sexta-feira, 17 de maio de 2013

Morre Jorge Videla, o maior genocida da América Latina




Do Portal Vermelho


"O INFERNO É POUCO", DEFINIU O JORNAL ARGENTINO PÁGINA 12, SOBRE A MORTE DO DITADOR JORGE VIDELA; RESPONSÁVEL POR MILHARES DE ASSASSINATOS, PELOS QUAIS FOI CONDENADO A PRISÃO PERPÉTUA, VIDELA MORREU DE CAUSAS NATURAIS AOS 87 ANOS, NA PENITENCIÁRIA MARCOS PAZ; ELE PRÓPRIO ADMITIU A RESPONSABILIDADE PELAS "MORTES E DESAPARECIMENTOS DE ENTRE 7 MIL E 8 MIL PESSOAS" DURANTE SEU GOVERNO.


AFP
Videla
O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla morreu de causas naturais, na Penitenciária Marcos Paz. Ele cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade.
"Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada", declarou; líder político carrega nas costas também o comando da trágica Guerra das Malvinas e a conquista da Copa roubada da Argentina em 1978.

O ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla morreu nesta sexta-feira (17), às 6h30, de causas naturais, na Penitenciária Marcos Paz. Ele cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade.

Videla, que tinha 87 anos, presidiu a Argentina no período de 1976 a 1981. Ele foi o líder do golpe de 24 de março de 1976. Quando a democracia foi restabelecida no país, em 1993, o ex-ditador e outros membros das juntas militares que governaram o país foram processados por crimes contra a humanidade. Videla foi condenado à prisão, mas acabou sendo anistiado no governo Carlos Menen.

Em 2003, Néstor Kirchner assumiu a Presidência da Argentina e revogou as leis de anistia em vigor no país. Com isso, Videla foi novamente processado. Em dezembro de 2010, ele foi condenado à prisão perpétua. A pena, desta vez, teve de ser cumprida em cela comum e não mais em uma prisão militar.

O ex-ditador foi acusado de ser o responsável pelo desaparecimento de pessoas e por roubos de bebês. Essas crianças eram filhos de desaparecidos, e nasceram em cativeiro ou foram sequestradas enquanto estavam com os pais e entregues para adoção, muitas vezes a famílias ligadas ao regime.

Cerca de 30 mil pessoas desapareceram na ditadura argentina, segundo organizações de direitos humanos. Até os últimos dias de vida, Videla defendeu a atuação dos militares na ditadura. Para ele, a "guerra suja" era necessária contra a guerrilha armada. O ex-ditador nunca informou o paradeiro dos corpos dos desaparecidos nem dos bebês sequestrados.

Com informações da Agência Brasil e Brasil 247

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=213900&id_secao=7

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