Comunistas russos repudiam política agressiva dos EUA e da Otan
O líder do Partido Comunista da Federação Russa (PCFR), Guennadi Ziuganov, exortou neste sábado (31) o mundo a levantar-se contra a política agressiva dos Estados Unidos e da Otan, e apoiar a Síria.
Por Odalys Buscarón Ochoa, na Prensa Latina
Ziuganov disse em declarações à agência cubana de notícias Prensa Latina que a aventura militar urdida pelo governo estadunidense e seus aliados do bloco ocidental "recende a uma grande guerra", a qual há que se opor com firmeza.
Estamos não só categoricamente contra as ações militares, mas também exortamos ao mundo que se levante contra essa política belicista, sublinhou o dirigente da segunda força política da Rússia.
Ziuganov lembrou os bombardeios perpetrados pela Otan, apoiada pelos Estados Unidos, contra a antiga Iugoslávia, e como destruiram uma série de Estados.
"Converteram o Afeganistão em um centro do narcotráfico e das drogas na Ásia Central e o Iraque em um cenário permanentemente sangrento", afirmou, em alusão às agressões realizadas em 2001 e 2003.
Ziuganov alertou nesse sentido que a aventura militar que se desenha levará à destruição do imenso espaço regional (Oriente Médio) e vai gerar um caos militar de consequências imprevisíveis.
O dirigente comunista russo também lembrou que o pretexto que se usa agora para agredir a Síria também é outra patranha inventada, já que nenhum governo "seria capaz de empregar armas químicas na capital de seu próprio país, nem contra sua gente".
Ziuganos considerou como "firme" a posição da Rússia e da China, mantida dentro do Conselho de Segurança, de repúdio a uma intervenção estrangeira e ao uso da força contra um Estado soberano.
Nossa tarefa comum é intervir ativamente contra os planos de agressão da Otan e apoiar a Síria nestes momentos difíceis, lembrou.
Para o primeiro vice-presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Iván Miélnikov, os Estados Unidos repetem o mesmo cenário que construíram para agredir vários países, usado primeiramente contra o Iraque.
Insistiram naquele momento na existência de armas de destruição em massa, e sob esse argumento, perpetraram uma agressão contra a nação do Golfo Pérsico, lembrou o dirigente do PCFR.
Miélnikov afirmou à Prensa Latina que nem a ONU, nem a comunidade internacional possuem provas absolutas do emprego de armas químicas pelas autoridades sírias contra a população pacífica.
"Nosso povo repudia categoricamente o uso da força em relação ao governo legítimo da Síria. Nós, comunisas, apoiamos totalmente a postura oficial do nosso governo", afirmou um dos líderes da organização de esquerda, que é também pré-candidato à prefeitura de Moscou.
O presidente do movimento antiglobalização na Rússia, Alexander Ionov, entrevistado pela agência cubana, afirmou que os Estados Unidos e seus aliados devem pensar bem antes de empreender outra aventura bélica.
"Não só se trata de assestar um golpe contra a Síria, mas também ao direito internacional e à posição de outros atores internacionais de peso", alertou o ativista russo.
"Vemos como os setores imperialistas de novo estão brandindo a possibilidade de uma intervenção militar direta, neste caso, na Síria, indo contra a Carta das Nações Unidas e das normas do direito internacional", completa Ionov.
Ele também concordou com especialistas e políticos em que um ataque ao país árabe provocará, sem dúvidas, um conflito maior no Oriente Médio. "Por isso, repito, os Estados Unidos devem repensar muito antes de desatar uma guerra de envergadura nessa área.
Ionov disse à Prensa Latina que no caso de uma intervenção militar dos Estados Unidos, ativistas do movimento invadirão a embaixada americana em Moscou, em uma ação de protesto.
Fonte: Agência Prensa Latina
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=222827&id_secao=9
"Nosso povo repudia categoricamente o uso da força em relação ao governo legítimo da Síria. Nós, comunisas, apoiamos totalmente a postura oficial do nosso governo", afirmou um dos líderes da organização de esquerda, que é também pré-candidato à prefeitura de Moscou.
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