domingo, 16 de junho de 2013

Jovens voltam às ruas nesta segunda por transporte melhor para todos

Jovem quer manifestar-se sem violência, em São Paulo
Está marcado para esta segunda (17), às 17 horas, novo manifesto dos jovens contra o aumento de tarifas do transporte coletivo da região metropolitana de São Paulo. O ato ocorrerá no Largo da Batata, em Pinheiros, por nde circulam muitos ônibus.
Os jovens mostram disposição em continuar as manifestações pacíficas coma palavra de ordem que mais se ouviu no ato de quinta (13) feita: “Sem violência”.
Na quinta, os excessos da polícia militar resultaram em 50 feridos e 243 presos, muitos pela acusação de “porte de vinagre”, que só carregam par se defender dos efeitos das bombas de efeito (i)moral. O movimento deseja apenas o direito de manifestar-se livremente.
Para quem pensa que os protestos da juventude em no país é somente para reduzir o preço da passagem, engana-se. Os jovens discutem a política de mobilidade urbana, pela qual até hoje, tem se privilegiado o transporte particular, individual.
O que se deseja e o movimento conseguiu atiçar essa discussão é uma valorização do transporte coletivo.
Em recente nota a UJS da capital paulista afirma que “o transporte coletivo utilizado pela maioria dos trabalhadores acabou sendo prejudicado por ter menos investimento e não ter um planejamento de acordo com as demandas das grandes cidades”. E, acrescenta, “a população que mora nas periferias é a mais prejudicada”, por residirem “distante dos locais de emprego, consumo e entretenimento”.
Além de tudo isso, as concessões públicas para transporte coletivo têm privilegiado grandes empresas que só visam altos lucros e não oferecem a qualidade desejada pelos usuários. São ônibus, trens e metrô superlotados nas horas de pico, onde as pessoas são literalmente amassadas, muitas vezes não se consegue mexer-se de tão lotada está a condução.
Os protestos também são contra a política do governador tucano Geraldo
Alckmin de São Paulo. Ele está desenvolvendo projetos de cortar integrações entre metrô, trens e ônibus, o que acarreta ainda mais custos ao bolso dos usuários. Como por exemplo, em Diadema onde o bilhete único funciona vem e os passageiros pagam uma passagem e de dentro dos terminais de trólebus usam esse serviço sem pagar outra passagem e na volta para casa a mesma coisa, pegam os ônibus municipais sem pagar. Uma conquista de 30 anos que Alckmin quer acabar, em acordos feitos com empresários do transporte.
O governador também tem mostrado intenções em acabar com as integrações na capital. Isso sem falar nas cidades da região metropolitana ode ainda nem, há integração nos vários transportes e dificilmente o trabalhador utiliza-se de somente um meio de transporte para chegar ao seu objetivo.
Por isso, os protestos contra aumento nas tarifas de transporte têm ganhado contundência no país todo. Os trabalhadores sabem o sufoco que é ir para o trabalho e voltar para casa e ao custo que está a locomoção.
Apesar da forte repressão policial, o movimento tem conseguido inúmeras vitórias. Nunca se viu o transporte coletivo
Novo ato na segunda (17), 17h, no Largo da Batatas, em Pinheiros
tão discutido nas ruas, nos pontos de ônibus, nos trens e metrôs, enfim em todos os lugares como agora.
Tanto que o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad convocou reunião do Conselho da Cidade para a terça (18)
com a promessa de chamar os integrantes do Movimento Passe Livre para ouvir suas propostas para o transporte coletivo, o que já é um avanço para quem não queria nem conversar.
Falta agora o governador tucano seguir o exemplo e em vez de balas de borracha, spray de pimenta e bombas enviar propostas de diálogo.
Da redação

 http://ujs.org.br/portal/?p=16394


Um comentário:

  1. Em recente nota a UJS da capital paulista afirma que “o transporte coletivo utilizado pela maioria dos trabalhadores acabou sendo prejudicado por ter menos investimento e não ter um planejamento de acordo com as demandas das grandes cidades”. E, acrescenta, “a população que mora nas periferias é a mais prejudicada”, por residirem “distante dos locais de emprego, consumo e entretenimento”.

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