quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A força da esquerda mundial se concentra em São Paulo, começa o 19º Foro de São Paulo




Do site da UJS -União da Juventude Socialista

Começou nesta manhã (31), na capital paulista, o 19º Foro de São Paulo – o maior encontro das forças esquerda do mundo, que se estende até o próximo dia 04 (domingo).

O Foro é um espaço para políticos, forças de esquerdas e entidades dialogarem sobre alternativas contra o neoliberalismo e o imperialismo norte-americano, assim como promover a soberania, a independência e a integração dos povos latinos e caribenho.
Neste ano, o evento recebe mais de uma centena de representantes de diversos países, entre eles, o presidente Lula, Nicolás Maduro (presidente da Venezuela) e Evo Morales, presidente da Bolívia.
Mesmo a abertura oficial do Foro ter sido hoje, desde ontem (30), acontece o V Encontro de Juventudes, que teve a União da Juventude Socialista (UJS) dando início ao debate sobre a atual situação dos jovens brasileiros, em paradoxo com os de outras pátrias.
As recentes manifestações ao redor do mundo, protagonizadas por milhões de jovens, que ocuparam as ruas para cobrar por mais direitos, como ocorreu no Brasil; ou para reivindicar para não terem seus direitos banidos – como ocorre na Europa; ou mostrando que querem mudanças na política e na sociedade, como a estreita eleição da Venezuela apontou – são alguns dos temas levados ao debate.
Além da UJS, juventudes de diversos países expõem a realidade dos jovens e buscam alternativas conjuntas para sanar os desafios dos jovens. O Encontro começou ontem, com a participação dasecretária nacional de Juventude do Brasil, Severine Macedo, assim como a presidente da Assembleia Nacional do Equador, Gabriela Rivadeneira, e líderes de entidades juvenis de partidos regionais.
Representando a UJS, Ismael Cardoso – diretor de Relações Internacionais da entidade pontuou que entre as lutas que a juventude brasileira trilha caminham rumo à democracia e maior participação nas decisões do país.
“Os jovens brasileiros começaram uma intensa mobilização contra o reajuste das tarifas do transporte público. Porém, cabe destacar que não é apenas pelo aumento abusivo, mas sim também para denunciar a má qualidade que os serviços públicos, como saúde e educação apresentam. E para mudar essa situação é que ocupamos as ruas, para pedir por mais investimentos, transparência e sobretudo, que nossos governantes dialoguem com o povo sobre essas questões. Por isso, defendemos amplamente a criação do Plebiscito, proposto por nossa presidente Dilma.”, pontuou.
Cardoso ainda expôs que entre as pautas defendidas pela UJS estão a democratização dos meios de comunicação, a reforma agrária, o passe livre, a luta contra a homofobia e o extermíni da juventude, como também a continuidade ampla campanha pela aprovação de 10% do PIB, 100% dos royalties e 50% do pré-sal na educação. Por fim, resumiu o que as manifestações apontaram.
“O que as ruas dizem ao Brasil é que esse país já não o mesmo do que era há 10 anos atrás. Porém, que ainda são enormes os desafios para construirmos o país que queremos. E, defendendo esse país, e essa América Latina, o que queremos é que a juventude se levante no Brasil, Chile, Colômbia, Honduras, Porto Rico e todo continente latino americano e em tantas outras partes do mundo.”, resumiu. 
Hoje é a continuidade do V encontro de Juventude, que tem na mesa, representantes da Juventude Comunista da Colômbia (JUCO) e a União da Juventude Comunista de Cuba (UJC). Juntosa.
Entre as questões apontadas no Foro, estão o que a juventude anseia nestas mobilações, quais direitos desejam, quais seus desafios e como integrar cada vez mais a juventude latino-americana e criar um projeto de desenvolvimento para os jovens da região.
Esses cenários serão analisados em suas particularidades, sem esquecer, também da análise sobre os Estados Unidos. Já para os yankees fica o recente panorama das espionagens que o governo norte-americano realizou  sobre outras pátrias, sobretudo, as latinas. Sem esquecer ainda do bloqueio aéreo que foi imposto ao presidente Evo Morales, quando ficou preso por mais de 13 horas, no aeroporto de Viena, sob suspeita de estar ajudando Edward Snowden a fugir dos Estados Unidos.
Não em vão, além do V Encontro de Juventudes, acontece ainda hoje, Seminários que discutem tanto a situação da África e do Oriente Médio, como dos países do BRISCS, América Latina, Estados Unidos e a Europa.
As atividades do Foro acontecem em três locais diferentes, veja abaixo a programação:
9h – 21h Continuação: V Encontro de Juventudes do Foro de São Paulo - Novotel Jaraguá
15h – 19h Seminario sobre África y Oriente Medio Novotel Jaraguá
15h – 19h Seminario sobre BRICS y América Latina Hotel Braston SP
15h – 19h Seminario sobre Estados Unidos Novotel Jaraguá
15h – 19h Seminario sobre Europa

A programação completa, você confere  neste link 
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Foro de São Paulo
Criado em 1990, pelo ex-presidente Lula, em união com o então, presidente cubano Fidel Castro, o Foro foi reuniu líderes e organizações não-governamentais da América Latina e do Caribe que, após verem a queda do Muro de Berlim, entenderam a necessidade da esquerda destas regiões se integrarem e criarem alternativas contra o neoliberalismo que já se desencadeava pelo mundo a fora.
O primeiro encontro do Foro aconteceu em São Paulo, além da presença de Fidel Castro e Lula, contou com a participação de mais 48 organizações, juventudes e partidos políticos.
Hoje, em sua XIX edição, o Foro é o maior encontro da esquerda do mundo, conta com mais de 100 entidades participantes. No Brasil, entre os partidos políticos que o integram, estão o PCdoB, o PT e PSB. Quanto às juventudes, a UJS é uma das entidades protagonistas do Foro.
Redação



Um comentário:

  1. O Foro é um espaço para políticos, forças de esquerdas e entidades dialogarem sobre alternativas contra o neoliberalismo e o imperialismo norte-americano, assim como promover a soberania, a independência e a integração dos povos latinos e caribenho.

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