Festa do Avante!: Não há festa como esta!
Festa do Avante!: Não há festa como esta!
Vivendo um delicado momento por conta da crise capitalista, o povo português mostrou, neste último fim de semana (de 7 a 9 de setembro), quais ideais devem ordenar as mudanças. Organizada pelo Partido Comunista Português, a 36ª Festa do Avante! reuniu mais de 300 mil pessoas nos três dias de espetáculos, debates, feiras e - sobretudo - celebração dos ideiais socialistas.
O ponto alto da celebração é o grandioso comício politico do Partido, onde milhares de portugueses, de todas as idades, vibraram atentos durante todos os discursos e em especial o do secretário-geral do PCP, Jerônimo de Souza.
"Temos de fato tarefas imensas no plano nacional, mas sabemos que as tarefas nacionais são indissociáveis dos deveres internacionalistas", revelou Jerônimo, no palco de encerramento, acompanhado de representantes do PCdoB e de organizações comunistas de mais de 40 países.
A crise em Portugal foi tratada como o resultado acumulado de anos de política de direita ao serviço dos grandes grupos económicos e financeiros e de um pacto ilegítimo que tudo agravou, estabelecido entre aqueles que governaram o país em todos estes últimos anos – o PS, PSD e CDS-PP e a troica estrangeira do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.
Por fim, Jerônimo Souza conclamou os presentes a juntarem-se ao PCP neste combate para salvar Portugal do desastre e abrir o caminho do futuro.
PCdoB na Festa do Avante
No pavilhão internacional, os participantes da festa puderam conhecer a cultura brasileira, ter contato com a realidade nacional e adquirir camisetas, botons e materiais de comunicação e formação do PCdoB.
O Partido Comunista do Brasil participou também do debate sobre a crise capitalista ao lado de camaradas dos partidos comunistas da África do Sul, da Rússia, da Índia e do PCP.
O diálogo foi introduzido por Albano Nunes, do Cômite Central do PCP, que considerou a crise como mais uma forma do capital se expandir a partir da retirada de direitos e da apropriação da riqueza produzida pelos trabalhadores.
História da Festa
A Festa do Avante surgiu do calor da Revolução dos Cravos (1974). É reflexo da vontade dos comunistas portugueses, após 48 anos de repressão fascista, divulgar o seu jornal (que dá nome a festa) e as ideias comunistas ao povo português.
A Festa foi realizada pela primeira fez em 1976, na Feira Internacional de Lisboa. Desde então passou pelo Jamor (de 1977 a 1978), pelo Alto da Ajuda (1979 a 1986), por Lores (1988 a 1989) até chegar a Quinta da Atalaia. Apenas no ano de 1987, devido a problemas com as autarquias, a Festa não aconteceu. Tal fato gerou uma intensa mobilização da militância do PCP para adquirir a Quinta da Atalaia, local atual de realização da Festa.
A campanha, lembrada com orgulho pela militância do PCP, consistiu na compra de saquinhos de terra do terreno, chaveiros com tijolos da futura edificação, e símbolos que remetessem à Quinta. Após cerca de 4 anos, o PCP conseguiu arrecadar 60 mil contos de rés, moeda da época, e garantir a realização da Festa em sede própria.
Mais do que um espaço de celebração dos comunistas, a Festa do Avante é um evento político cultural do povo português, exaltado e reconhecido, em Portugal e no mundo.
De Portugal especial para o Vermelho,
Debora Almeida
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=193369&id_secao=9
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