domingo, 16 de junho de 2013

NOTA DA UJS-SP SOBRE O AUMENTO DA TARIFA DE ÔNIBUS

Ao longo de décadas, o automóvel foi prioridade no investimento em mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Ocorreu um desenvolvimento no mercado de crédito, produção de insumo, controle pelo governo no combustível, investimento em vias públicas – onde na maioria das vezes, o automóvel recebia prioridade.
Isto é, o transporte coletivo utilizado pela maioria dos trabalhadores acabou sendo prejudicado por ter menos investimento e não ter um planejamento de acordo com as demandas das grandes cidades. Infelizmente a população que mora nas periferias da cidade é a mais prejudicada, pois residem distante dos locais de emprego, consumo e entretenimento. Além disso, sofre com a espera absurda nos pontos de ônibus. Enfrentam todos os dias ônibus superlotados para ir e voltar do trabalho ou estudar, congestionamentos quilométricos e muitas vezes, falta dinheiro para pagar as tarifas caríssimas.
Esses problemas também são frutos da exploração do transporte coletivo, por conta de empresas privadas, que o administram e servem a interesses econômicos, de lucro e acumulação de capital.
Anualmente uns dos mais receios da população são os reajustes das tarifas de ônibus, trem e metrô. Essas empresas não poupam o bolso do trabalhador, pressionam o governo que se deixa ceder pelos reajustes no alto custo das tarifas e retenção ao investir em infraestrutura.
Diante desta negligência, é legitimo e necessário o ato de se manifestar, e é ampla a comoção da população, pois são muitas as indignações. O que não aceitamos num Estado democrático é a forma repressora, violenta que age a PM nos protestos e no cotidiano da juventude nas periferias. A conduta policial controlada pelo governador de São Paulo tem causado mais revolta e atos extremos por conta de uma minoria dos manifestantes.
É possível para a prefeitura de São Paulo não ceder aos interesses dos empresários e ficar ao lado do povo revogando o aumento da tarifa e promover um amplo diálogo sobre as melhorias no transporte público com a população paulistana. Estamos confiantes e sempre na luta!
União da Juventude Socialista – SP

São Paulo, 12 de junho de 2013

 http://ujs.org.br/portal/?p=16220

Um comentário:

  1. O que não aceitamos num Estado democrático é a forma repressora, violenta que age a PM nos protestos e no cotidiano da juventude nas periferias

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