Geração Brasil: golpe da TV Globo?
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A nova novela da TV Globo, “Geração Brasil”, ainda não decolou na audiência, segundo o Ibope, mas já gerou baita barulho nas redes sociais. Os internautas acusam a emissora de uma nova tentativa de manipulação. Na grafia da novela, as vogais foram trocadas por números – G3R4Ç40 BR4S1L – e muitos enxergaram na logomarca a propaganda dissimulada do PSB (40) e do PSDB (45), o que caracterizaria crime eleitoral. Em nota oficial, a emissora garantiu que “não procede em absoluto” a acusação de mensagem subliminar. “A novela trata de tecnologia e a grafia é inspirada no alfabeto ‘Leet’, uma espécie de linguagem codificada dos hackers”, alegou. Mas ninguém acreditou na desculpa – por motivos históricos e óbvios.
Segundo o site “Notícias da TV”, a logomarca da novela, que estreou em 5 de maio, “poderia ter sido ainda mais polêmica. A Globo registrou no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) o nome da novela com praticamente todas as letras substituídas por números ("G3R4Ç40 BR451L"), trocando "S" por "5" e "O" por "0". O nome foi registrado em 27 de agosto de 2013 e custou R$ 475,00”. Talvez prevendo a gritaria, e até um processo no Tribunal Superior Eleitoral, a emissora recuou parcialmente da sua jogada matreira. Mesmo assim, ainda daria para acionar o TSE contra a TV Globo por crime eleitoral. A iniciativa já estaria sendo estudada pelo PT.
Para o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, o crime eleitoral é evidente: “Já estamos acostumados com a manipulação da TV Globo. Esta, porém, foi um tiro no pé, porque as redes sociais estão desmascarando. Isso não passa de manipulação grosseira para influenciar o processo eleitoral”. No mesmo rumo, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT-BA) denunciou que “a Globo deu um jeito de ajudar o candidato do PSDB. Incluiu um 45 estilizado no nome da nova novela das sete”. Já para o blogueiro Luis Nassif, a logomarca “Geração Brasil” não terá maiores efeitos na campanha eleitoral e aprofundará ainda mais o desgaste da desacreditada emissora. “O custo será alto”.
“Uma emissora aberta, com o alcance da Globo, não pode se colocar contra mais da metade do eleitorado brasileiro, ainda mais num momento em que ocorre uma implosão geral da audiência, fruto do avanço das TVs fechadas e da Internet. É um risco de imagem que gerações anteriores, mais sábias, não ousaram correr, mesmo quando a força do grupo era proporcionalmente muito maior... A ideia de associar o número de PSDB – 45 – à nova novela não representará nenhum reforço substancial à candidatura tucana. Mas, sem dúvida, será mais um argumento fortíssimo em favor dos que entendem a mídia como um partido político”, conclui Luis Nassif.
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Na grafia da novela, as vogais foram trocadas por números – G3R4Ç40 BR4S1L – e muitos enxergaram na logomarca a propaganda dissimulada do PSB (40) e do PSDB (45), o que caracterizaria crime eleitoral. Em nota oficial, a emissora garantiu que “não procede em absoluto” a acusação de mensagem subliminar. “A novela trata de tecnologia e a grafia é inspirada no alfabeto ‘Leet’, uma espécie de linguagem codificada dos hackers”, alegou. Mas ninguém acreditou na desculpa – por motivos históricos e óbvios.
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