domingo, 15 de março de 2015

O suspeito deputado paneleiro do PSDB


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O líder do PSDB na Câmara, Deputado Bruno Cavalcanti Araújo ( não sei se ele corta o “Cavalcanti” por conta dos versos do tempo da Revolução Praieira, ainda hoje conhecidos: “”Quem viver em Pernambuco, há de estar desenganado; ou há de ser Cavalcanti, ou há de ser cavalgado“) prestou-se à ridícula cena de tornar-se, da tribuna, mais um paneleiro.

O deputado deve se cuidar: afinal de contas, apanhou R$ 130 mil em doações de campanha da Construtora Norberto Odebrecht, e é capaz de aparecer alguma língua ferina sugerindo que ela não se deveu apenas ao fervor moral do deputado, compartilhado por aquela empresa. E mais R$ 80 mil da Queiroz Galvão, como a Odebrecht metida no escândalo da Lava Jato.

Ou para lembrar que ele era o “queridinho” de Sérgio Guerra, que com os R$ 10 milhões apanhados de Alberto Youssef para dar fim á CPI da Petrobras, em 2010, só não entrou na lista do Janot porque morreu.

Tudo em 2014, porque em 2010, a fontes do deputado eram as indústrias farmacêuticas, de quem Araújo foi acusado pela Istoé de ser lobista – quando elas defendiam a liberação de inibidores de apetite proibidos, como a sibutramina, a anfepramona, o femproporex e o mazindol- que financiaram sua eleição.

Aliás, com circunstâncias muito curiosas, que poderiam fazer alguém pensar em “formação de cartel” de doadores de campanha: além da associação desta indústria, que lhe deu R$ 50 mil, oficialmente, Araújo teve o apoio de cinco laboratórios (Aché, Biolab Sanus, Eurofarma, Libbs e Infan), num total de R$ 405 mil, cada uma delas doando, harmonicamente, três parcelas de R$ 27 mil.

Coincidência, apenas, não foi combinado, claro…

Mas é capaz de algum maledicente sugerir que isso era um “cartel de doadores”, deputado…

Um comentário:

  1. O deputado deve se cuidar: afinal de contas, apanhou R$ 130 mil em doações de campanha da Construtora Norberto Odebrecht, e é capaz de aparecer alguma língua ferina sugerindo que ela não se deveu apenas ao fervor moral do deputado, compartilhado por aquela empresa. E mais R$ 80 mil da Queiroz Galvão, como a Odebrecht metida no escândalo da Lava Jato.

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