Cúpula militar reafirma apoio a Maduro e acusa Guaidó de golpe
O ministro da Defesa da Venezuela, o general Vladimir Padrino, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 24, que a autoproclamação do líder parlamentar opositor Juan Guaidó como presidente interino é um "golpe de Estado" em marcha.
Alerto o povo da Venezuela que está acontecendo um golpe de Estado contra a institucionalidade, diz Vladimir Padrino
Do Portal Vermelho
"Aqueles que favorecem essa figura de um governo paralelo de fato são muito perigosos. Nós, homens e mulheres uniformizados, seríamos indignos de usar nosso uniforme, mas defender nossa Constituição e soberania ", disse ele em uma aparição na televisão e cercado pelo alto comando militar.
"Alerto o povo da Venezuela que está acontecendo um golpe de Estado contra a institucionalidade, contra a democracia, contra a nossa Constituição, contra o presidente Nicolás Maduro, presidente legítimo", assegurou o ministro.
Padrino denunciou que a oposição e os Estados Unidos haviam empreendido um plano para destituir o sucessor de Hugo Chávez. "Há muito tempo vem se preparando um golpe vulgar (...), e ontem veio em níveis altamente perigosos."
Padrino advertiu que a proclamação de Guaidó é "altamente perigosa" e apelou ao diálogo para resolver o conflito político. "É extremamente perigoso o que aconteceu em 23 de janeiro (...) Ontem nós vimos um evento repreensível: um homem se auto-proclamando presidente, esse é um assunto muito sério", disse ele. Segundo o ministro da Defesa, a oposição violou a Constituição do país. "Estamos aqui para evitar uma guerra entre venezuelanos ... A sustentabilidade jurídica usada para jurar em um governo de fato não tem destino feliz", acrescentou.
Ontem, Padrino deu apoio a Maduro por meio do Twitter. "O desespero e a intolerância atentam contra a paz da nação. Os soldados da pátria não aceitam um presidente imposto pela sombra de interesses escusos e autoproclamado à margem da lei", disse.
Após a autoproclamação de Guaidó, Maduro rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos. O presidente também pediu que a Justiça tome medidas contra Guaidó. "Cabe aos órgãos responsáveis atuar como diz a lei, já que esse é um tema de Justiça para preservar o Estado e a ordem democrática", diz Maduro diante de simpatizantes no Palácio de Miraflores.
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