fascista, Capriles lhe lembrou esta semana que provém de uma família europeia e que vários de seus membros foram vítimas do fascismo e do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, e pediu especial respeito para uma de suas avós que foi prisioneira de um campo de concentração.
O candidato opositor assegurou esta semana que, de acordo com suas informações, está na frente nas intenções de voto e previu inclusive que ganhará com uma diferença folgada.
Essa previsão contrasta com a maioria das enquetes divulgadas nas últimas semanas na Venezuela, que apontam que Chávez tem uma vantagem de entre 15 e 25 pontos.
Cerca de 19 milhões de venezuelanos estão convocados às urnas nas eleições do dia 7 de outubro para votar em Chávez, Capriles ou outros cinco candidatos independentes que nem sequer aparecem nas pesquisas.


Imprensa corrupta:Veja e Cachoeira: As provas definitivas da parceria


Veja e Cachoeira: As provas definitivas da parceria


Capa da edição de número 710 de CartaCapital
CartaCapital publica na edição que chega às bancas nesta sexta-feira 10 o conteúdo de gravações feitas pela Polícia Federal que mostram a relação profunda do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, com o quadrilha do bicheiro Carlos Cachoeira.
A relação entre eles aparece em uma série de interceptações telefônicas realizadas durante as operações Vegas e Monte Carlo. O objetivo básico da ligação entre os dois, conforme a reportagem de Leandro Fortes, era manter o fluxo de informações para a revista contra alvos específicos. Em troca, Policarpo informava o grupo de Cachoeira sobre o que seria publicado.
Um momento crucial foi a conversa entre Policarpo e Cachoeira no dia 26 de julho de 2011. O jornalista pede ao contraventor para grampear um parlamentar da base governista, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Em suma, o diretor da Veja queria saber o que Arantes conversava com os dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao ministério da Agricultura.
Na próxima quarta-feira 14, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), deve ir ao plenário da CPI do Cachoeira para apresentar um requerimento de convocação de Policarpo com base nas informações da Polícia Federal.