quinta-feira, 6 de novembro de 2014

DE VOLTA À ROTINA: NOVAMENTE AÉCIO FALTA AO TRABALHO NO SENADO, NA MANHÃ DE 4A. FEIRA.

DE VOLTA À ROTINA: NOVAMENTE AÉCIO FALTA AO TRABALHO NO SENADO, NA MANHÃ DE 4A. FEIRA.


AecioRotina
Uma das poucas Comissões do Senado a qual o Senador Aécio Neves (PSDB) ainda é membro titular é a CCJ (Comissão de Constituição de Justiça).
Na manhã da quarta-feira (5), às 10:00hs, teve reunião para votar diversas matérias importantes, mas Aécio Neves não compareceu ao trabalho pela manhã.
Só no final da tarde é que ele apareceu no plenário para fazer um discurso. E foi decepcionante porque em vez de trabalhar como senador representando o Estado de Minas que o elegeu, usou a tribuna do senado para fazer um comício meio raivoso como se a campanha eleitoral não tivesse acabado.
E nem foi muito inteligente, porque praticamente “brigou” com 54,5 milhões de eleitores que votaram em Dilma e não agradou os 51 milhões que votaram nele, porque proposta que é bom mesmo, não apresentou nenhuma, se restringindo ao blá-blá-blá de que fará oposição.
Talvez tenha agradado um pouco as mil e poucas pessoas que foram na Av. Paulista no sábado passado pedir um golpe de estado, sem pé nem cabeça.
(AmigosdoPresidenteLula)
http://pocos10.com.br/?p=15213#

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A guinada conservadora de roqueiros dos anos 80

Do Pragmatismo político





































Por que roqueiros dos anos 80 se tornam neoconservadores? O paradoxo para essa geração niilista e hedonista herdeira do trauma da cultura hiperinflacionária é que o fim do mundo não aconteceu

Fazendo caras feias e rostos vincados, roqueiros dos anos 80 se zangam e protestam dizendo que 30 anos depois, nada mudou no País. Artistas e bandas de rock que na década de 1980, inspirados no punk e pós-punk, se opunham ao regime militar e reivindicavam pelas Diretas Já e democracia. Hoje, queixam-se para uma mídia ávida por declarações conservadoras não só contra o Governo, mas contra a própria instituição da Política e dos políticos. Por que só depois de 30 anos descobriram que o País “só patina ou piora”? Oportunismo em meio de carreiras em declínio? Forma de ganhar visibilidade midiática adotando o neoconservadorismo? Talvez a explicação não seja tão simples: por trás do niilismo e pessimismo fashion desses roqueiros talvez exista a repetição do trauma de uma geração que cresceu sob o impacto da cultura hiperinflacionária dos anos 80. Presos a essa cena de décadas atrás, de contemporâneos tornaram-se extemporâneos.
Em foto promocional do 18° discos dos Titãs, o grupo posa com caras de maus e vestidos de preto sobre lambretas. “São as caras feias de um Brasil que, vira e mexe não muda”, dá legenda o jornal O Globo. E na matéria o guitarrista (e colunista do próprio jornal) Tony Bellotto, 53, fuzila: “é uma merda pensar como o Brasil há 30 anos ou patina, ou piora”. É recorrente a leva de roqueiros dos anos 80 como Lobão, Roger, Dinho Ouro Preto, Léo Jaime entre outros que não só desfilam opiniões catastrofistas e de descrédito não só ao Governo Federal, mas em relação à própria instituição da Política em redes sociais e grande mídia.
lobão roger
A ânsia em se portarem como críticos politicamente incorretos algumas vezes beira ao protofascismo como no episódio da “pegadinha” do colunista da Folha Antônio Prata que, simulando ter aderido ao neoconservadorismo, escreveu sobre uma suposta conspiração de “gays, vândalos, negros, índios e maconheiros” no Brasil do PT. O roqueiro Roger do “Ultraje a Rigor” caiu na “pegadinha” e no twitter congratulou o articulista por “ter culhões”. Roger não entendeu a ironia, na ansiedade de fazer parte da onda neoconservadora na grande mídia.
Em todos esses roqueiros sobreviventes dos anos 1980 dois traços em comum: a carreira em baixa por não conseguirem se reinventar e a paralela conquista de espaços na grande mídia como colunistas de revistas e jornais, repórteres de programas vespertinos como Vídeo Show da TV Globo, banda de apoio a talk showsde stand ups neoconservadores ou jurados de reality show musicais. E os espaços alternativos que ganham na grande mídia crescem na proporção direta em que se expõem como estrelas neoconservadoras que participam da grande editoria que unifica a todos: “o Brasil é uma merda!”.
Para quem foi contemporâneo dessa geração como esse autor que traça essas linhas, é a princípio surpreendente esse posicionamento neoconservador. Uma geração cujas bandas participavam de programas alternativos de TV como Perdidos da Noite (1985-89) de Fausto Silva ou Fábrica do Som (1983-84) do vídeo maker Tadeu Jungle onde exibiam músicas furiosas e discursos críticos contra a ditadura militar e reivindicações viscerais pelas Diretas Já e a democracia na Política.
O que é marcante nesse discurso neoconservador é não só o ódio pelo PT, mas, principalmente, a descrença niilista da própria instituição da Política e da representatividade partidária pela qual reivindicaram há 30 anos.
Como explicar essa guinada ideológica de artistas e bandas de rock que, embalados pelos ventos do punk e pós-punk que sopravam da cultura pop, usaram essa força estética para protestarem contra o regime autoritário e a restrição a eleições diretas para presidente? E também como explicar por que só depois de 30 anos descobriram que o Brasil “ou patina, ou piora”?
Oportunismo? Artistas decadentes que procuram um lugar ao sol da grande mídia conservadora quando veem que suas carreiras estão em declínio? Acredito que a resposta talvez não seja assim tão simplista, mas resida no perfil psicocultural de uma geração que cresceu sob o impacto da hiperinflação da década de 1980

A cultura da hiperinflação

Ainda está por ser escrita uma história do legado que a cultura hiperinflacionária desse período deixou como mácula para toda uma geração. E essa história poderia começar a ser escrita a partir da forma como os expoentes artísticos dessa geração se entregam atualmente e de forma tão voluntariosa à onda neoconservadora e retrofascista que está em crescimento no País com linchamentos, ódio, intolerância e a sedução por “soluções finais” do tipo “golpe militar” ou “colocar uma bomba no Congresso”
A Nova República que se instalou no Brasil no início de 1985 deveria ser o princípio de uma transição democrática com o fim do regime militar. Mas o resultado foi que o País chegava a 1990 com inflação de 82% ao mês e aos inimagináveis 4.922% ao ano. Na atualidade, jovens na faixa dos 20 anos não conseguem imaginar o que era em um país onde o dinheiro que se tinha só dava para comprar a metade do que se poderia adquirir 30 dias antes.
O overnight (aplicação financeira que rendia taxas de juros diárias, e não mensais como habitualmente acontece hoje em dia) que acabou virando referência para o aumento dos preços virou o símbolo de uma cultura do “salve-se quem puder”, da ausência de expectativas em relação ao futuro e do viver cada dia como se fosse o último.
Partindo dos estudos das relações entre cultura e inflação feitas pelo cientista político Elias Canetti, Bernd Widdig no seu livro Culture and Inflation in Weimar Germanypropõe um interesse enfoque cultural do dinheiro ao propor uma “semiótica da cultura inflacionária”. Tomando como objeto de análise a histórica hiperinflação da Alemanha no período entre guerras ela vai afirmar que a linguagem do dinheiro é o mais importante medium através do qual a sociedade moderna se comunica. O que acontece quando esse medium perde a confiabilidade e parte-se em pedaços? Que espécies de ansiedades são criadas? Quais energias antes ocultas são liberadas?
Canetti no seu curto ensaio Inflation and The Crowd discorre sobre três dinâmicas culturais inter-relacionadas: a circulação, massificação e depreciação como componentes de um sentimento geral de degradação de si mesmo: quanto maior a aceleração da circulação do dinheiro, mais se incrementa o sentimento de massificação (efeitos de manada, pânico etc.) e tanto maior a depreciação não apenas monetária, mas do próprio indivíduo e do futuro, criando uma razão cínica niilista e hedonista.
Por isso, na crise hiperinflacionária acaba-se criando uma paradoxal convivência de perdedores, poderosos, luxo e ostentação, um mix traumático que acabou produzindo na Alemanha tanto as vanguardas artísticas como o nazifascismo.

Dez anos a mil

No Brasil, psicanalistas como Jurandir Freire Costa em seu texto Narcisismo em Tempos Sombrios de 1988 fazia um diagnóstico do que ele chamou de “pânico narcísico”: o fortalecimento de uma cultura da razão cínica marcada pelo niilismo (a negação do futuro) e hedonismo (a busca de um eterno presente de prazer imediatista e descompromissado). A hiperinflação corroía todas as esperanças de que a transição para a democracia naturalmente levaria o País para o melhor dos mundos.
A poética das bandas de rock dos anos 80 reflete esse cinismo em relação ao futuro em versos como “é melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez” (Décadence Avec Élégance do Lobão) ou “devemos nos amar como se não houvesse amanhã” (Pais e Filhos do Legião Urbana) ou o niilismo do Barão Vermelho em Ideologia.
O Punk e o pós-punk chegam atrasados no Brasil (a virada punk dos Titãs com o disco Cabeça Dinossauro ocorre dez anos depois da explosão pop dos Sex Pistols). A estética “No Future” ou “DIY” (Do It Yourself – faça você mesmo) do punk é despolitizada e incorporada à atmosfera sombria de descrença em relação ao futuro e das próprias instituições políticas: “Ladrão por ladrão, vote no Faustão”, caçoava Fausto Silva no programa Perdidos na Noite enquanto a banda Titãs tocava “Lugar Nenhum” – “Não sou brasileiro, não sou estrangeiro. Sou de lugar nenhum”.
Nessa específica edição do Perdidos na Noite, questionados pelo apresentador Fausto Silva sobre a preferência de candidatos à presidência, os componentes dos Titãs se revezam entre a indiferença e o cinismo ao propor como candidatos Hermeto Paschoal e Jorge Mautner – veja vídeo abaixo.

Dilemas de uma geração

Se a depreciação e massificação produzidas pela hiperinflação alemã na cultura produziu a despolitização (a descrença em relação às instituições de representação e negociação política) que resultou na sedução pelas “soluções finais” e pelo nazifascismo, no Brasil a descrença generalizada na Política nos trouxe o sebastianismo do “caçador de marajás”: a aposta suicida em alguém “diferente de tudo que está aí” e sedução por soluções diretas e sem negociações, representada pela figura trágica de Collor de Mello.
O paradoxo para essa geração niilista e hedonista herdeira do trauma da cultura hiperinflacionária é que o fim do mundo não aconteceu – afinal de contas, o fim do mundo não foi o fim do mundo, parafraseando a música do Lobão. Depois de 30 anos muita coisa mudou no Brasil que o espaço aqui dessa postagem não permite descrever.
Mas o psiquismo dessa geração parece ainda estar preso na cena traumática do passado, repetindo ainda 30 anos depois na cabeça a mesma cena da depreciação, do niilismo e do cinismo. Todos esses roqueiros, agora traduzidos como “neoconservadores”, parecem conviver com os seguintes dilemas:
(a) o mundo não acabou, o País mudou, mas ainda tentam manter o discurso da revolta cínica e desesperançada com a qual chegaram ao estrelato na cultura da hiperinflação da década de 1980.
(b) suas carreiras começaram a entrar em declínio por não conseguirem se reinventar diante da mudança de cenário social e político. De contemporâneos tornaram-se extemporâneos.
(c) por isso, tornaram-se presas fáceis para o discurso neoconservador atual alimentado pela grande mídia. Em cada coluna de revista, artigo ou declaração para a grande mídia ávida por confirmar sua pauta primordial (o Brasil é uma merda!), seus discursos extemporâneos são repetidos como farsa, como repetição neurótica da velha cena do trauma localizada há 30 anos.
Por Wilson Roberto Vieira Ferreira, Cinegnose
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/05/a-guinada-conservadora-de-roqueiros-dos-anos-80.html#

Provocador, Aécio diz ser o líder do “exército da oposição”


Da redação do Portal Vermelho

Em seu retorno ao Senado nesta terça-feira (4), o candidato derrotado nas eleições presidenciais, Aécio Neves, chegou acompanhado por jornalistas, filiados ao PSDB, assessores e funcionários da casa. Ele afirmou que não pretende dialogar com o governo da presidenta Dilma Rousseff e sinalizou ser o líder do “exército da oposição”.


Aécio volta ao Congresso após derrota na eleição presidencial. Fotos: Cristiane Mattos/26.10.2014/Futura Press/Estadão ConteúdoAécio volta ao Congresso após derrota na eleição presidencial. Fotos: Cristiane Mattos/26.10.2014/Futura Press/Estadão Conteúdo
Após um foguetório contratado, Aécio falou com a imprensa e reafirmou como será sua atuação no Congresso. "Vou ser oposição sem adjetivos. Se quiserem dialogar, apresentem propostas que interessem aos brasileiros", disse o tucano aos jornalistas na entrada do Congresso cercado por um grupo que ora gritava “Aécio Presidente” ora “Fora PT”.

A postura beligerante de Aécio é condizente com os episódios ocorridos nos últimos dias, desde a proclamação da vitória da presidenta Dilma Rousseff, em 26 de outubro. As forças conservadoras e neoliberais estão dispostas ao tudo ou nada na oposição à presidenta reeleita.

Não serão as proclamações de Aécio e seus aliados do PSDB e demais partidos direitistas que assustarão as forças progressistas. Nesta segunda-feira (3), o Partido dos Trabalhadores reuniu sua Executiva Nacional, que propôs a mobilização nacional pela realização do programa vitorioso nas urnas. Por seu turno, o governador do Ceará, Cid Gomes, que elegeu seu sucessor, em audiência Dilma Rousseff no Palácio do Planalto nesta terça-feira, propôs a formação de uma frente de partidos de esquerda e centro-esquerda para reforçar a base de sustentação do segundo governo da presidenta. Já o PCdoB está preparando a reunião do seu Comitê Central, que se realizará dias 14, 15 e 16 em São Paulo, onde os comunistas reforçarão a luta pelas reformas estruturais democráticas.

Atuação fraca
Na campanha eleitoral foi posta em cheque a atuação “omissa” do senador que, eleito em 2010 por Minas Gerais para um mandato de oito anos, não teve aprovado nenhum projeto de sua autoria. De acordo com o portal do Senado, o tucano apresentou 16 projetos de lei e duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), mas nenhuma matéria foi aprovada até outubro deste ano.

Requerimento de informações sobre as atividades legislativas foi a principal atuação de Aécio, segundo o órgão que fiscaliza o desempenho de deputados e senadores, Diap. Desde 2011, foram 136 pedidos de dados e materiais a ministérios como os da Saúde, Minas e Energia e Fazenda. Assim, percebe-se que Aécio utilizou o pedido de informações para fundamentar a candidatura à Presidência da República.

Segundo levantamento do site Congresso em Foco, nos anos de 2011, 2012 e 2013, Aécio faltou ao trabalho no Senado durante 61 dias. Outra falha do parlamentar levantada nas eleições foi que apesar de ser representante de Minas no Senado, as viagens do tucano - bancadas com a verba de transporte aéreo do Senado – 67% delas tiveram como destino a capital fluminense. Como comprova o Portal da Transparência do Senado, “das 116 viagens oficiais realizadas pelo senador entre 2011 e 2013, 69 tiveram origem ou destino o Rio de Janeiro. A capital mineira, Belo Horizonte, foi destino do tucano 27 vezes em três anos”.



http://www.vermelho.org.br/noticia/252825-1#

Esquerda x Direita: O BRASIL FICOU DIVIDIDO SIM, MAS NÃO POR REGIÕES



O BRASIL FICOU DIVIDIDO SIM, MAS NÃO POR REGIÕES

Por Amanda Dassiê

Tenho ouvido muitos comentários bizarros que nada tem a ver com cidadania ou democracia. Ao abrir o facebook então, só lleio posts de ódio e deboche (e no meio desses, alguns poucos sensatos que me deram uma ideia).

Como trabalho com comunicação e percepção visual, achei injusta a forma como as porcentagens de votos foram divulgadas por alguns meios. Vou explicar, os poucos mapas interativos que acessei divulgavam o Brasil dividido em duas cores, vermelho e azul, pintando um munícipio inteiro de azul ou vermelho mesmo quando este havia tido 52% contra 48% de votos. Por mais que sejam super precisos e muito mais dinâmicos do que o mapa que apresento, a primeira impressão que se passa é que existem blocos definidos de eleitores do PSDB e do PT por região e isso é incentivado nos jornais que anunciam "Sudeste votou Aécio, Nordeste Dilma", quando na verdade não é bem assim. Tenho amigos do Piauí que votaram 45 e amigos paulistanos que votaram 13.

http://infograficos.oglobo.globo.com/brasil/resultado-municipio-eleicoes-segundo-turno.html

http://veja.abril.com.br/eleicoes/resultados/presidente-municipios-segundo-turno.html

Por isso resolvi desenhar um mapa baseado nas porcentagens por estado, com os dados divulgados pelo aplicativo da Justiça Eleitoral - Apuração Eleições 2014. As manchas foram feitas no olhômetro então me perdôem se houver algum excesso, mas a ideia é uma pequena tentativa de desblocar os resultados u.u.

E você aí com ideias separatistas destilando seu preconceito repense O QUE e COMO você recebe informação.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O jeito fascista de oprimir



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Perfeita frase que define bem esses crápulas bandidos Facistas.

"O Fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso em 1922 na Itália,em 1933 na Alemanha,no Brasil em 1964.
Mas o Fascista é apenas um criminoso comum ou um sociopata que está fazendo carreira na política.
No poder essa direita não hesita em torturar... roubar sua carteira ,sua liberdade e seus direitos.


Noberto Bobbio

Dilma, e o processo contra a Veja?


Por Bepe Damasco, em seu blog:

A campanha do PT entrou com um total de sete processos contra a revista Veja, nas esferas eleitoral e criminal, por sua capa criminosa a 72 horas do segundo turno das eleições presidenciais. Por enquanto, a única penalidade aplicada à bandidagem travestida de jornalismo da Marginal Pinheiros foi a publicação de um direito de resposta em seu site, na véspera da eleição.

Enquanto o ministro Teori Zavascki, do STF, não analisa o recurso de Veja, a versão impressa segue como estrela de primeira grandeza do submundo da mídia velhaca brasileira. Age como se nada tivesse acontecido. Contudo, processos do PT à parte, falta a presidenta Dilma cumprir sua promessa de acertar contas, pessoalmente, com a revista na Justiça.

Claro que depois de ter enfrentado e vencido de forma épica um massacre midiático que só encontra paralelo na nossa história com o cerco que levou Vargas ao suicídio, a presidenta, UMA SENHORA de 66 anos, merecia sair do ar para descansar uns dias, como fez.

Mas agora Dilma faria um bem enorme ao Estado Democrático de Direito se ingressasse com um processo contra a Veja por injúria, calúnia e difamação. Não custa lembrar da frase contundente da presidenta no seu penúltimo programa eleitoral na televisão, levado ao ar exatamente na sexta-feira em que a revista chegou à bancas, antevéspera da eleição : "A revista receberá a resposta do povo nas urnas e terá de me enfrentar na Justiça."

Pois bem, neste momento o pior dos caminhos seria o da acomodação pós-eleitoral, tipo "ganhamos, deixa isso pra lá." A Veja tem de pagar pelo seus crimes, afinal, a soberania popular, bem mais valioso do regime democrático, foi afrontado pelo panfleto tucano da família Civita de maneira infame.

Por isso, não bastam as ações do PT. A presidenta, com o peso do seu cargo de chefe de Estado e de governo, legitimamente respaldada pelo voto popular, deve cumprir o prometido e acionar a Veja na justiça. Oxalá, ela não dê ouvidos a "cabeças jurídicas" apequenadas como a do seu ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, cuja performance à frente da pasta indica que recomendará "moderação e prudência" à Dilma.

Fuja dessa armadilha, presidenta, e siga fazendo história.

Direita radicaliza e defende golpe


Editorial do site Vermelho:

A presidenta Dilma Rousseff, reeleita para mais um mandato constitucional de quatro anos à frente do Estado e da nação, retorna nesta segunda-feira (3) depois de um breve descanso na aprazível Base Naval de Aratu, em Salvador. Talvez, os poucos dias de recesso não tenham sido suficientes para enfrentar um conflito “retado”, como se diz na Bahia.

O ambiente político que encontra, ao retornar a Brasília, é o mais hostil possível, a começar pelas ações da oposição neoliberal e conservadora, mas não só. Também na base de sustentação ao governo há flagrantes dissensões e desarranjos, provenientes de setores centro-direitistas que recorrem ao torpe método da pressão fisiológica e da chantagem.

Na oposição, como não podia deixar de ser, as trombetas da guerra soam da boca de ninguém menos que o ex-presidente FHC, que não quer desencarnar, 12 anos depois de deixar o governo sem conseguir eleger o sucessor, do papel de dirigente político e “ideólogo” da oposição neoliberal e conservadora. Pobre oposição, destarte condenada a uma mensagem vazia e ao nanismo, a julgar pela estatura do líder que se lhe impôs.

Em artigo difundido pela imprensa, o ex-presidente reluta em aceitar o veredito das urnas, que pela quarta vez consecutiva derrotou as pretensões de restauração do regime que liderou - antidemocrático, antipopular e antinacional, a “ditadura de punhos de renda”, para empregar a feliz expressão do renomado jurista Bandeira de Melo.

Antes mesmo que se conclua o atual mandato, aprovado pela maioria do eleitorado, que a presidenta reorganize o governo e tome posse para o segundo período presidencial, FHC deu a senha para uma radicalização do discurso e das ações oposicionistas, acentuando seu sentido direitista e golpista. Exagerando o peso da sua opinião, antecipa-se aos demais líderes da coalizão derrotada e rejeita o diálogo proposto pela presidenta que, diga-se, não se dirigiu a ele, nem estritamente à oposição. Falando como estadista, Dilma enviara, no momento em que conhecia os resultados eleitorais, uma mensagem de unidade nacional, exercendo o seu indeclinável dever de estadista.

No último fim de semana ocorreram episódios que mostram a disposição da direita brasileira de não apenas desconhecer o resultado eleitoral, como de pôr em prática uma estratégia concebida e de execução iniciada no ano passado, cujo fim proclamado é a derrocada do governo. A manifestação de duas mil pessoas no último sábado (1º), em São Paulo, foi um chamado ao golpe militar.

A guerra declarada à presidenta Dilma pela oposição e os manifestantes direitistas contou nos últimos dias com a adesão de setores do PMDB que ocupam postos estratégicos no Congresso Nacional, movidos pelo ressentimento por não terem todos os seus objetivos eleitorais satisfeitos. A ofensiva desse setor tem agora continuidade na batalha pela Presidência da Câmara. Seus protagonistas violam acordos previamente estabelecidos e articulam uma candidatura francamente hostil ao Planalto e ao próprio vice-presidente da República, Michel Temer, principal liderança do PMDB.

O Brasil vive a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff um momento político delicado, em que os justificados sentimentos de vitória e esperança do povo brasileiro de que o país continuará avançando no sentido democrático-popular e patriótico contrastam com a brutal ofensiva da direita e a posição hostil de facções de partidos da base do governo.

Tudo indica que a radicalização da direita mal começou, o que afasta qualquer ilusão de desenvolvimento suave da luta política no país.

Mais uma vez o Brasil está numa encruzilhada, de que pode resultar, dependendo da condução das forças consequentes, um avanço no desenvolvimento político e o progresso social. Em momentos assim, é necessário fazer valer a influência política, o poder de articulação das forças progressistas e do movimento popular, com unidade e mobilização em torno da realização de mais mudanças e reformas estruturais democráticas consoantes os anseios do povo brasileiro.

O "bovino" Mainardi pede desculpa


Por Altamiro Borges

O arrogante Diogo Mainardi pediu desculpas. Após tratar o nordestino que votou em Dilma Rousseff de “bovino”, “atrasado” e “subalterno”, durante o programa Manhattan Connection, da Rede Globo, ele foi alvo de críticas nas redes sociais e de repulsa até no Congresso Nacional. O jogador Hulk, da seleção brasileira e do Zenit da Rússia, chegou a postar mensagem chutando o preconceito contra os nordestinos. Já o deputado Silvio Costa (PSC-PE) exigiu sua retratação e solicitou uma audiência na Câmara. Temendo as consequências de sua postura fascistóide, o “calunista” global novamente fugiu da briga. Sua covardia já virou rotina e ninguém mais acredita no bravateiro, “auto-exilado” em Veneza.

No último domingo (2), o comentarista da GloboNews fez sua “autocrítica” para o craque brasileiro, mas manteve sua visão preconceituosa. “Peço desculpas ao Hulk e a todos que se sentiram ofendidos. Minha intenção era ofender a mixórdia petista que usou e abusou dos programas sociais do governo para rebanhar votos nas regiões mais pobres do país, em especial no Norte e no Nordeste... Sei que o termo bovino ofendeu muita gente, peço mais uma vez desculpas, mas gostaria de esclarecer que há décadas e décadas nós usamos os termos curral eleitoral e voto de cabresto para designar compra de votos. Imaginar um nordestino num curral ou um nordestino com cabresto não é diferente de bovino”.

Mainardi e outros “bovinos” da tevê brasileira até agora não aceitam a reeleição de Dilma Rousseff. Eles não toleram a democracia. Se dependesse deles, o Brasil não teria abolido a escravatura e os pobres até hoje não teriam direito ao voto – que seria um privilégio apenas dos ricaços. Mainardi e outros “bovinos” da mídia agora pregam o impeachment da presidenta e até falam em “intervenção militar”. Estas atitudes golpistas, porém, esbarram na repulsa da sociedade. Mainardi foi escrachado pelo jogador Hulk e por milhares de ativistas digitais. A mesa diretora da Câmara dos Deputados foi acionada para exigir explicações do bravateiro e da própria Rede Globo. Não dá para vacilar diante destes "bovinos" - com todo o respeito aos bois e as vacas!

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