quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Cúpula militar reafirma apoio a Maduro e acusa Guaidó de golpe

O ministro da Defesa da Venezuela, o general Vladimir Padrino, voltou a afirmar nesta quinta-feira, 24, que a autoproclamação do líder parlamentar opositor Juan Guaidó como presidente interino é um "golpe de Estado" em marcha.

Alerto o povo da Venezuela que está acontecendo um golpe de Estado contra a institucionalidade, diz Vladimir Padrino

Do Portal Vermelho
Ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir PadrinoMinistro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino


"Aqueles que favorecem essa figura de um governo paralelo de fato são muito perigosos. Nós, homens e mulheres uniformizados, seríamos indignos de usar nosso uniforme, mas defender nossa Constituição e soberania ", disse ele em uma aparição na televisão e cercado pelo alto comando militar.

"Alerto o povo da Venezuela que está acontecendo um golpe de Estado contra a institucionalidade, contra a democracia, contra a nossa Constituição, contra o presidente Nicolás Maduro, presidente legítimo", assegurou o ministro.

Padrino denunciou que a oposição e os Estados Unidos haviam empreendido um plano para destituir o sucessor de Hugo Chávez. "Há muito tempo vem se preparando um golpe vulgar (...), e ontem veio em níveis altamente perigosos." 

Padrino advertiu que a proclamação de Guaidó é "altamente perigosa" e apelou ao diálogo para resolver o conflito político. "É extremamente perigoso o que aconteceu em 23 de janeiro (...) Ontem nós vimos um evento repreensível: um homem se auto-proclamando presidente, esse é um assunto muito sério", disse ele. Segundo o ministro da Defesa, a oposição violou a Constituição do país. "Estamos aqui para evitar uma guerra entre venezuelanos ... A sustentabilidade jurídica usada para jurar em um governo de fato não tem destino feliz", acrescentou.

Ontem, Padrino deu apoio a Maduro por meio do Twitter. "O desespero e a intolerância atentam contra a paz da nação. Os soldados da pátria não aceitam um presidente imposto pela sombra de interesses escusos e autoproclamado à margem da lei", disse.

Após a autoproclamação de Guaidó, Maduro rompeu relações diplomáticas com os Estados Unidos. O presidente também pediu que a Justiça tome medidas contra Guaidó. "Cabe aos órgãos responsáveis atuar como diz a lei, já que esse é um tema de Justiça para preservar o Estado e a ordem democrática", diz Maduro diante de simpatizantes no Palácio de Miraflores. 

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