Em São Paulo, menino negro é expulso de restaurante por ser confundido como mendigo
Com a arrogância típica de ignorantes, o gerente admitiu que teria sido ele mesmo cometer tal atitude racista
Negar o racismo no Brasil é se esquivar do problema |
Neste final de ano pude testemunhar e viver a vergonha dessa praga do rascismo aqui em nossa multicultural São Paulo. E com pessoas próximas e queridas. Não dá para ficar calado e deixar apenas o inquérito policial que abrimos tomar conta dos desdobramentos desse episódio lamentável e sórdido.
Na sexta feira, 30, nossos primos, espanhóis, e seu pequeno filho de 6 anos foram a um restaurante no bairro Paraíso ( ironia?) para almoçar. O garoto quis esperar na mesa, sentado, enquanto os pais faziam os pratos no buffet, a alguns metros de distância. A mãe, entre uma colherada e outra, olhava para o pequeno que esperava na mesa. De repente, ao olhar de novo, o menino não mais estava lá. Tinha sumido.
Preocupada, deixou tudo e passou a procurá-lo ao redor. Ao perguntar aos outros frequentadores, soube que o menino havia sido retirado do restaurante por um funcionário de lá. Desesperada, foi para a rua e encontrou-o encolhido e chorando num canto. Perguntado (em catalão, sua língua) disse que "o senhor pegou-me pelo braço e me jogou aqui fora".
O casal e a criança voltaram para o apartamento de minha sogra e contaram o ocorrido. Minha sogra que é freguesa do restaurante, revoltada, voltou com eles para lá. Depois de tergiversações, tentativas de uma funcinária em pôr panos quentes , enfim o tal sujeito (gerente ? ) identificou-se e com a arrogância típica de ignorantes, disse que teria sido ele mesmo a cometer o descalabro. Mas era um engano, mas plenamente justificável porque crianças pedintes da feira costumavam pedir coisas lá e incomodar. E que ele era bom e até os alimentava de vez em quando. Nem sequer pediu desculpas terminando por dizer que se eles quisessem se queixar que fossem à delegacia.
Minha sogra ligou-me e, de fato, fomos à delegacia do bairro e fizemos boletim de ocorrência. O atendimento da delegada de plantão foi digno e correto. Lavrou o BO e abriu inquérito. Terminou pedindo desculpas e que meus primos não levem uma impressão ruim do Brasil.
Preocupada, deixou tudo e passou a procurá-lo ao redor. Ao perguntar aos outros frequentadores, soube que o menino havia sido retirado do restaurante por um funcionário de lá. Desesperada, foi para a rua e encontrou-o encolhido e chorando num canto. Perguntado (em catalão, sua língua) disse que "o senhor pegou-me pelo braço e me jogou aqui fora".
Imagine o desespero dessa mãe e o trauma desse menino, depois ainda falam que no Brasil não tem racismo e discriminação, alguns podem até falar de
ResponderExcluirdiscriminação social, mas se o menino não fosse negro o gerente acharia que ele era pedinte?! Não adianta tentar desviar a atenção o problema ainda é a cor da pele, quando isso vai acabar???
Lamentavel, e ainda dizem q no Brasil não há rascismo pura hipocrisia .......
ResponderExcluirSuba até o topo de uma montanha, abra um travesseiro de pena e as despeje morro abaixo, em seguida, tente recuperá-las... está explicado no resultado da injustiça...
ResponderExcluirEsta nossa sociedade está cada vez mais em decadência, meus irmãos quanta violência por nada! Que Deus ilumine a vida deste garotinho e de toda sua família, não foi e não será fácil viver daqui pra frente, mas espero mesmo, de coração, que ele possa superar esse trauma, e que o autor disso tudo seja punido, não só pela justiça do homem, mas também pela justiça divina.
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