sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Beto Richa “ainda” apoia Aécio

Por Altamiro Borges

Aécio Neves, o cambaleante, garante que não desistirá da sua ambição presidencial. O problema é que seus aliados estão desistindo dele. Depois que o demo Agripino Maia, coordenador-geral da sua campanha, antecipou que PSDB e DEM estarão com Marina Silva no segundo turno, agora foi a vez do governador do Paraná. Segundo uma nota da Folha, “liderança tucana e político bastante próximo de Aécio Neves, Beto Richa (PSDB) afirmou nesta terça-feira que considera o desempenho da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas ‘surpreendente’, mas disse que ‘ainda’ está com Aécio”. O “ainda” representa uma punhalada nas costas do senador mineiro. Um típico gesto de traição e oportunismo político!

Segundo a notinha do jornal tucano, o governador paranaense, que concorre à reeleição, também fez rasgados elogios à ex-verde. “Ela é muito forte, é uma pessoa bem intencionada, tem grandes ideias para o país", afirmou. Beto Richa revelou ainda que o crescimento da sua candidatura abalou o comando tucano. O desempenho de Marina Silva, que poderá fazer com que o PSDB fique de fora do segundo turno pela primeira vez em seis eleições presidenciais – “deve estar preocupando” a direção da sigla. “Não dá para dizer que não”, afirmou. As declarações de Beto Richa reforçam a overdose de péssimas notícias para Aécio Neves e justificam os boatos recentes sobre a sua desistência.

Por outro lado, elas também confirmam o desespero do governador paranaense, que tenta a reeleição. As últimas pesquisas indicam que haverá segundo turno no pleito no Estado. O ex-governador Roberto Requião, que não vacila em criticar Beto Richa e a própria Marina Silva – “querem entregar o Brasil para o banco Itaú” – está crescendo nas pesquisas. Em terceiro lugar aparece Gleisi Hoffmann, do PT. Na hipótese provável do segundo turno, ambos estarão unidos contra o grão-tucano. Este risco explica os afagos do oportunista para Marina Silva.

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Um comentário:

  1. O “ainda” representa uma punhalada nas costas do senador mineiro. Um típico gesto de traição e oportunismo político!

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