sexta-feira, 8 de março de 2013

Revolução bolivariana é irreversível, diz Maringoni


Do Portal Vermelho


Com a morte de Hugo Chávez, nesta terça-feira (5), seu vice, Nicolás Maduro, assumiu interinamente a presidência. Sua primeira missão como mandatário do país foi assinar um decreto, publicado na Gazeta Oficial nesta quinta-feira (7), decretando luto oficial por sete dias. Na opinião do jornalista Gilberto Maringoni, o processo no país é irreversível e o povo deverá eleger Maduro nas próximas eleições.


Efe
Mesmo durante a madrugada, chegavam ônibus de todo o país com simpatizantes de Chávez

"Estão declarados sete dias de luto nacional, entre os dias 5 e 11 de março de 2013, pelo lamentável e penoso falecimento e irreparável perda do herói da pátria Hugo Rafael Chávez Frias", diz o decreto publicado na Gazeta Oficial. A medida ordena que "a bandeira nacional permaneça içada a meio mastro em todos os edifícios públicos e privados, tanto civis como militares".

O decreto também proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em todo o território nacional de 6 a 12 de março de 2013. Também está proibido o porte de armas de fogo pelo mesmo período.

Maduro tem a função de conduzir o país para realizar, dentro do prazo de 30 dias, novas eleições. Indicado por Chávez em dezembro de 2012 – quando o mandatário anunciou sua ida a Cuba para tratar da recidiva de um câncer – como seu sucessor, Maduro é o favorito no pleito. Embora ainda não tenham sido realizadas as plenárias da Mesa Unida Democrática (MUD), tudo indica que seu concorrente será Henrique Capriles, que perdeu para Chávez por 11 pontos de diferença.

Em entrevista ao Portal Vermelho, o jornalista e autor do livro A Venezuela que se inventa: poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez, Gilberto Maringoni, avalia que “Maduro vence as eleições. Ele chegará muito legitimado. Maduro não é o Chávez, mas não haverá mudança na conduta do governo. O governo continua. O que acontece na Venezuela é quase um caminho sem volta”.

Apesar de a imprensa brasileira estar construindo a ideia de que na Venezuela há o temor de uma instabilidade, a expectativa é de que o país – habituado a eleições e referendos – realize um pleito limpo, seguro e transparente. Esta é a expectativa do jornalista: “Não há por que duvidar. Olhando para as últimas eleições, ninguém contesta a lisura destes processos. Até mesmo [o ex-presidente dos Estados Unidos] Jimmy Carter, que esteve várias vezes na Venezuela, constatou a lisura dos processos eleitorais. Não haverá problema no rito democrático”. 

Maringoni descarta a possibilidade de que o processo revolucionário sucumba sem a presença do líder. “O ideal bolivariano é muito concreto para o povo. Quer dizer que acabou a fome, o desemprego baixou muito, o analfabetismo caiu, a assistência médica, pelo menos os primeiros socorros, passou a existir, assim como um programa sério de habitação. Então há um sistema de bem-estar social em curso e ele é muito concreto para a população. E isso continua.” 

A grande mudança nestes anos em que Chávez esteve no poder é o fato de que a questão social passou a ser prioridade no país. E estes “avanços são irreversíveis”. Outro ponto de destaque é a defesa da soberania nacional. “As duas juntas conformam o processo de transformação social. E isso vai continuar. Uma ruptura faria com que a população sentisse isso como perda de direito e então existiria uma situação imponderável. Mas isso não está em pauta. O que está em pauta é a continuidade do processo”, declarou.

O especialista conclui: “Chávez mudou a autoestima do país. No que depender do impulso popular de Nicolás Maduro, da possibilidade dele ganhar as eleições, o processo continua mesmo com a ausência do Chávez”.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=207805&id_secao=7


Dia Internacional das Mulheres , 8 de Março




quinta-feira, 7 de março de 2013

Reinaldo Azevedo da revista Veja, rotula Chávez como 100% idiota



Do site 247

Depois de classificar Oscar Niemeyer, no dia de sua morte, como “metade gênio, metade idiota”, ganhando, assim, o apelido de “rola-bosta”, o blogueiro neocon Reinaldo Azevedo agora define o ex-líder venezuelano como 100% idiota

7 DE MARÇO DE 2013 

247 – Em Reinaldo Azevedo, blogueiro neocon de Veja, o apelido “rola-bosta”, conferido por Leonardo Boff no dia em que o jornalista definiu Oscar Niemeyer como “metade gênio, metade idiota”, grudou feito tatuagem. Insatisfeito com a notoriedade, Reinaldo agora repete a argumentação, para sustentar que Hugo Chávez era 100% idiota. Leia abaixo:


A morte de Hugo Chávez revela que estamos vivendo dias um tanto sombrios. Os valores da democracia estão em crise. Basta ler o noticiário para constatá-lo. Chego à conclusão de que os idiotas e os simpatizantes de tiranias supostamente virtuosas estão no comando de alguns veículos da imprensa, ainda que eles próprios dependam vitalmente da liberdade. Por que escrevo isso? Vamos ver.
A antiga pauta de esquerda — a revolução socialista — foi definitivamente aposentada. Assumiu, ao longo do tempo, uma nova configuração, bem mais fragmentada. Vivemos sob o signo da reparação das chamadas “injustiças históricas”: com os pobres, com os negros, com os indígenas, com as mulheres, com os gays, com os quilombolas, com a natureza… Escolham aí. A cada pouco surge uma nova “minoria” — sociologicamente falando — disposta a impor a sua pauta como precondição para a justiça universal. É evidente que não tenho nada contra a justiça, ora bolas! Por que não seria eu também um homem tão bom quanto os ciclistas, por exemplo? É claro que sou! É alguém me falar do bem, do belo e do justo, e estou dentro, estou com os bacanas.

Se todo mundo quer um mundo perfeito, não serei eu a ficar fora dessa festa. A questão é saber como essas reparações todas serão realizadas no âmbito da democracia, de uma sociedade de direito, que respeite os direitos individuais. Governar com ditadura é fácil; com democracia é que é o “x” do problema.

Cansei de ler nestes dois dias alguns raciocínios perigosos. Eles consistem basicamente na aceitação tácita de que a melhoria de alguns indicadores sociais na Venezuela — e houve — estão atreladas ao “modelo” inventado por Hugo Chávez. O desemprego, com efeito, caiu de 14,5% em 1999, quando ele chegou ao poder, para 8% no ano passado. Mas também chegou a 18% em 2003, no seu quinto ano de governo. Já a inflação era de 29,9% em 1998, quando ele foi eleito pela primeira vez, e chegou a 33% no ano passado. O seu menor índice foi em 2001, com 12%. O IDH subiu de 0,656 para 0,735 em 2011 e passou, por exemplo, o do Brasil.

Não é segredo para ninguém que Chávez usou o dinheiro farto do petróleo para empreender um forte programa assistencialista. E é esse assistencialismo que garante a adesão entusiasmada dos mais pobres a seu governo. Também é claro as ditas elites tradicionais da Venezuela estavam entre as mais corruptas e socialmente insensíveis do mundo — o que acaba facilitando a emergência de líderes com o seu perfil. Vale para a Venezuela, a Bolívia, o Equador… Mas a rapacidade das ditas-cujas justifica o modelo bolivariano?

Chávez tomou, sim, iniciativas que minoraram o sofrimento dos mais pobres. Isso não está em debate. A questão é saber por que ele precisava da ditadura. A questão é saber por que ele precisava apelar a um regime de força. Essas perguntas não têm resposta porque simplesmente a pantomima bolivariana era desnecessária. Lula também tentou impor alguns instrumentos de exceção no Brasil. Não conseguiu — não ainda ao menos. E nada impediu o petismo de levar adiante a sua lenda.

O presente que corrói o futuro
Chávez transformou a Venezuela no, se me permitem, país da manocultura do petróleo. Estão lá 25% das reservas mundiais do óleo. Enquanto ele for uma matriz energética — e será ainda muito tempo —, é evidente que o país contará com dinheiro para manter as políticas assistencialistas, ainda que produza muito menos do que pode. Notem: essas políticas não são um mal em si. Mas para que futuro apontam quando se tornam um fim em si mesmas?

Apontam para o desastre. Chávez acabou com o que havia de agricultura de ponta na Venezuela, por exemplo. O país não produz mais comida. Expropriou empresas estrangeiras, espantou o capital privado e transformou milhões de venezuelanos em estado-dependentes. Sem a diversificação da economia — impossível no regime bolivariano —, assim continuarão. O petróleo responde por 50% das receitas do governo e constitui quase 100% da receita de exportação. Nas palavras do economista venezuelano Moisés Naim ao Wall Street Journal: “Nunca um líder latino-americano perdeu tanto dinheiro, gastou tão mal os recursos e usou de maneira tão incorreta o poder que lhe foi dado”. Na mosca!

Os tontos
Não, senhores! O autoritarismo de Chávez não era uma espécie de mal necessário a justificar, então, um bem — a saber: a redução da pobreza e a diminuição da desigualdade. Esse e um juízo delinquente e está na raiz, diga-se, das exegeses malandras sobre o 54 anos da ditadura cubana. Durante décadas, o suposto bem-estar social de Cuba serviu para ocultar os crimes dos irmãos Castro. Pelo menos cem mil pessoas morreram (17 mil fuziladas; as demais tentando fugir da ilha) sob o silêncio cúmplice do resto do mundo para que se construísse por lá aquele paraíso…

Mas os tempos — e então volto ao ponto central deste texto — andam simpáticos às ideias de reparação a qualquer preço. Se Chávez sucedeu as ditas “elites insensíveis” de antes, então tudo lhe seria permitido, inclusive a violação dos fundamentos mais comezinhos da democracia e, não custa notar, do direito internacional. Nem mesmo se pergunta o óbvio: como poderia estar hoje a Venezuela se ele não tivesse destroçado a economia do país? Os ditos programas sociais poderiam estar em vigência, certo? Por que não? Talvez houvesse menos venezuelanos trabalhando para órgãos estatais ou dependentes da ajuda oficial. Certamente o povo seria mais livre.

Chávez distribuiu, sim, parte da riqueza do petróleo por intermédio desses programas, com os quais cevou o eleitorado. Mas roubou, e por muitos anos, o futuro do país, que terá de ser reconstruído — a começar das instituições.

Exportador da “revolução” e importador do terror
Cumpre lembrar, ainda, do Chávez “exportador da revolução”. Meteu as patas no Equador, na Bolívia e até na Argentina. Enviou uma mala com US$ 800 mil para ajudar a financiar a primeira eleição de Cristina Kirchner. Inspirou a tentativa de golpe em Honduras e depois tentou articular, com a ajuda do Brasil, uma guerra civil naquele país. Armou, isto ficou comprovado, os narcoterroristas das Farc, da Colômbia, e se fez seu interlocutor privilegiado. Em Caracas, há uma praça com o nome do fundador do grupo: Manuel Marulanda. Atenção! Quando o coronel tentou dar um golpe na Venezuela, em 1992, os narcoterroristas lhe enviaram 100 mil pesos — mais ou menos US$ 50 mil à época. No poder, o ditador repassou para os bandidos estupendos US$ 300 milhões. As informações estavam no laptop do terrorista morto Raúl Reyes.

É pouco? Chávez celebrou acordos de cooperação militar E NUCLEAR com o Irã, e o Hezbollah, movimento terrorista baseado no Líbano e que é satélite do país dos aiatolás, estabeleceu uma base de operações na Venezuela.

As relações do estado venezuelano com o narcotráfico também já estão mais do que evidenciadas. Em abril do ano passado, o juiz Eladio Aponte Aponte, da Corte Suprema do país, fugiu para a Costa Rica. Pediu para entrar no sistema de proteção que a agência antidrogas dos EUA oferece aos delatores considerados importantes. Confessou que, a pedido do governo, atuou para proteger o narcotráfico. Nada menos de metade da cocaína que entra nos EUA tem origem na Venezuela. Leiam trecho de reportagem de O Globo de 7 de maio de 2012

[o juiz] deu como exemplo um caso no qual está envolvido um ex-adido militar venezuelano no Brasil, o tenente-coronel Pedro José Maggino Belicchi. Segundo o juiz-delator, Maggino Belicchi integra a rede militar que há anos utiliza quartéis da IVª Divisão Blindada do Exército da Venezuela como bases logísticas para transporte de pasta-base e de cocaína exportadas por facções da Farc, a narcoguerrilha colombiana. O tenente-coronel foi preso em flagrante no dia 16 de novembro de 2005, com outros militares, transportando 2,2 toneladas de cocaína em um caminhão do Exército (placa EJ-746).
Na presidência da Suprema Corte, Aponte Aponte diz ter recebido e atendido aos apelos da Presidência da República, do Ministério da Defesa e do organismo venezuelano de repressão a drogas para liberar Magino Belicchi e os demais militares envolvidos. Faz parte da rotina judicial venezuelana, ele contou na entrevista à televisão da Costa Rica.
O general Henry de Jesus Rangel Silva, citado pelo juiz-delator, comandou a Quarta Divisão Blindada, uma das unidades mais importantes do Exército venezuelano. Desde 2008, ele figura na lista oficial de narcotraficantes vinculados às Farc colombianas e cujos bens e contas bancárias estão interditados pelo governo dos Estados Unidos. Em janeiro, o presidente Hugo Chávez decidiu condecorá-lo em público e promovê-lo ao cargo de ministro da Defesa. “Rangel Silva é atacado”, justificou Chávez em discurso.
(…)

Encerrando
Alguns indicadores sociais da Venezuela melhoraram, sim. É obrigação dos governos. O mesmo se deu em países que se mantiveram no rumo democrático. A ditadura, pois, foi uma escolha de Chávez e de sua camarilha que independe dessa ou daquela medidas.

O cem por cento idiota deixa um país com as instituições em frangalhos, com a economia combalida, com uma inflação da ordem de 30%, infiltrado pelo terrorismo e pelo narcotráfico. O homem que morre, reitero, merece piedade, como qualquer um. O ditador, no entanto, nunca deveria ter existido. A América Latina está mais sã. Agora é preciso desalojar, pela via democrática e pela luta política, a camarilha criminosa que está no poder.
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/95500/Reinaldo-rotula-Hugo-Ch%C3%A1vez-como-100-idiota.htm

Intransigência:Barbosa nega pedido de Dirceu para ir ao enterro de Chávez



Barbosa nega pedido de Dirceu para ir ao enterro de Chávez


Do Portal Vermelho


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, negou nesta quinta-feira (7) pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para ir ao enterro do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.


Dirceu está com o passaporte retido em razão da Ação Penal 470, o processo do mensalão, na qual foi condenado a mais de dez anos de prisão.

“A alegação de que o réu mantinha relação de amizade com o falecido por si só não é suficiente para afastar a restrição imposta pela decisão. Note-se que sequer se trata de relação próxima de parentesco”, justificou Barbosa, em decisão de apenas três parágrafos. Barbosa ainda argumenta que Dirceu já foi condenado pelo STF “em única e última instância”

Assim como todos os réus do processo do mensalão, Dirceu está com o passaporte retido e precisa de autorização da Justiça para deixar o país. A medida foi tomada por Barbosa após analisar pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que temia a fuga dos acusados durante o julgamento.

Os advogados alegavam que Dirceu queria ir ao enterro devido à “relação de amizade” que mantinha com Chávez. A defesa ainda garantia que o político voltaria ao Brasil até 24 horas depois do enterro. 

Na mesma petição, os advogados também pediam que a decisão individual de Barbosa sobre a retenção dos passaportes fosse submetida ao plenário do Supremo, o que ainda não ocorreu. Barbosa não se manifestou sobre esse ponto.

Fonte: Agência Brasil


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=207785&id_secao=1

Cristão: Comissão de Direitos Humanos elege pastor racista e homofóbico como presidente


Do Portal Vermelho



Os deputados da CDH (Comissão de Direitos Humanos e Minorias) da Câmara dos Deputados elegeram, nesta quinta-feira (7), o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente. Ele teve 11 votos dos colegas (houve 12 votos no total, sendo um em branco) e já havia sido indicado por seu partido para presidi-la. Feliciano é criticado por entidades ligadas aos direitos humanos por acusações supostamente racistas e homofóbicas, mas diz ter sido mal-interpretado.


A eleição do presidente é feita pelos membros da comissão, que, em geral, seguem a indicação partidária. A bancada do PSC, composta por 17 parlamentares, confirmou na terça-feira (5) o nome do pastor para ocupar o cargo. Como vice, a indicação foi para a deputada Antonia Lúcia.

A sessão desta quinta foi marcada, mais uma vez, por polêmicas e protestos. O presidente Domingos Dutra chegou a se retirar da sessão, seguido por outros parlamentares, como Jean Wyllys (Psol-RJ). A deputada Luiza Erundina (PSB) disse que "esta não é mais uma comissão de direitos humanos".

Dutra se recusou a comandar a eleição sem a participação dos movimentos sociais, que foram impedidos de entrar na sala da comissão. Nesta quarta (6), a comissão deveria ter realizado a eleição, mas, devido a bate-boca e tumulto, a sessão foi cancelada e convocada novamente para esta quinta, desta vez, sem a presença de manifestantes e "torcida".

Polêmicas


Desde a semana passada, antes mesmo de ser indicado pelo PSC para o posto, a possibilidade de Feliciano como presidente da CDH gerou protestos de ativistas de direitos humanos, porque o deputado tem um discurso que pode ser considerado polêmico.

Em 2011, ele usou o Twitter para dizer que os descendentes de africanos seriam amaldiçoados. "A maldição que Noé lança sobre seu neto, Canaã, respinga sobre o continente africano, daí a fome, pestes, doenças, guerras étnicas!", escreveu.

Em outra ocasião, o pastor postou na rede social que "a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime e à rejeição". No ano passado, o pastor defendeu em debate no plenário os tratamentos de "cura gay".

Ele nega as acusações de racismo e homofobia. Nesta quarta (6) ele negou ser homofóbico. "Não sou contra os gays, sou contra o ato e o casamento homossexual. Quero o lugar para poder justamente discutir isso. Vai ser debate. Vou ouvir e vou falar", afirmou.


Fonte: Uol Notícials


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=207752&id_secao=1

Os esquadrões de assassinato do Mossad


Yassin Mushabarsh


Do site (golpista)UOL  (Obs....filtrem bem o que vão ler...)

Muitas agências de inteligência são suspeitas de cometer assassinatos, mas nenhuma é tão conhecida por isso quanto o Mossad de Israel. Embora a agência tenha se tornada lendária pelos seus impressionantes sucessos, ela também teve os seus fracassos. Se o Mossad foi o responsável pelo recente assassinato em Dubai, isto poderá ser uma outra mancha na reputação da agência.
Em 1955, sete anos após a fundação do Estado de Israel, o filósofo Yeshayalu Leibowitz escreveu uma carta ao então primeiro-ministro David Ben-Gurion. Nela, ele reclamou de que palestinos inocentes estavam sendo mortos nas operações israelenses. “Eu discordo de você”, respondeu Ben-Gurion. “Embora seja importante que haja um mundo cheio de paz, fraternidade, justiça e honestidade, é ainda mais importante que nós estejamos nele”.
  • Reuters
    Montagem de fotos feita pela polícia de Dubai em 15 de fevereiro mostrando onze pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de Mahmoud al-Mabhouh. Para a polícia local, todos eles pertencem ao Mossad, esquadrão de Israel encarregado de mortes e investigações
Esta ideia de um Estado bem fortificado que elimina os seus inimigos pela força sempre que possível ainda é apoiada pela grande maioria dos israelenses. Tais ações incluem assassinatos executados pelas forças armadas de Israel e pelo Mossad, o serviço de inteligência externa do país. De fato, organizações de direitos humanos estimam que as forças armadas israelenses mataram mais de cem pessoa nos territórios palestinos nos chamados “assassinatos seletivos”.
O incidente mais recente no qual o Mossad está metido revela que a maioria dos israelenses continua acreditando que tais assassinatos são justificados. Em janeiro, o Mossad teria matado um comprador de armas do Hamas em Dubai. No início desta semana, autoridades de Dubai divulgaram publicamente uma série de fotografias de vigilância mostrando os membros do suposto esquadrão de assassinos. Fontes de inteligência alemãs afirmam que só uma agência de inteligência é capaz de executar uma operação tão profissional. No Reino Unido, as autoridades do governo foram mais explícitas: elas dizem estar convencidas de que o Mossad é o responsável pelo assassinato de Mahmoud al-Mabhouh.
Leia também:

CIA - MOSSAD...Não brincam em serviço! CÂNCER... 5 presidentes,líderes da América Latina...com câncer, todos de esquerda, coincidência?



“Mossad promoverá ataque terrorista na Argentina?” Pergunta Cristina Kirchener



Mas, em Israel, o debate gira basicamente em torno de duas questões. Primeiro, a operação apresentou o típico grau de “profissionalismo” do Mossad? E, segundo, a operação deveria ser considerada um fracasso porque as fotos de 11 suspeitos de serem agentes tornaram-se públicas e o mundo acredita agora que o Mossad não tem escrúpulo em falsificar passaportes de países amigos, como Alemanha ou Reino Unido, ou em “tomar emprestadas” as identidades dos seus cidadãos?
Uma história de operações de sucessos
O medo que o Mossad inspira entre as agências de inteligência deve-se principalmente à sua história de operações ambiciosas. Ele libertou reféns em situações em que não havia esperança, encontrou uma maneira de trazer um caça russo Mig-21 para Israel a pedido dos seus líderes políticos e, durante a guerra fria, o serviço era conhecido por fornecer à CIA documentos sigilosos roubados dos soviéticos.
Mas os esquadrões da morte do serviço de inteligência possuem a sua própria mística. Se o Mossad realmente estiver por trás do recente assassinato em Dubai, este terá sido apenas um de uma série de ataques sangrentos – embora as operações do Mossad também tenham tido a sua parcela de fracassos.
  • Reuters
    Os atores Avner (Eric Bana) e Ephraim (Mathieu Kassovitz ) em cena do polêmico longa-metragem "Munique", que trata do massacre das Olímpiadas de 1972. Dirigido por Steven Spielberg, o filme mostra uma série de assassinatos promovidos pelo grupo Mossad após o atentado aos atletas de Israel feito pelo grupo terrorista “Setembro Negro”
Nem sempre ficou claro se o Mossad foi o responsável por todo ataque letal – ou se o executor foi uma outra unidade israelense. A operação legendária para caçar e matar os terroristas do “Setembro Negro” que atacaram atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, por exemplo, foi executada por uma unidade criada especificamente com aquele objetivo. Eles acabaram eliminando a maioria dos militantes – embora tenham também assassinado um garçom marroquino inocente na Noruega, após confundi-lo com um dos terroristas. E, pelo menos uma vez, em Beirute, em 1973, os agentes disfarçaram-se de turistas – assim como os “Onze de Dubai”.
Acredita-se que, durante meados da década de setenta, a então primeira-ministra Golda Meir tenha criado o chamado “Comitê X” que era – e que talvez ainda seja – responsável por organizar e manter uma lista de pessoas a serem assassinadas. No Mossad, uma unidade conhecida como “Cesária” teria recebido a missão de executar assassinatos seletivos.
É muito raro que Israel dê indicações do seu envolvimento em uma operação de assassinato. Como regra, o Mossad jamais reconhece a sua participação. Devido a este secretismo, é provável que o número de mortes atribuídas a esse serviço de inteligência seja maior do que o de assassinatos que ele realmente perpetrou. Mesmo assim, a lista de incidentes que pode ser atribuída com certeza ao Mossad é longa – e teve início há mais de 40 anos.
Na década de sessenta, por exemplo, o Mossad teria enviado cartas-bombas a cientistas alemães que estavam ajudando o Egito a construir um avançado programa de mísseis. Vários deles morreram.
 Setenta balas
Um dos assassinatos mais espetaculares atribuídos ao Mossad ocorreu em 1987, em Túnis, onde o líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Khalil Al Wazir – também conhecido como Abu Jihad – estava morando. A operação teria envolvido cerca de 30 agentes, que chegaram à costa tunisiana em embarcações pequenas. Alguns deles fingiram ser turistas enquanto seguiam para a casa do auxiliar mais importante de Iasser Arafat. Outros se posicionaram, usando uniformes do exército tunisiano. Durante a operação um avião israelense Boeing 707 sobrevoava a região com o objetivo de interferir com todas as comunicações no local. O esquadrão de assassinato entrou a força na casa e matou alguns criados antes de disparar as suas armas – e 70 balas – contra Al Wazir, na presença da mulher e dos filhos do militante.
Em outubro de 1995, Fathi Shikaki, um membro do grupo terrorista palestino Jihad Islâmica, foi assassinado em Malta. O assassino aproximou-se em uma motocicleta e atirou três vezes na cabeça da vítima. Mais tarde descobriu-se que a operação fora meticulosamente planejada com antecedência. De fato, a motocicleta foi roubada dois meses antes. Especialistas acreditam que doze agentes estiveram envolvidos. Após a operação, todos eles desapareceram sem deixar nenhuma pista.
Em 1996, Yehiyeh Ayyash, o notório fabricante de bombas do Hamas, conhecido como “O Engenheiro”, foi assassinado na Faixa de Gaza quando o seu telefone celular recheado com uma bomba explodiu. Este novo método de ataque chocou os militantes palestinos. A maioria dos analistas acredita que o Mossad foi o responsável por este ataque.
Em setembro de 2004, um outro membro do Hamas – que acredita-se ter sido Izz Eldine Subhi Sheik Khalil – morreu em Damasco quando um explosivo foi detonado debaixo do seu carro. Ele era o responsável pela coordenação de operações do braço militar do Hamas. Embora Israel não tenha assumido oficialmente responsabilidade pelo ataque, este foi entendido como um recado aos líderes da Síria de que nem mesmo a sua capital está fora do raio de ação dos agentes israelenses.
Alguns fracassos notáveis
Damasco foi também o cenário de uma outra morte, em fevereiro de 2008, quando uma bomba destruiu o Mitsubishi Pajero pertencente ao líder do Hezbollah, Imad Mughniyeh, a quem foram atribuídas centenas de mortes. Embora Israel tenha negado oficialmente qualquer participação no assassinato, a maioria dos especialistas acredita que o Mossad esteve pelo menos parcialmente envolvido – possivelmente em colaboração com outros serviços de inteligência da região.
Até o momento, o fracasso mais espetacular do Mossad foi uma missão executada em Amã, na Jordânia, em setembro de 1997. Dois agentes do Mossad disfarçados de turistas canadenses tentaram assassinar o líder do Hamas, Khaled Mashal, com uma toxina letal que ataca o sistema nervoso, e que penetra no organismo através da pele. O ataque fracassou, e os guarda-costas de Mashal conseguiram capturar os agentes e entregá-los à polícia jordaniana. As autoridades jordanianas cercaram rapidamente a Embaixada de Israel, onde quatro outros agentes do Mossad, revelando a sua verdadeira identidade, buscaram refúgio.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu foi então obrigado a assumir a operação para conseguir trazer os seus agentes de volta com segurança. Ele voou para Amã para pedir desculpas ao irmão do rei Hussein – o rei não quis encontrar-se com ele pessoalmente. Após negociações difíceis, Israel entregou aos jordanianos o antídoto para o veneno do sistema nervoso que fora usado em Mashal, bem como a composição química do opiato, que teria sido usado em operações anteriores. Além disso, Israel foi obrigado a libertar o fundador do Hamas, Sheik Ahmed Yassin, e dezenas de outros palestinos e jordanianos.
No fim das contas, uma investigação oficial concluiu que o Mossad havia “se fixado em operações de alto risco”. O ataque frustrado foi uma nódoa na reputação do Mossad. Depois disso, durante vários anos, o serviço deixou de executar assassinatos seletivos – ou pelo menos foi muito mais cuidadoso ao perpetrar esses assassinatos.
Irã: o verdadeiro alvo
Se o assassinato em Dubai foi realmente perpetrado pelo Mossad, a operação terá sido mais um golpe para a reputação da agência. De fato, nunca antes uma operação de assassinato do Mossad havia sido filmada por terceiros e muito menos as fotografias dos membros do esquadrão de assassinos tinham sido reveladas publicamente.
De fato, há alguns anos o Mossad vem perdendo muito do brilho da sua reputação. Outros serviços de inteligência têm ganhado estima dentro de Israel. E, nos últimos anos, o serviço de inteligência da Jordânia tornou-se tão importante para os Estados Unidos na região quanto o Mossad.
Mas isto é válido principalmente na área de contra-terrorismo. No entanto, o atual foco do Mossad é o programa nuclear iraniano. Em relação a esta questão, os israelenses dizem que o Mossad tem se saído muito bem – distante dos olhos do público.
http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/02/19/os-esquadroes-de-assassinato-do-mossad.jhtm

Filha de Raúl Castro compara morte de Chávez com a de Che Guevara




A deputada Mariela Castro, filha do presidente de Cuba, Raúl Castro, comparou nesta quarta-feira a morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com a do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara (1928-1967). "Chávez realmente é um grande exemplo para as novas gerações. Eu o relaciono com a profunda dor que sentiu o povo de Cuba com o desaparecimento físico de Ernesto Che Guevara", afirmou Mariela ao canal interestatal Telesur, com sede em Caracas.


"Eu era uma menina, mas sempre, sempre a estamos vivendo como uma perda presente, mas também como uma inspiração para o futuro e isso é o que começa a acontecer (com Chávez)", considerou a deputada.Em 2011, o líder cubano, Fidel Castro, foi quem recomendou a Chávez que fizesse uma revisão de saúde depois de reclamar de fortes dores que o incomodavam há tempos.

Desde a chegada de Chávez ao poder, Venezuela e Cuba mantêm estreitas relações políticas e econômicas, que concretizam-se com o envio de Caracas a Havana de 100 mil barris diários de petróleo em troca de equipes médicas, educativas e esportivas.
O presidente venezuelano tratou a maior parte de sua doença em Havana, a última delas no último dia 11 de dezembro. "Amanhã em todo nosso país, o povo cubano fará uma grande demonstração de seu amor profundo, seu respeito e sua admiração por esse presidente valente", considerou Mariela Castro.
http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/morte-hugo-chavez/filha-de-raul-castro-compara-morte-de-chavez-com-a-de-che-guevara,2c8514817904d310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html