Cuba e a bandeira contra o imperialismo na visão de Niemeyer
Cuba e a bandeira contra o imperialismo na visão de Niemeyer
Na Praça Central da Universidade de Ciências Informáticas em La Habana, a especial amizade entre Oscar Niemeyer e a revolução cubana está materializada em formas ovaladas de aço, compondo um monumento contra o bloqueio.
Por Maria do Carmo Luiz Caldas Leite
Do Portal Vermelho
Niemeyer odia por igual al capitalismo y al ángulo recto. Contra el imperialismo, no es mucho lo que puede hacer. Pero contra el ángulo recto, opresor del espacio, triunfa su arquitectura libre y sensual y leve como las nubes(Eduardo Galeano).
A obra, que carrega a densidade do gênio, simboliza a resistência ao imperialismo esculpido como Golias – o monstro ameaçador –, frente a David, alçando sua bandeira, sempre altiva e determinada. Um dos derradeiros trabalhos do arquiteto reflete justamente os laços fraternos compartilhados com Fidel e a solidariedade às lutas do povo cubano, o mesmo que sempre soube transformar os reveses em vitórias, segundo Niemeyer.
A obra, que carrega a densidade do gênio, simboliza a resistência ao imperialismo esculpido como Golias – o monstro ameaçador –, frente a David, alçando sua bandeira, sempre altiva e determinada. Um dos derradeiros trabalhos do arquiteto reflete justamente os laços fraternos compartilhados com Fidel e a solidariedade às lutas do povo cubano, o mesmo que sempre soube transformar os reveses em vitórias, segundo Niemeyer.
Na busca de um discurso único, na clara intenção de difundir a ideia segundo a qual as formas atuais de globalização seriam irreversíveis, junto a Fidel, Niemeyer foi contabilizado como um dos “últimos comunistas” do mundo. A agenda de prioridades, ditadas pela lógica econômica desigual e excludente, parece não coincidir com a universalização dos valores éticos e do pleno exercício da cidadania, que emanam do legado de Niemeyer.
Há algum tempo, quando perguntaram como gostaria de ser lembrado, Niemeyer disse que desejaria em sua lápide uma frase simples: “Brasileiro, arquiteto que viveu entre amigos, crendo no futuro.” O imperialismo não perdoa nem a Cuba e nem a Fidel, mas terá num belo dia que render-se à perfeição dos edifícios, monumentos, esculturas, escolas e igrejas, parte marcante das paisagens de muitos países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália e Argélia, entre outros. Resta-nos a esperança, alimentada pela crença em um mundo melhor, pleno de beleza e solidariedade, a grande lição de Niemeyer.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=200828&id_secao=7
*Maria do Carmo Luiz Caldas Leite é professora de Física, Mestre em Educação e membro da direção do PCdoB de Santos.]
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