quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Movimentos sociais propõem unidade para enfrentar a direita


Diversos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda se reuniram nesta quarta-feira (17) na capital paulista para debater a conjuntura politica nacional e propor mobilizações coletivas em defesa das reformas populares, de mais direitos e contra retrocessos.


Mídia Ninja
Os movimentos sociais apostam na unidade para combater as investidas reacionárias da direitaOs movimentos sociais apostam na unidade para combater as investidas reacionárias da direita
De acordo com Edson França, presidente nacional da Unegro, a ideia é que os movimentos sociais desenvolvam uma agenda propositiva para contrapor a direita reacionária e para garantir uma pauta cada vez mais à esquerda no próximo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

“Os movimentos sociais caminham para a tentativa de uma articulação mais ampla para enfrentar a direita”, afirma Edson. Segundo ele, as entidades vão buscar os pontos comuns para fomentar grandes mobilizações de rua com bandeiras unificadas.

As reformas democráticas são consenso entre os partidos e entidades presentes. Além da reforma politica, onde todos concordam com o fim do financiamento privado de campanha, os movimentos de massa também vão lutar pelas reformas urbana e agrária e pela democratização dos meios de comunicação.

“Foi uma reunião importante, os movimentos sociais identificaram que a polarização do cenário político pode unificar ainda mais os movimentos sociais que estão preocupados com o crescimento da mobilização da direita para impor a pauta derrotada nas eleições”, avalia Edson.

As ruas sempre pertenceram ao povo e sempre serviram de palco para manifestações justas em busca de conquistas populares, porém, o que se vê nas últimas semanas é a direita reacionária se utilizando de um mecanismo popular para pautar retrocessos. Como é o caso das manifestações realizadas em São Paulo que pediram a volta da ditadura militar.

De acordo com Edson, os movimentos sociais estão preocupados com esta forma de agir da direita. “Essa polarização, e o fato de a direita usar as massas é preocupante”, diz.

Além das reformas democráticas, que de certa forma unificam as bandeiras de luta, outras pautas transversais também foram colocadas em evidência. O fim do genocídio contra a juventude negra não é uma preocupação só dos movimentos juvenis ou do movimento negro, mas de todas as frentes de luta.

Assim como a luta por garantia de mais direitos para as mulheres e jovens também integra várias frentes de atuação. Edson explica que a ideia é tentar instalar um espaço de articulação que considere a autonomia dos movimentos sociais e dê espaço aos partidos políticos de esquerda.

A articulação está apenas começando, no dia 19 de janeiro as entidades se reúnem novamente para acertar detalhes das primeiras ações. O objetivo é fazer uma grande Assembleia Nacional dos movimentos sociais e jornada de lutas em 2015. Está previsto um ato em frente ao Congresso Nacional durante a posse dos deputados e senadores, em fevereiro, para apresentar aos novos parlamentares a pauta dos movimentos sociais.

Na ocasião os movimentos sociais vão trazer à tona as palavras de ordem “Fora Bolsonaro”, e “Devolva Gilmar”. A primeira em função dos pronunciamentos machistas, preconceituosos e que incitam a violência do deputado Jair Bolsonaro, e a segunda porque foi o ministro Gilmar Mendes que adiou o fim das doações empresariais de campanha.

Participaram da reunião o PCdoB, PT, Psol e PSTU, dos movimentos sociais estiveram presentes Unegro, UJS, UBM, UNE, Ubes, Levante Popular da Juventude, MST, MTST, Fora do Eixo, CUT, CMP, Consulta Popular, Intersindical, Conlutas e outros.


Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini

Um comentário:

  1. Participaram da reunião o PCdoB, PT, Psol e PSTU, dos movimentos sociais estiveram presentes Unegro, UJS, UBM, UNE, Ubes, Levante Popular da Juventude, MST, MTST, Fora do Eixo, CUT, CMP, Consulta Popular, Intersindical, Conlutas e outros.

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