Monsanto é denunciada na Argentina por tráfico de pessoas e trabalho escravo
Do site do MST
A Administração Federação de Receitas Públicas (AFIP, da sigla em espanhol) da
Argentina denunciou a Monsanto por tráfico de pessoas e exploração de 65
trabalhadores em condições degradantes com base em uma fiscalização realizada
no final do ano passado. A informação é do jornal argentino Página 12, que publicou
reportagem sobre o assunto na edição desta terça-feira, 17 (leia o texto em espanhol).
O flagrante aconteceu em um dos campos da Rural Power, empresa contratada pela
Monsanto, que também acabou sendo denunciada.
De acordo com a publicação, os camponeses contratados para trabalhar na lavoura
de milho foram levados para uma área a 200 km de Buenos Aires, e, então, enganados,
endividados e impedidos de deixar o local. À fiscalização, eles disseram, ainda segundo
o jornal, cumprir jornadas de até 14 horas seguidas no processo de desfloração do milho.
Na produção de sementes transgênicas, trabalhadores rurais têm que separar manualmente
as flores de algumas das espigas para tentar controlar o processo de reprodução e as
características desejadas na nova safra. Na Argentina, as denúncias de violações
trabalhistas no cultivo de milho transgênico têm sido constantes.
Procurados pela Página 12, os representantes da empresa no país afirmaram que
realmente o campo foi inspecionado, mas que a e multinacional não foi informada sobre
a denúncia. Eles ressaltaram que a Monsanto mantém “os padrões mais altos para os
trabalhadores” e forte preocupação em relação a “direitos humanos”, e que a Rural
Power também se adéqua às normas da companhia e à lei argentina.
www.blogdocarlosmaia.blogspot.com Carlos Maia
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