UBM: Mais Poder Político para as Mulheres

UBM 8 de março















Do Portal Vermelho



No Dia Internacional da Mulher (8 de Março), a União Brasileira de Mulheres (UBM) relembra os 80 anos da conquista pelo direito ao voto feminino. Esse é um dos destaques do manifesto da entidade. Tendo em vista que as transformações sociais, políticas e econômicas em curso no Brasil, passam, necessariamente, pela efetiva participação e ampliação do poder político das mulheres, as coordenações estaduais do movimento realizam atos públicos em diversas cidades do país.



fonte: Arte UBM
Na capital do Rio de Janeiro, as “ubmistas” estarão no Largo da Carioca, a partir das 12h, em atividade conjunta com diversas forças políticas, para conversar com a população sobre a importância das bandeiras históricas da luta feminista. Às 17h, sairão em caminhada do Largo até a Cinelândia.

No dia 12, segundo a coordenadora da UBM-RJ, Helena Piragibe, acontecerá a entrega do “Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro”, em celebração ao Dia Internacional da Mulher. A homenageada deste ano será Ana Maria Rocha, que é fundadora da UBM e da Revista Presença da Mulher (revista fundada em 1986). O evento será realizado às 18h, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho - Palácio Tiradentes (Rua Primeiro de Março, s/n - Praça XV Centro, Rio de Janeiro).

Em Niterói (RJ), as atividades começam nesta segunda-feira (05), às 18h, com o “Ciclo de Palestras sobre a Mulher e a Política”, onde serão abordados temas como partidos políticos, convenções partidárias e recursos financeiros. O evento contará com a presença da presidente estadual do PCdoB-RJ, Ana Rocha e da deputada estadual enfermeira Rejane de Almeida (PCdoB-RJ). A Psicóloga e conselheira do Conselho Municipal de Políticas para as Mulheres de Niterói e executiva estadual da UBM, Irene Cassiano, será a mediadora da mesa. O debate ocorrerá no Plenário da Câmara Municipal de Niterói (Avenida Amaral Peixoto, 625, Centro).

As comemorações da UBM-PE, em todo estado - com ênfase no Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes -, começaram nesta segunda-feira (5) com tuitaço para divulgar a campanha “Mulher, seu voto não tem preço”, que se estenderá entre março e junho. Para se integrar à rede basta acessar o Twitter e usar a hashtag #mulhervotonaotempreco.

Sul


Em Florianópolis, a partir das 14h do 8 de Março, a UBM-SC estará presente em atividades de rua que acontecerão no vão central do Terminal Central de Ônibus. A atividade contará com apresentações culturais - música, teatro, dança – bem como panfletagens e microfone aberto às entidades dos movimentos de mulheres do município. No decorrer do mês as ubmistas catarinenses farão ações semelhantes em Chapecó, Itajaí, Criciúma, Blumenau, entre outras. Estão previstas atividades como palestras, debates, oficinas, cafés com mulheres e homens de diferentes categorias profissionais e associações comunitárias.

Na capital paulista, a UBM-SP se integra ao tradicional ato público com passeata que, neste ano, reunirá cerca de 80 entidades ligadas ao movimento de mulheres. As ubmistas estarão concentradas às 14h na Praça da Sé e de lá sairão em passeata.

Como já ocorre há vários anos, em Curitiba, a UBM-PR participa da passeata com caminhada da Praça Santos Andrade à Rua das Flores (Boca Maldita). No próximo dia 08, o movimento feminista local leva para as ruas três temas de destaque: Educação, Cultura e Diversidade; Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos: contra a mercantilização do corpo da mulher e Soberania Alimentar: contra o uso de agrotóxicos. O evento contará com a participação das mulheres do MST, unindo mulheres do campo e da cidade.

A UBM-PR participará ainda de atividades na Unibrasil, no dia 08, às 19h, com homenagem à pedagoga ubmista Maria Isabel Corrêa, militante de movimento de mulheres e ambiental desde o final da década de 70. Ativista da entidade desde 2003, Isabel atualmente faz parte da coordenação estadual UBM-PR e do conselho de direção da UBM-nacional. Junto à luta do movimento, ela traz outra paixão: a música. Suas canções trazem mensagens de luta pela biodiversidade e pelos direitos sociais, em especial das mulheres. Também será homenageada pela mesma universidade a Iyálorixá Dalzira Maria Aparecida (Iyá Gunã). Militante histórica do movimento negro, Dalzira - que cursou Relações Internacionais na Unibrasil e é mestranda pela UTFPR - tem uma larga trajetória no movimento de mulheres.

Paraná reivindica fim da violência

Ainda do Paraná, o núcleo da UBM em Ponta Grossa estará integrada às ações da Unegro. No dia 10 de março, às 14hs, as entidades participam de atividade alusiva ao dia de luta das mulheres na Comunidade quilombola Sutil. Em Foz do Iguaçu, a UBM participa do lançamento de diversos cartazes e outdoors que serão afixados em toda a cidade tendo como principal reivindicação o fim da violência contra mulheres e meninas. Nos dias 8 e 9, a coordenadora nacional da UBM, Elza Maria Campos, fará a palestra “Desafios Para o Século XXI e a Luta das Mulheres” no 2º Encontro das Mulheres da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná, que ocorrerá na Colônia de Férias da Fetraconspar em Itapoá (SC).

As mulheres e o projeto nacional de desenvolvimento

Para a coordenadora geral da UBM, Elza Campos, as atividades das coordenações estaduais neste mês são de extrema importância para os diferentes movimentos feministas e de mulheres, pois servem para dar visibilidade a uma série de problemas enfrentados cotidianamente pelas mulheres de vários segmentos. Por outro lado, é um momento de fortalecimento da UBM, que, articulada em todo país, amplia a sua representatividade em prol dos direitos das mulheres.

"Este 8 de março tem um significado muito especial. Além de marcar os 80 anos da conquista do voto feminino, traz também a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento com a participação das mulheres. A UBM se consolida nas atividades de massa com os movimentos sociais para procurar romper com a subrrepresentação nos espaços de poder. Por isso, lança o seu Manifesto “Mais Poder Político para as Mulheres”, entendendo que a nossa luta exigirá - do movimento emancipacionista que a UBM defende-, a materialização cotidiana do compromisso firmado historicamente de criar condições, no presente, para garantir as conquistas almejadas, na luta pela libertação das mulheres e do povo contra toda discriminação e por igualdade de direitos”, expõe Elza Campos.

Manifesto
No manifesto “8 de Março: Dia Internacional da Mulher - Mais Poder Político para as Mulheres!”, a entidade reafirma a importância da presença feminina na política brasileira. “As mulheres devem ser vereadoras, deputadas estaduais, deputadas federais, senadoras. Em 2012, mulheres com compromisso e coragem enfrentarão as eleições. E, para avançar a democracia, é necessário que muitas destas bravas e corajosas mulheres sejam eleitas. No Brasil, as mulheres se voltam para o século XXI, com a certeza de que temos que chegar muito mais longe, superando a subrepresentação política e nos mobilizando no centro das atividades partidárias, comunitárias, sindicais”, escrevem as ubmistas.

Também reforçam a luta pela garantia da reforma política, com financiamento público de campanha, garantia de coligações proporcionais e lista fechada com alternância de gênero e cumprimento da lei de 30% das cotas para candidaturas femininas, bem como a reforma da mídia, como meio de enfrentar a criminalização dos movimentos sociais e a banalização da imagem da mulher real.

A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 h, a aprovação do PL 4857/2011 - que garante igualdade salarial e de condições de trabalho entre homens e mulheres -, o fortalecimento do SUS com garantia de ampliação da rede de atendimento e respeito ao corpo e à diversidade das mulheres e, ainda, a garantia de redes de equipamentos sociais (creches, lavanderias, restaurantes populares, centros de convivência) também fazem parte das reivindicações da UBM que estão registradas no manifesto.

Aborto e Lei Maria da Penha

O Dia Internacional da Mulher deste ano também é uma data para reafirmar a luta em favor da legalização do aborto como forma de fazer cumprir a agenda dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres como um direito humano. Assim como a defesa intransigente da aplicação da Lei Maria da Penha nos atos de violência contra mulheres e meninas, com a instalação de delegacias especializadas, juizados especiais, centros de referência e casas abrigo. A cobrança da UBM é para a imediata aplicação e ampliação de políticas nessas áreas.

Por fim, as ubmistas querem que as várias instâncias do poder público assumam a responsabilidade sobre a implementação das políticas para as mulheres. Além disso, exigem a criação de mecanismos para fazer avançar a pauta de gênero, visando o cumprimento de todos os compromissos do Governo Dilma para com as mulheres. Para tanto, reivindicam a criação de secretarias de mulheres nos estados e municípios brasileiros como forma de incentivar e garantir a elaboração, execução e monitoramento dos Planos de Políticas para as Mulheres, a proteção de meninas e mulheres da exploração sexual comercial que faz vítimas cada vez mais jovens em nosso país e o fim de todo tipo de desigualdades e discriminações em relação às mulheres negras, indígenas, jovens, idosas, lésbicas, trabalhadoras rurais, trabalhadoras domésticas, com deficiência e soropositivas.

Confira o manifesto na íntegra aqui .

Fonte: UBM



www.blogdocarlosmaia.blogspot.com  Carlos Maiahttp://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=177211&id_secao=1

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