O beija mão de Karnal em Moro
Karnal vive seu dia de Chico Alencar, o deputado que beijou a mão de Aécio Neves num jantar de Ricardo Noblat e nunca mais foi o mesmo.
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
A esquerda que tinha Leandro Karnal em alta conta está em convulsão por causa da foto que o professor postou em sua conta no Facebook.
Na legenda: “Dia intenso em Curitiba. Encerro com um jantar com dois bons amigos: juiz Furlan e juiz Sergio Moro. Talvez não faça sentido para alguns. O mundo não é linear . A noite e os vinhos foram ótimos. Amo ouvir gente inteligente. Discutimos possibilidades de projetos em comum.”
Anderson Furlan, o anônimo do grupo, é amigo de juventude de Moro e revisor de seus trabalhos acadêmicos.
Karnal vive seu dia de Chico Alencar, o deputado que beijou a mão de Aécio Neves num jantar de Ricardo Noblat e nunca mais foi o mesmo.
Celebridade do YouTube, colunista do Estadão, comentarista do Jornal da Cultura e palestrante, Karnal faz sucesso dando filosofia mastigada e “pílulas de sabedoria”, na linha inaugurada pelo suíço radicado em Londres Alain de Botton.
Explora um filão formado, basicamente, por gente que tem preguiça de ler. Ponto para ele.
Juntamente com Mário Sergio Cortella e Clóvis de Barros, virou referência para um público progressista. Uma espécie de contrapartida a Olavo de Carvalho, arquirrival do trio. Cultiva com carinho a careca lustrosa, marca registrada.
Na morte de Dona Marisa, escreveu alguns parágrafos amplamente compartilhados. “Quando você não tiver uma palavra de conforto para quem perdeu a mãe ou a esposa, simplesmente, cale a boca. Sinto-me envergonhado por coisas que li na internet”, pontuou.
Sobre a “nova direita brasileira”, citou Brecht para lembrar que “a cadela do fascismo está sempre no cio, sugerindo a intervenção militar, dizendo que a mulher apanhou porque merecia, e estuprada porque foi leviana.” Etc.
Karnal não é bobo e sabe que o cidadão com quem dividiu aquela mesa é deus para os fascistas que ele denuncia. Basta entrar na comunidade da mulher de Moro para ver a galera. Estão todos lá, chamando-o de “comunista”. Podem virar seus fãs daqui em diante.
A sabujice no tratamento a Moro e Furlan é abjeta (“amo ouvir gente inteligente”). A justificativa, tentando antecipar as críticas, é falaciosa (“o mundo não é linear”).
A verdade está na última linha: “possibilidades de projetos em comum”. Leia-se: grana. Karnal sabe ganhar dinheiro. Viu em Moro mais uma fonte de renda. Um livro, talvez? Uma série de conferências? Shows? Vai de acordo com o freguês.
Se você ficou decepcionado, pense no lado bom: ele saiu do armário e não engana mais ninguém.
“O Leandro Karnal é um picareta intelectual que mistura ficção e realidade”, disse Olavo de Carvalho. Desta vez, parece que Olavo tem razão.
A esquerda que tinha Leandro Karnal em alta conta está em convulsão por causa da foto que o professor postou em sua conta no Facebook.
Na legenda: “Dia intenso em Curitiba. Encerro com um jantar com dois bons amigos: juiz Furlan e juiz Sergio Moro. Talvez não faça sentido para alguns. O mundo não é linear . A noite e os vinhos foram ótimos. Amo ouvir gente inteligente. Discutimos possibilidades de projetos em comum.”
Anderson Furlan, o anônimo do grupo, é amigo de juventude de Moro e revisor de seus trabalhos acadêmicos.
Karnal vive seu dia de Chico Alencar, o deputado que beijou a mão de Aécio Neves num jantar de Ricardo Noblat e nunca mais foi o mesmo.
Celebridade do YouTube, colunista do Estadão, comentarista do Jornal da Cultura e palestrante, Karnal faz sucesso dando filosofia mastigada e “pílulas de sabedoria”, na linha inaugurada pelo suíço radicado em Londres Alain de Botton.
Explora um filão formado, basicamente, por gente que tem preguiça de ler. Ponto para ele.
Juntamente com Mário Sergio Cortella e Clóvis de Barros, virou referência para um público progressista. Uma espécie de contrapartida a Olavo de Carvalho, arquirrival do trio. Cultiva com carinho a careca lustrosa, marca registrada.
Na morte de Dona Marisa, escreveu alguns parágrafos amplamente compartilhados. “Quando você não tiver uma palavra de conforto para quem perdeu a mãe ou a esposa, simplesmente, cale a boca. Sinto-me envergonhado por coisas que li na internet”, pontuou.
Sobre a “nova direita brasileira”, citou Brecht para lembrar que “a cadela do fascismo está sempre no cio, sugerindo a intervenção militar, dizendo que a mulher apanhou porque merecia, e estuprada porque foi leviana.” Etc.
Karnal não é bobo e sabe que o cidadão com quem dividiu aquela mesa é deus para os fascistas que ele denuncia. Basta entrar na comunidade da mulher de Moro para ver a galera. Estão todos lá, chamando-o de “comunista”. Podem virar seus fãs daqui em diante.
A sabujice no tratamento a Moro e Furlan é abjeta (“amo ouvir gente inteligente”). A justificativa, tentando antecipar as críticas, é falaciosa (“o mundo não é linear”).
A verdade está na última linha: “possibilidades de projetos em comum”. Leia-se: grana. Karnal sabe ganhar dinheiro. Viu em Moro mais uma fonte de renda. Um livro, talvez? Uma série de conferências? Shows? Vai de acordo com o freguês.
Se você ficou decepcionado, pense no lado bom: ele saiu do armário e não engana mais ninguém.
“O Leandro Karnal é um picareta intelectual que mistura ficção e realidade”, disse Olavo de Carvalho. Desta vez, parece que Olavo tem razão.
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