sábado, 17 de janeiro de 2015

“Sou marxista”, diz Dalai Lama




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Karl Marx disse que a religião era o ópio das massas, e por isso muitos ficaram surpresos quando o Dalai Lama se declarou marxistaem uma palestra numa universidade na Índia.
“No que diz respeito às crenças sociopolíticas, considero-me um marxista”, disse ele.
O líder tibetano afirmou que o marxismo é um ideário que ajuda a combater a desigualdade social.
“O marxismo é fundado em princípios morais, enquanto o capitalismo é baseado apenas em ganância e interesse pessoal. O marxismo está preocupado com as vítimas da exploração imposta por uma minoria.”
O fracasso do regime soviético, para ele, não foi o fracasso do marxismo, mas “o fracasso do totalitarismo"

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/sou-marxista-diz-dalai-lama/

Brasileiro manda carta de apoio a nazistas e eles respondem "não aceitamos latinos"



Brasileiro residente de Santa Catarina enviou carta de apoio ao nazismo alemão e obteve uma resposta nada agradável 

A Policia investiga o caso da piscina Nazista em Santa Catarina e encontraram cartas de apoio enviadas a organização nazista na Alemanha. O famoso dono da carta é um professor de história. E a resposta? Essa foi de doer.
"Não aceitamos latinos, são todos farinha do mesmo saco... um bando de pretos favelados"
Apoiar o nazismo é isso, apoiar preconceito ao seu próprio povo.

O caso da piscina com a suástica

A divulgação de uma imagem feita por um piloto de helicóptero da Polícia Civil causou polêmica em Santa Catarina. A foto mostra uma cruz suástica — mundialmente conhecida como símbolo do nazismo — impressa no fundo da piscina de uma residência na divisa entre Rio dos Cedros e Pomerode.Segundo a lei, é crime, punido com pena de dois a cinco anos de reclusão, "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo".
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Santa Catarina, o diretor da Deic, delegado Laurito Akira Sato, determinou que "a delegacia de Pomerode deve receber a informação e processá-la".
Procuramos em sua residência mas não obtivemos resposta.


Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/01/brasileiro-manda-carta-de-apoio.html#ixzz3P59E94gJ

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Serviço secreto investigou relação de Chaplin com comunismo

A lenda do cinema em cena do longa Em Busca do Tesouro, de 1925
Foto: ReproduçãoNovos documentos divulgados recentemente pelos Arquivos Nacionais da Grã-Bretanha revelam que o astro do cinema Charlie Chaplin foi alvo de uma investigação do serviço britânico de inteligência depois de o Governo dos EUA acusá-lo de ser comunista. No entanto, apesar dos esforços, as mesmas não conseguiram sequer identificar com certeza o local de nascimento do artista, tampouco qual foi seu nome verdadeiro.Os agentes americanos do FBI acreditam, por exemplo, que Chaplin foi batizado como Israel Thornstein, mas os britânicos nunca conseguiram achar sua certidão de nascimento. Perseguido pelo Governo norte-americano, o ator foi impedido de retornar ao país em 1952, apesar de ter morado por lá por mais de trinta anos.Nascimento e espionagem
O arquivista Edward Hampshire mostrou à BBC os dois arquivos sobre Charlie Chaplin revelados neste ano. O primeiro, cheio de recortes de jornais, é do começo dos anos 1950 e traz uma série de artigos antigos, como um documento da embaixada americana pedindo para o Governo britânico investigar se Chaplin era membro do partido comunista. As autoridades americanas também perguntam se existia qualquer menção ao artista no Pravda, o principal jornal da era soviética.
Hampshire afirmou também que nunca foi encontrada a certidão de nascimento de Chaplin - o que se tem é um passaporte de 1920, entregue a ele pelas autoridades britânicas. "Na ocasião, as autoridades estavam satisfeitas com a declaração de que ele havia nascido em Londres, mas não foi encontrado nada nas buscas feitas em Sommerset House, prédio turístico de Londres que abrigava os arquivos oficiais de nascimentos na época", disse o arquivista.
Uma fonte não-revelada chegou a sugerir que Chaplin nascera na França. A
 hipótese foi investigada pelo governo britânico, mas nunca foi comprovada. 
Na época, também se especulou que ele pudesse ser da Rússia ou de algum 
país do Leste Europeu.
Um segundo documento pede para o Governo americano que
 investigue se Chaplin era espião do governo soviético e se seu nome 
real era de fato Israel Thornstein. A correspondência da época revela que 
a inteligência britânica nunca achou provas para essa tese.
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http://cinema.terra.com.br/servico-secreto-investigou-relacao-de-chaplin-com-comunismo,9b8ba2f2fb56a310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Vídeo: Discurso final de 'O Grande Ditador" - Charlie Chaplin





O Ultimo Discurso

Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar - se possível - judeus, o gentio ... negros ... brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem ... levantou no mundo as muralhas do ódio ... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem ... um apelo à fraternidade universal ... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora ... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas ... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: "Não desespereis!" A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia ... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais ... que vos desprezam ... que vos escravizam ... que arregimentam as vossas vidas ... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina!
Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar ... os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela ... de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo ... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos.
Charles Chaplin

#VÍDEO: 'Se xingar minha mãe, espere um soco', diz papa sobre ofensas religiosas

Click no Link e assista ao vídeo:

 http://bbc.in/1sFYRPH



O papa Francisco defendeu o direito de expressão, mas disse ser errado provocar os outros ao insultar a religião alheia.
Os comentários do pontíficie foram feitos após o ataque à revista satírica Charlie Hebdo em Paris na semana passada.
Para ilustrar seu ponto, Francisco disse a jornalistas no avião papal que seu assistente poderia esperar um soco se ele xingar sua mãe.
"É normal. Você não pode provocar, não pode insultar a religião dos outros", disse ele.

França quer proibir apresentações de humorista que fale contra a religião dos judeus


França quer proibir apresentações de humorista antissemita

DIEUDONNÉ, DE 47 ANOS, FOI CONDENADO POR DECLARAÇÕES CONTRA JUDEUS.
MINISTÉRIO ALERTOU PREFEITOS DE QUE SHOWS PODEM SER 'RISCO À ORDEM PÚBLICA'.

Da France Presse
O humorista Dieudonne Mbala Mbala em foto de 13 de dezembro de 2013 (Foto: AFP Photo/Joel Sager)O humorista Dieudonne Mbala Mbala em foto de
13 de dezembro de 2013 (Foto: AFP Photo/Joel
Sager)
O governo francês decidiu nesta segunda-feira (6) agir para impedir as apresentações do polêmico humorista Dieudonné, de 47 anos, já condenado por antissemitismo. A possibilidade dessa proibição está dividindo as associações antirracistas.
Quatro dias antes do início de uma turnê de Dieudonné M'Bala M'Bala pela França, o ministro do Interior Manuel Valls enviou nesta segunda, com a concordância do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, uma circular para os prefeitos dos departamentos franceses. O texto lembra que "podem proibir um show, quando houver risco para a ordem pública".
Essa circular "permitirá adotar disposições para impedir a banalização dos propósitos antissemitas", segundo o governo francês.
No passado, várias prefeituras que tentaram proibir shows desse humorista na Françaforam desautorizadas pela Justiça em nome da liberdade de expressão. Segundo fontes consultadas pela AFP, os prefeitos podem agora invocar as manifestações de hostilidade a Dieudonné como risco à ordem pública.
Filho de um camaronês e de uma francesa, Dieudonné foi condenado várias vezes por declarações antissemitas, ou de injúria racial. Segundo ele, o sofrimento dos descendentes de escravos negros não é reconhecido, e o dos judeus, supervalorizado.
O humorista já apresentou em Paris o espetáculo dessa nova turnê, no qual multiplica as críticas "aos judeus", "à judeuzada", ou "à Kippa city".
Os célebres caçadores de nazistas Serge e Beate Klarsfeld e seu filho Arno Klarsfeld convocaram uma manifestação para esta quarta-feira, em Nantes (oeste), onde começa a turnê de Dieudonné. Eles querem a proibição do show.
"É legítimo que as pessoas se revoltem e se manifestem quando alguém faz discursos antissemitas e diz que não houve judeus suficientes mortos nas câmaras de gás", criticou Arno Klarsfeld.
O Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (Crif) convocou "uma mobilização republicana em cada cidade, onde houver um show de Dieudonné M'Bala M'Bala, para dizer não ao ódio antissemita".
Já a Liga dos Direitos Humanos (LDH) considerou que tentar proibir as apresentações de Dieudonné pode ser "contraprodutivo", com o risco de "gerar simpatia ao seu redor", sobretudo, daqueles que se consideram "oprimidos social ou politicamente".

Fonte: PIG (Partido da Imhttp://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/franca-quer-proibir-apresentacoes-de-humorista-antissemita.htmlprensa Golpista)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O legitimo ódio da classe operaria e do povo pobre

Imaginamos uma guerra onde um exercito invade uma cidade inimiga, corta as orelhas e os nariz dos homens, mata os idosos, escraviza – as crianças e estupra as mulheres.  Num provável reencontro entre estes dois exercito, o setor que foi humilhado pelo inimigo ira com toda força para guerra pois o sentimento de ódio falara mais alto e com isso esse fator moral vai fazer com o exercito que foi humilhado destruir o seu inimigo que o humilhou. De acordo com Maquiavel, o exercito que conquistar o seu território massacrar e humilhar a população local terá a sua conquista arruinada.


Não podemos negar que os teóricos que pensaram a guerra tiveram a sua grande importância para a política, até porque a própria guerra é a política por outros meios. Importante também dizer que os autores que pensaram sobre a Guerra, influenciaram para além do conflitos entre as nações e tiveram grande contribuição para pensadores revolucionários como Lênin e 
Stálin.  Se Clausewitz e outros autores pensaram a Guerra entre países, Lênin e Stálin aproveitaram a importância destes autores e interpretaram a guerra para o conflito entre as classes.
A burguesia como classe parasitaria, depende do proletariado para a sua sobrevivência ou seja para poder acumular e assim manter como classe dominante precisa roubar a riqueza produzida pelo operário. Burguesia e o proletariado são duas classes interligada dialeticamente uma com a outra, ou seja são duas classes que precisam uma da outra para poder se manter. Mas o objetivo da burguesia é acumular capital e o objetivo do proletariado é deixar de ser explorado e ter uma vida digna, ou seja para a burguesia acumular ela precisa necessariamente explorar e oprimir o proletariado que por vez luta para emancipar toda a sociedade de toda exploração e opressão, portanto estas classes estão em guerra uma com a outra.
Esta realidade é concreta, pois desde as altas jornadas de trabalho que é imposto para o proletariado, a repressão policial em que o trabalhador tem que conviver todo dia e através dela que a burguesia retira a sua casa, mata seus filhos ou até mesmo te mata, ter que sair de madruga e pegar 2 ônibus lotado para poder chegar ao serviço e ser ameaçado de demissão pelo seu patrão, ter que agüentar a rotina alienante de trabalho, casa, casa e trabalho e ser ameaçado de despejo da sua casa pois não pagou os impostos de sua casa para o Estado burguês. Enquanto isso, o mesmo trabalhador que vive esta vida de miséria tem que se ver afundando na pobreza vendo o seu patrão, os burocratas de Estado e os grandes capitalista tendo uma vida luxuosa a custa de explorar o proletariado.
Obviamente que vira o sentimento de ódio da classe operaria contra o seus opressores, expressando claramente a cada vez que o operário precisa se confrontar contra o seu patrão ou em ultima estância contra todos os patrões que tem um interesse comum em explorar a classe operaria. Este ódio colocado como irracional pela burguesia, mostra que dentro da sociedade dividida em classes tem interesses opostos e inconciliáveis mostrando que existe confronto dentro da sociedade e que essa luta faz o motor da historia girar. Assim como o exercito que foi humilhado pelo seu inimigo e na próxima luta marcha contra o exercito opressor querendo vingança, o proletariado marcha com ódio da burguesia opressora para poder fazer o motor da historia avançar e sim emancipar toda a sociedade.
A cada luta que o operariado tem que se enfrentar contra o seu patrão, ele percebe que tem interesses inconciliáveis a quem tem explorada e que tem interesses em comum com o outro operário que está ao seu lado na mesma batalha. Este sentimento de classe, que constitui a moral do proletariado é o elemento fundamental para a classe operaria marchar rumo a vitoria, pois faz com que ela confie nas suas próprias forças para poder vencer a burguesia assim como o elemento. O ódio contra o seu inimigo e o sentimento de moral das tropas são elementos fundamentais para a vitoria.
A burguesia para legitimar seus interesses, impõe a sua visão para todos os dominados como se fosse o caminho ‘’correto’’ para toda a sociedade seguir, pois é algo ‘’natural’’  portanto é ‘’inquestionável’’. Na raiz desta concepção está a dominação de classe da burguesia contra o proletariado e o povo pobre.  Nesse sentido, contra o sentimento de ódio ‘’irracional’’ das ‘’bestas de cargas’’ que ‘’não possuem vontade própria’’ é colocado o ‘’racional’’, a ‘’saída correto a ser seguido’’ e a ‘’posição neutra  e cientifica em defesa do bem comum contra as posições ideológicas que representam interesses particulares’’. É legitimado portanto o fato do proletariado que produz toda a riqueza da sociedade ser destituído de qualquer direito para manter a sua sobrevivência, sendo assim tendo que viver apenas com um salário mínimo de fome e miséria.
Ao contrario das visões de ‘’que a sociedade deveria estar unida’’ ou ‘’é necessário amar o seu próximo seja qual for sua classe’’, o ódio da classe operaria e do povo pobre contra os seus opressores é legitimo pois é a revolta contra aqueles que pregam ‘’a paz social’’ mas utilizam da violência para desapropriar suas casas, acabar com os piquetes e punir aqueles que desafiam o sistema capitalista. É ódio da única classe que pode transformar as relações de produção, assim em ultima estância é o ódio daqueles que podem dar uma saída concreta a miséria que o capitalismo impõe em diferentes esferas sociais.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

França quer proibir apresentações de humorista que fale contra a religião dos judeus

França quer proibir apresentações de humorista antissemita

Dieudonné, de 47 anos, foi condenado por declarações contra judeus.
Ministério alertou prefeitos de que shows podem ser 'risco à ordem pública'.

Da France Presse
O humorista Dieudonne Mbala Mbala em foto de 13 de dezembro de 2013 (Foto: AFP Photo/Joel Sager)O humorista Dieudonne Mbala Mbala em foto de
13 de dezembro de 2013 (Foto: AFP Photo/Joel
Sager)
O governo francês decidiu nesta segunda-feira (6) agir para impedir as apresentações do polêmico humorista Dieudonné, de 47 anos, já condenado por antissemitismo. A possibilidade dessa proibição está dividindo as associações antirracistas.
Quatro dias antes do início de uma turnê de Dieudonné M'Bala M'Bala pela França, o ministro do Interior Manuel Valls enviou nesta segunda, com a concordância do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, uma circular para os prefeitos dos departamentos franceses. O texto lembra que "podem proibir um show, quando houver risco para a ordem pública".
Essa circular "permitirá adotar disposições para impedir a banalização dos propósitos antissemitas", segundo o governo francês.
No passado, várias prefeituras que tentaram proibir shows desse humorista na Françaforam desautorizadas pela Justiça em nome da liberdade de expressão. Segundo fontes consultadas pela AFP, os prefeitos podem agora invocar as manifestações de hostilidade a Dieudonné como risco à ordem pública.
Filho de um camaronês e de uma francesa, Dieudonné foi condenado várias vezes por declarações antissemitas, ou de injúria racial. Segundo ele, o sofrimento dos descendentes de escravos negros não é reconhecido, e o dos judeus, supervalorizado.
O humorista já apresentou em Paris o espetáculo dessa nova turnê, no qual multiplica as críticas "aos judeus", "à judeuzada", ou "à Kippa city".
Os célebres caçadores de nazistas Serge e Beate Klarsfeld e seu filho Arno Klarsfeld convocaram uma manifestação para esta quarta-feira, em Nantes (oeste), onde começa a turnê de Dieudonné. Eles querem a proibição do show.
"É legítimo que as pessoas se revoltem e se manifestem quando alguém faz discursos antissemitas e diz que não houve judeus suficientes mortos nas câmaras de gás", criticou Arno Klarsfeld.
O Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (Crif) convocou "uma mobilização republicana em cada cidade, onde houver um show de Dieudonné M'Bala M'Bala, para dizer não ao ódio antissemita".
Já a Liga dos Direitos Humanos (LDH) considerou que tentar proibir as apresentações de Dieudonné pode ser "contraprodutivo", com o risco de "gerar simpatia ao seu redor", sobretudo, daqueles que se consideram "oprimidos social ou politicamente".

Fonte: PIG (Partido da Imhttp://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/01/franca-quer-proibir-apresentacoes-de-humorista-antissemita.htmlprensa Golpista)

Centrais sindicais vão às ruas


Por Altamiro Borges

Em reunião realizada nesta terça-feira (13), as principais centrais sindicais do país decidiram ocupar as ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores. Houve consenso de que as medidas baixadas pelo governo Dilma em 29 de dezembro, em pleno clima de festas do final do ano, são erradas na forma e no conteúdo. Com base no discurso do "ajuste fiscal", tão festejado pelos patrões e pela sua mídia, elas prejudicam os assalariados. As centrais exigem a revogação das medidas provisórias e cobram da presidenta reeleita os compromissos assumidos na campanha eleitoral com a "pauta trabalhista". Elas aprovaram uma carta aberta e um intenso calendário de mobilizações para os próximos meses.

A primeira atividade conjunta – o "Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos" – está marcada para 28 de janeiro. Em todo o país deverão ocorrer paralisações, atos e assembleias. Já a nova "Marcha da Classe Trabalhadora" ficou para 26 de fevereiro, em São Paulo. Para Carmen Foro, presidente em exercício da CUT, o governo sofre violenta pressão do patronato. "Ele tende a fazer o ajuste na economia à custa dos trabalhadores. Não permitiremos nenhum direito a menos, como disse a presidenta Dilma no discurso de posse. Queremos que esse discurso agora se viabilize”. Ela espera que o governo retome o diálogo com o sindicalismo. Está marcada para 19 de janeiro uma reunião com os ministros Miguel Rosseto (Secretaria-Geral da Presidência) e Manoel Dias (Trabalho).

Já para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, as mobilizações agendadas pelas centrais visam enfrentar um período de maiores dificuldades. "O ano que se inicia aponta para um cenário de crise em andamento, com as demissões aumentando". Na opinião de Adilson Araújo, presidente da CTB, o momento é de ocupar as ruas contra qualquer regressão trabalhista e por mais direitos. É urgente se contrapor à forte pressão patronal, expressão da luta de classes no país. "Diferente da celeridade que encontrou o pleito dos empresários, com desoneração, isenção, concessão, incentivos fiscais, a pauta trabalhista se encontra contingenciada". Leia abaixo a nota das centrais sindicais:

*****

Em defesa dos direitos e do emprego

Reunidas na sede nacional da CUT em São Paulo, as centrais sindicais brasileiras – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB – vêm à público manifestar sua posição contrária às duas Medidas Provisórias do Governo Federal (MP 664 e MP 665) editadas na virada do ano, sem qualquer consulta ou discussão prévia com a representação sindical dos trabalhadores e trabalhadoras que, em nome de “corrigir distorções e fraudes”, atacam e reduzem direitos referentes ao seguro-desemprego, abono salarial (PIS-Pasep), seguro-defeso, auxílio-reclusão, pensões, auxílio-doença e, ainda, estabelece a terceirização da perícia médica para o âmbito das empresas privadas.

As medidas incluídas nas duas MPs mencionadas prejudicam os trabalhadores ao dificultar o acesso ao seguro-desemprego com a exigência de 18 meses de trabalho nos 24 meses anteriores à dispensa, num país em que a rotatividade da mão de obra é intensa, bloqueando em particular o acesso de trabalhadores jovens a este benefício social. As novas exigências para a pensão por morte penalizam igualmente os trabalhadores: enquanto não se mexe nas pensões de alguns “privilegiados”, restringem o valor do benefício em até 50% para trabalhadores de baixa renda.

As Centrais Sindicais condenam não só o método utilizado pelo Governo Federal, que antes havia se comprometido a dialogar previamente eventuais medidas que afetassem a classe trabalhadora, de anunciar de forma unilateral as MPs 664 e 665, bem como o conteúdo dessas medidas, que vão na contramão do compromisso com a manutenção dos direitos trabalhistas.

De forma unânime as Centrais Sindicais reivindicam a revogação/retirada dessas MPs, de modo a que se abra uma verdadeira discussão sobre a correção de distorções e eventuais fraudes, discussão para a qual as Centrais sempre estiveram abertas, reafirmando sua defesa intransigente dos direitos trabalhistas, os quais não aceitamos que sejam reduzidos ou tenham seu acesso dificultado.

As medidas, além de atingirem os trabalhadores e trabalhadoras, vão na direção contrária da estruturação do sistema de seguridade social, com redução de direitos e sem combate efetivo às irregularidades que teriam sido a motivação do governo para adotá-las. Desta maneira, as Centrais Sindicais entendem que as alterações propostas pelas MPs terão efeito negativo na política de redução das desigualdades sociais, bandeira histórica da classe trabalhadora.

As Centrais Sindicais farão uma reunião com o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República no dia 19 de janeiro, em São Paulo, na qual solicitarão formalmente a retirada das referidas medidas pelo Poder Executivo e apresentarão suas propostas.

As Centrais Sindicais também expressam sua total solidariedade à luta contra as demissões de trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen e Mercedes Benz ocorridas também na virada do ano e consideram que a sua reversão é uma questão de honra para o conjunto do movimento sindical brasileiro. As Centrais Sindicais consideram inaceitável que as montadoras, empresas multinacionais que receberam enormes benefícios fiscais do governo e remeteram bilhões de lucros às suas matrizes no exterior, ao primeiro sinal de dificuldade, demitam em massa.

As Centrais Sindicais também exigem uma solução imediata para a situação dos trabalhadores e trabalhadoras das empreiteiras contratadas pela Petrobrás; defendem o combate à corrupção e que os desvios dos recursos da empresa sejam apurados e os criminosos julgados e punidos exemplarmente. No entanto, não podemos aceitar que o fato seja usado para enfraquecer a Petrobras, patrimônio do povo brasileiro, contestar sua exploração do petróleo baseada no regime de partilha, nem sua política industrial fundamentada no conteúdo nacional, e, muito menos, para inviabilizar a exploração do Pré-Sal. As Centrais também não aceitam que os trabalhadores da cadeia produtiva da empresa sejam prejudicados em seus direitos ou percam seus empregos em função desse processo.

Por fim, as Centrais Sindicais convocam toda sua militância para mobilizarem suas bases e irem para ruas de todo país no próximo dia 28 de Janeiro para o Dia Nacional de Lutas por emprego e direitos. Conclamam, da mesma forma, todas as suas entidades orgânicas e filiadas, de todas as categorias e ramos que compõem as seis centrais, a participarem ativamente da 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, prevista para 26 de Fevereiro, em São Paulo, para darmos visibilidades às nossas principais reivindicações e propostas.

São Paulo, 13 de Janeiro de 2014.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Veja diz que Dilma aumentou o calor para desviar foco da Petrobras

Do site SENSACIONALISTA
Sensacionalista: um jornal isento de verdade

Uma surpreendente matéria na revista Veja desta semana, com fontes em off, revela que a presidenta Dilma Rousseff manipulou as temperaturas do país, em especial as do Rio de Janeiro, para que o foco dos problemas nacionais fosse desviado da Petrobras, onde a corrupção come solta há anos.
Segundo a reportagem, membros do PT estiveram trabalhando clandestinamente nas calotas polares e no centro da Terra para que este verão fosse o pior dos últimos tempos. Pelo jeito, conseguiram.


http://sensacionalista.com.br/2015/01/13/veja-diz-que-dilma-aumentou-o-calor-para-desviar-foco-da-petrobras/

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A luta contra o terrorismo, a hipocrisia das potências e da mídia

Do Portal Vermelho

José Reinaldo Carvalho *

Os atentados terroristas que ceifaram as vidas de jornalistas e funcionários do Charlie Hebdo, de policiais e populares numa mercearia em Paris são atos condenáveis, alvo do repúdio dos comunistas, das forças revolucionárias, autenticamente socialistas e democráticas em todo o mundo. 


As manifestações espontâneas em solidariedade às vítimas são legítimas expressões de uma consciência progressista que se desenvolve a par com a liberdade, a crítica, a razão, a verdade, armas indispensáveis na luta contra as tiranias e o reacionarismo.

Os comunistas, cujos métodos e formas de luta levam sempre em conta o grau de consciência e organização das massas populares, têm opinião clara sobre o terrorismo. Quando em 1887, ainda na juventude, Lênin criticou a tentativa de assassinato contra o czar da Rússia, Alexandre III, na qual o seu irmão estava implicado e pela qual foi condenado à morte, fixou uma referência sobre o tema. Até os dias de hoje, os comunistas têm critérios de análise para assumir posições em face de acontecimentos como os da semana passada em Paris, do mesmo modo como tiveram quando ocorreram os atentados às torres gêmeas de Nova York, em 2001.

Apenas não nos confundimos quanto à identidade que os ideólogos a serviço do status quo pretendem estabelecer entre terrorismo e violência revolucionária, esta muitas vezes necessária pela imposição das circunstâncias, como a História já demonstrou exaustivamente.

Por isso mesmo, não estamos dispostos a repetir frases tolas nem somar-nos à nauseante pregação das lideranças imperialistas mundiais, incluindo o presidente francês François Hollande, em campanha para constituir uma frente mundial sob a sua direção, que toma a guerra ao terrorismo como pretexto para atingir a fins que nada têm a ver com os interesses dos povos ou os proclamados valores democráticos da nem tão civilizada “civilização ocidental”.

Parlons claire
messieurs. A guerra ao terror proclamada no início do século pelo ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e intermitentemente reeditada, faz parte de uma estratégia de terror infinito contra os povos, em sacrifício da soberania nacional, da democracia, dos direitos dos povos e das liberdades, inclusive a de expressão. As duas primeiras reações do imperialismo aos atentados às torres gêmeas foram a guerra ao Afeganistão e ao Iraque e a tentativa, tal como agora, de criar uma frente mundial, sob a égide das potências ocidentais, no quadro da edificação do que chamavam de “nova ordem”.

Se a presença maciça de franceses na manifestação do último domingo (11) é um brado de defesa da liberdade e de repúdio a um crime hediondo, merecedora do aplauso e da solidariedade de toda a humanidade, o mesmo não se pode dizer da “comissão de frente” exibida em imagens de TV e nas fotos dos jornais desta segunda-feira. Em absoluto, não nos sentimos representados por Hollande, Merkel, Netanyahu, Rajoy, Cameron et caterva, líderes de uma ordem imperialista em que o terrorismo de Estado se tornou rotina.


Não nos sentimos representados pelas lideranças de paises imperialistas nem por sua "unidade".


Seguramente, o combate ao terrorismo é uma necessidade dos dias atuais, porquanto afeta indistintamente os povos do mundo, a começar pelo terrorismo de Estado praticado e fomentado no Oriente Médio com o apoio das potências imperialistas ocidentais, inclusive a França de Hollande, um dos campeões no apoio ao terrorismo dos bandos armados na Síria, e o terrorismo genocida exercido pelo Estado sionista contra os palestinos.

Fosse a ONU uma organização efetivamente democrática, livre da instrumentalização pelas potências imperialistas no âmbito do Conselho de Segurança permanente, poderia ser o cenário para um debate franco e a adoção de medidas eficazes contra o terrorismo. Mas não é assim, nem será, enquanto perdurar a ordem iníqua em que deliberadamente se confunde a defesa da democracia com a imposição da hegemonia das potências imperialistas. Em tal quadro não nos cabe outra alternativa senão denunciar a hipocrisia dessas forças e cumprir nossa tarefa de contribuir para o reforço da resistência e da luta dos povos.

Na denúncia da hipocrisia, vale aumentar o tom da crítica à mídia, esta usina de mentiras que quer capitalizar para si a defesa da liberdade de expressão, quando ela própria é a maior inimiga de tal liberdade, na medida em que impõe um pensamento único e uma versão única dos fatos. Desde as guerras que levaram à destruição da antiga Iugoslávia, no crepúsculo do século 20, até os conflitos dos dias que correm, a mídia comporta-se como fautora de guerras, preparando o ambiente junto à opinião pública para justificar intervenções, golpes, bombardeios e magnicídios.

Belém (PA), 12 de janeiro de 2015

* * Jornalista, Diretor do Cebrapaz, membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e editor do Vermelho.