Marina Silva, a golpista descartada!

Do Blog do Miro



Por Altamiro Borges


A ex-verde Marina Silva não perde a oportunidade para aparecer na imprensa. Desde o afastamento temporário da presidenta Dilma, ela tinha sido descartada pelo noticiário. Na sexta-feira (26), porém, ele voltou a ganhar os holofotes midiáticos. Contrariada com as posições corajosas do único senador do seu partido, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que tem denunciado a trama golpista, ela ressurgiu da penumbra para defender o impeachment. “É preciso passar o Brasil a limpo. Uma democracia não tem como ser saudável se o abuso do poder econômico, os esquemas de corrupção ou o desrespeito à lei passarem a ser o procedimento para se chegar ao poder”, afirmou em coletiva aos jornalistas em Curitiba.

Marina Silva até criticou o “interino” Michel Temer e pediu novas eleições no Brasil. “O modus operandi do governo é o mesmo, com a troca de pedaços do Estado para ter maioria no Congresso, e com pessoas comprometidas na Lava Jato”. Mas, para a alegria da mídia rentista, ela fez questão de elogiar a equipe econômica do usurpador – “sem sombra de dúvida é competente”. Nada falou sobre os planos golpistas de corte nos gastos na educação e saúde e de retirada dos direitos trabalhistas e previdenciários. Ao contrário. Para agradar os neoliberais, ela até defendeu maior austeridade fiscal. “Eles diziam que iam reduzir o déficit público e a gente só vê aumentarem os gastos”.

Segundo o site Congresso em Foco, Marina Silva anda descontente com a postura do único senador da Rede. “Randolfe Rodrigues entrou em rota de colisão com a maior liderança do partido, a ex-senadora Marina Silva (AC), por causa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Randolfe foi repreendido por Marina após participar de um jantar na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), em maio, com o grupo de parlamentares que engrossa o movimento contra o afastamento definitivo da petista. O mal-estar entre os dois principais nomes do partido começou quando Marina revelou publicamente sua irritação com a atuação de Randolfe contra o impeachment”.

O site lembra que a direção da Rede decidiu liberar as bancadas na Câmara e no Senado para votarem de acordo com suas convicções pessoais, mas firmou posição pela saída tanto de Dilma Rousseff quando de Michel Temer, e pela convocação de novas eleições presidenciais – um sonho da rancorosa Marina Silva, derrotada no pleito de outubro de 2014. A Rede chegou a entrar na Justiça eleitoral pedindo a cassação das chapas Dilma-Temer e Aécio-Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) por crime na campanha de 2014.

Com a concretização do “golpe dos corruptos”, a proposta caiu no vazio e a ex-verde foi abandonada pela mídia. Agora, ela volta aos holofotes, com sua pose de santa, exigindo “passar o Brasil a limpo”. Ela bem que poderia esclarecer alguns casos sinistros da sua própria trajetória política, como a origem do “jatinho fantasma” e a doação da OAS para a sua mais recente campanha presidencial. 

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