Criança indígena de 8 anos é queimada viva por madeireiros


                                 A violência contra o povo indígena sempre presente no Brasil...


Do Portal Vermelho


Quando a bestialidade emerge, fica difícil encontrar palavras para descrever qualquer pensamento ou sentimento que tenta compreender um acontecimento como esse. Na última semana uma criança de oito anos foi queimada viva por madeireiros em Arame, cidade da região central do Maranhão.

Por Rogério Tomaz Jr. no blog Conexão Brasília Maranhão


Enquanto a criança – da etnia awa-guajá – agonizava, os carrascos se divertiam com a cena.

O caso não vai ganhar capa da Veja ou da Folha de S. Paulo. Não vai aparecer no Jornal Nacional e não vai merecer um “isso é uma vergonha” do Boris Casoy.

Também não vai virar TT no Twitter ou viral no Facebook.

Não vai ser um tema de rodas de boteco, como o cãozinho que foi morto por uma enfermeira.

E, obviamente, não vai gerar qualquer passeata da turma do Cansei ou do Cansei 2 (a turma criada no suco de caranguejo que diz combater a corrupção usando máscara do Guy Fawkes e fazendo carinha de indignada na Avenida Paulista ou na Esplanada dos Ministérios).

Entretanto, se amanhã ou depois um índio der um tapa na cara de um fazendeiro ou madeireiro, em Arame ou em qualquer lugar do Brasil, não faltarão editoriais – em jornais, revistas, rádios, TVs e portais – para falar da “selvageria” e das tribos “não civilizadas” e da ameaça que elas representam para as pessoas de bem e para a democracia.

Mas isso não vai ocorrer.

E as “pessoas de bem” e bem informadas vão continuar achando que existe “muita terra para pouco índio” e, principalmente, que o progresso no campo é o agronegócio. Que modernos são a CNA e a Kátia Abreu.

A área dos awa-guajá em Arame já está demarcada, mas os latifundiários da região não se importam com a lei. A lei, aliás, são eles que fazem. E ai de quem achar ruim.

Os ruralistas brasileiros – aqueles que dizem que o atual Código Florestal representa uma ameaça à “classe produtora” brasileira – matam dois (sem terra ou quilombola ou sindicalista ou indígena ou pequeno pescador) por semana. E o MST (ou os índios ou os quilombolas) é violento. Ou os sindicatos são radicais.

Pressão constante

Os madeireiros que cobiçam o território dos awa-guajá em Arame não cessam um dia de ameaçar, intimidade e agredir os índios.

E a situação é a mesma em todos os rincões do Brasil onde há um povo indígena lutando pela demarcação da sua área. Ou onde existe uma comunidade quilombola reivindicando a posse do seu território ou mesmo resistindo ao assédio de latifundiários que não aceitam as decisões do poder público. E o cenário se repete em acampamentos e assentamentos de trabalhadores rurais.

Até quando?

Esclarecimento do jornal Vias de Fato

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) confirmou na quinta-feira (6), a informação que uma criança da etnia Awá-Gwajá, de aproximadamente 8 anos, foi assassinada e queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município de Arame, distante 476 km de São Luis. A denúncia feita pelo Vias de Fato, foi postada logo após receber um telefonema de um índio Guajajara denunciando o caso. 

De acordo com Gilderlan Rodrigues da Silva, um dos representantes do CIMI no Maranhão, um índio Guajajara filmou o corpo da criança carbonizado. ”Os Awá-Gwajás são muito isolados, e madeireiros invasores montaram acampamento na Aldeia Tatizal, onde estavam instalados os Awá. Estamos atrás desse vídeo, ainda não fizemos a denúncia porque precisamos das provas em mãos” disse Gilderlan.

Violência contra indígenas é fato recorrente no Maranhão, no dia 26 de setembro de 2011, conforme denunciamos aqui nesse site, uma senhora indígena do Povo Canela, Ramkokamekrá Conceição Krion Canela, de 51 anos foi encontrada morta a pauladas. A atrocidade aconteceu no Povoado Escondido, interior de Barra do Corda. No mês de outubro, uma índia de 22 anos, deficiente mental, da terra indígena Krikati foi violentada sexualmente por um homem identificado como Francildo. Segundo Belair de Sousa, coordenador técnico da terra indígena, o indivíduo chegou na aldeia Campo Grande armado. O CIMI Nacional informou que vai emitir nota pedindo apuração do caso do assassinato da criança Awá.

Com informações do jornal Vias de Fato

Notícias atualizada às 14h45 para acréscimo de informações



http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=172661&id_secao=1 

Comentários

  1. Que Que isso? nos dias de hoje esse tipo coisa ainda acontece, para esse assassinos pena de morte é pouco!

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    1. esquerdista adora colocar os inimigos do
      estado em um paredao...rs

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  2. Bobeira, porque não mostram oque os índios fazem também? parem de passar a mão nos "coitadinhos do Brasil" Índio tem que que largar mão de ser vitima e começar a render alguma coisa, que peguem as áreas deles e façam cassinos assim como nos EUA, e quilombolas? Por favor, muito antes dos Europeus chegarem na Africa, os povos de lá já se escravizavam e com selvageria muito maior que supostamente aconteceu... Sem Terras? Piada... ahahá e viva o Capitalismo \o/

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    1. vai para puta que o pariu! Vc deve ser um filhinho de papai, mimado e alienado, que está muito por fora da história dos negros e índios, não só do Brasil,mas de todo o mundo, ainda que o que vc disse fosse verdade, me surpreende o fato do imbecil não se chocar com tamanha violência. Não se queima criança viva, não se mata pessoas a paulada, não se abusa de deficientes, e por causa de idiotas como vc que o mundo es tá esta grande merda! No mínimo vc deve ser filho de um desses políticos safados, se vc mesmo não for um deles, depois um menos afortunado mete uma bala na cabeça do imbecil e a família ainda aparece na tv dizendo que vc era um bom sujeito, de princípios, querido, seus pais falharam feio contigo, vc é uma anta preconceituosa e fútil.

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    2. Prestem atenção no que esse covarde disse:" Bobeira(queimar criança!)..." Seja homem e identifique-se! Não se esconda atrás de um computador! Seu lixo!

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  3. É INCRIVEL COMO O AMIGO ANONIMO AHI DEFENDE OS ASSASSINOS EU QUERIA VER SE FOSSE UM FILHO DELE, O QUE OS INDIOS FAZEM OU DEIXAM DE FAZER NAO VEM AO CASO, ESSA TERRA INDIGENA TEM DONO E SAO ELES QUE VIVERAM AHI TODA VIDA. AGORA NAO CREIO QUE UMA PRESIDENTA E SUA CUPULA ASSIME UM MISERO PAPEL LIBERANDO A CONSTRUÇAO DE UMA USINA QUE É A DESTRUIÇAO DE UMA FLORESTA LINDA COM SUA FAUNA E FLORA, SEM SE FALAR NESTA POBRE GENTE QUE VIVEU AHI TODA VIDA, HAY QUE MATAR VC AMIGO ANONIMO ESSA PRESIDENTA E SUA CUPULA...LADROES.

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  4. Acredito que discutir como estes dois ai não adiantará de nada...basta tentarmos conscientizar brasileiros para que na hora do voto, não voltem a colocar governantes mercenários em posse do Brasil que é nosso!!!

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  5. Que se acabe o mundo, o mais rápido possível.

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  6. Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
    Tentei chorar e não consegui....

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  7. Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceite o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro.
    Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas.
    Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
    Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
    Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios.
    Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe.
    Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.

    Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'

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  8. Que horror!!!! éra uma vida, o melhor uma criança!!! Que sejam punidos os culpados.

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