Chávez somos todos: líderes latinos se unem ao povo venezuelano


Chávez somos todos: líderes latinos se unem ao povo venezuelano


Presidentes e representantes de 22 países da América Latina e do Caribe participaram, nesta quinta-feira (10), do ato em apoio à Constituição venezuelana e à Revolução Bolivariana. O tom dos discursos foi marcado pela solidariedade, profundo comprometimento com o processo de transformação que está em curso no país e com a integração latino-americana.

Por Vanessa Silva, para o Portal Vermelho


Agência Efe
Ato Chávez 
Líderes de 22 países vão a Caracas e manifestam apoio aos venezuelanos
A data marca o dia em que o presidente reeleito, Hugo Chávez, deveria tomar posse diante da Assembleia Nacional. Devido à sua doença e à impossibilidade de estar em Caracas, o Supremo Tribunal de Justiça autorizou o adiamento da posse até que ele se restabeleça. A notícia causou discussões na imprensa latino-americana que ecoou as acusações da oposição de direita para quem se trataria de um “golpe” e de uma manobra a interpretação da legislação do país por quem compete fazê-lo: a Justiça. 

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No entanto, ficou evidente que na verdade quem tramava um golpe era a oposição ao cogitar o desrespeito à Carta Magna do país.

Assim, como mostra de que a América Latina não aceitaria este tipo de golpe, presidentes da América Latina se manifestaram dando total apoio à decisão da Justiça venezuelana que não há, no país, vazio de poder, mas uma continuidade do mandato anterior. Assim, Chávez está empossado desde hoje, embora ainda não tenha realizado a formalidade do juramento.

Não esqueceremos o passado

O chanceler da Argentina foi um dos primeiros oradores do ato. Héctor Timerman ressaltou que a presidenta argentina viajou a Havana para apoiar pessoalmente Chávez. “Nós argentinos conhecemos nosso passado, defendemos nosso presente e construímos um mundo melhor, por ele seguiremos construindo a unidade da América Latina, porque aqui é onde vamos conseguir nossa independência”.

Respeito à Revolução Boliviana

Lendo uma carta do presidente Rafael Correa, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño, ressaltou que “vimos renovar nosso compromisso e admiração por este processo político que vocês levam adiante”. E lembrou que “juntos temos avançado na consolidação da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac)” e completou que “juntos seguiremos trabalhando pela integração da América Latina”.

Mensagem ao imperialismo

“Se o imperialismo não recebeu a mensagem dada nas eleições presidenciais, nas eleições regionais, ouvirá agora o que estamos dizendo neste ato”. O primeiro-ministro de San Vicente e as Granadinas, Ralph Gonzalves, lembrou a importância da Petrocaribe e da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) para o país. 

Chávez somos todos 

O ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse que Chávez já não é um patrimônio somente da Venezuela, mas “um patrimônio da América Latina e do Caribe”. E, diante da multidão vermelha que lota as ruas de Caracas, afirmou que Chávez está em cada um dos presentes “apesar da sua ausência, a Revolução está em boas mãos porque está nas mãos do povo venezuelano que hoje garante as mudanças desta pátria”.

Fundamental para a integração

O vice-presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, ressaltou que esta manifestação “demonstra a soberania, dignidade e independência” do povo venezuelano e enfatizou que Cuba “veio apoiar Chávez e seu povo para que seja respeitado o resultado de 7 de outubro” e sublinhou que “a Venezuela é um país chave para reforçar a integração latino-americana, como profetizou Fidel Castro há mais de 50 anos”.

Chávez é a luta anti-imperialista

Em um inflamado discurso, o presidente boliviano Evo Morales afirmou que Chávez representa “essa luta anti-imperialista de todo o mundo e a linha para enfrentar o imperialismo, a injustiça, a desigualdade e o saque dos recursos naturais”. 

"Chávez nacionalizou os recursos naturais. Começou acabando com a intromissão e agora em muitos países não temos bases militares e não temos gringos que querem nos manipular com o pretexto da luta contra as drogas", argumentou.

Todos estamos preocupados para que logo volte a seguir liderando esta libertação dos povos da América Latina e do mundo”. A melhor homenagem de solidariedade é “a unidade, a unidade na Venezuela, na América Latina e no mundo de todos os povos anti-imperialistas”, concluiu o líder boliviano.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=203361&id_secao=7#.UO879OTWLTF

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